Técnico não vê influência do extracampo em derrota do Bahia e avalia erros na bola aérea

O Bahia vem passando por um momento conturbado no extracampo, além do mau momento na Série A. A equipe deve um mês de salários aos jogadores, além do atraso no pagamento dos direitos de imagem, que chega até a quatro meses, em alguns casos, de acordo com nota emitida pela direção. Assim, jogadores decidiram não mais concentrar para as partidas e não conceder entrevistas. Diante de toda essa turbulência, o Tricolor não fez um bom jogo e perdeu do Internacional em Porto Alegre-RS. Na visão do técnico Diego Dabove, os problemas salariais não afetaram o desempenho do Bahia.

“Creio que não (teve influência). É difícil se dedicar a isso totalmente. É uma situação mental, sim. Mas, na análise de futebol que tenho que fazer, não (influenciou). Temos que aceitar que, no primeiro tempo, não jogamos bem, foi um primeiro tempo muito ruim. O segundo tempo foi muito mais parecido com o que a equipe vinha fazendo”, analisou o treinador do Bahia.

“A respeito da situação e protesto dos jogadores, são situações normais no futebol. Tenho 20 anos de futebol e vivi isso várias vezes. Passa. Seguramente, chegarão a um acordo e o melhor final para todos”, acrescentou o argentino.

Outro ponto que chamou a atenção foi, mais uma vez, os problemas defensivos da equipe na bola aérea. Os dois gols marcados pelo Internacional foram de cabeça, e a marcação do Bahia deixou muito espaço para os adversários dentro da área. Dabove reconhece as falhas – que custaram caro no resultado do jogo – e disse que a equipe vinha bem neste quesito. Agora, é corrigir para diminuir esta deficiência.

“Vínhamos trabalhando bem. São situações que acontecem no futebol. Falaremos, mas não é para ser um drama maior. Vamos corrigir, trabalhar. São situações pontuais que têm a ver com concentração. Não é para ser um drama. Estávamos muito bem. Hoje perdemos, mas passa”, concluiu o comandante.