Náutico faz grande primeiro tempo, vira sobre o Goiás e renova ânimo para reta final da Série B

Na noite desta terça-feira, o Náutico, pelo menos no primeiro tempo, relembrou os melhores dias sob o comando do técnico Hélio dos Anjos. E, com um nível de atuação desse porte, não poderia obter outro resultado. De virada, o Alvirrubro venceu por 3 a 2 e reduziu a diferença para o Goiás, que abre o grupo qualificatório da competição.

Após Alef Manga inaugurar o marcador, Caio Dantas, Matheus Jesus e Camutanga balançaram as redes para o Timbu, enquanto, no fim, Dadá Belmonte diminuiu para o Verdão. O confronto, válido pela 29ª rodada, ainda marcou o reencontro com a torcida no estádio dos Aflitos – que foi à altura que a ocasião pede.

E agora?

Com o resultado, o Alvirrubro emenda dois triunfos seguidos e ganha ânimo para tentar uma arrancada na reta final da Segundona. Atualmente, o Náutico é lugar, com 41 pontos, sete abaixo do próprio Esmeraldino, que abre o G4. Na sequência da competição, o Timbu visita a Ponte Preta, no sábado da próxima semana.

O jogo

O Náutico fez um grande primeiro tempo nos Aflitos, à altura do que o time apresentou no início fulminante da Série B. Com dois minutos, acertou a trave, com Vinícius, e exigiu grande defesa de Tadeu após cabeceio de Jailson na pequena área. Entretanto, apesar do começo arrasador, saiu perdendo.

Aos oito minutos, Rafael Ribeiro saiu jogando errado e a bola sobrou nos pés de Alef Manga, que avançou livre, entrou na área e tirou de Anderson para abrir o placar. A desvantagem, contudo, não abalou o Timbu, que seguiu em cima, no campo de ataque, pressionado. E conseguiu não apenas o empate, como a virada.

Aos 24 minutos, Júnior Tavares recebeu na esquerda e cruzou na medida para Caio Dantas, que, livre, cabeceou no canto, para deixar tudo igual. Empolgado e dominante, o Náutico fez o segundo praticamente na jogada seguinte. Após receber na meia lua, Matheus Jesus tentou três vezes, até receber assistência açucarada de Vinícius e só empurrar para os gols na pequena área.

Mesmo com um ritmo forte e na frente do placar, o Náutico seguiu com postura ofensiva e rondando a área, com algumas infiltrações, mas errando na finalização e parando em Tadeu. Ao mesmo tempo, cedeu brechas para o contra-ataque. E aí sobressaiu a qualidade de Anderson, que fez duas excelentes e difíceis defesas, em perigos iminentes de Alef Manga e Elvis, para manter o Náutico em vantagem para o intervalo.

Segundo tempo

Para a etapa complementar, o duelo perdeu emoção e ficou mais concentrado no meio de campo. Após um ímpeto forte nos primeiros 45 minutos, o Náutico diminuiu o ritmo para o segundo tempo e adotou uma postura mais precavida – ainda que buscando o gol, sendo que de forma menos incisiva.

Assim, o confronto e as principais jogadas saíram em lances pontuais. Primeiro, Jean Carlos aproveitou erro na saída do Goiás, avançou e marcou, mas foi assinalado impedimento do meia, que recebeu a bola em posição irregular.

Depois, foi o Timbu que cochilou na saída e precisou que Camutanga salvasse finalização praticamente em cima da linha, depois de Anderson ser superado por Weliton.

O jogo caminhava equilibrado depois desses lances esporádicos e parecia que seria tenso na reta final. Mas só parecia: aos 31 minutos, Camutanga recebeu cruzamento rasteiro de Vinícius, se antecipou e, na marca do pênalti, finalizou no canto de Tadeu para ampliar.

No fim, porém, Dadá Belmonte descontou, de cabeça, mas insuficiente para o Náutico sofrer uma reação. Três a dois justo para o Timbu, principalmente onde primeiro tempo, onde apresentou um desempenho digno dos melhores dias da temporada.

Ficha

Náutico

Anderson; Hereda (Jeferson), Rafael Ribeiro (Yago), Camutanga, Júnior Tavares; Rhaldney (Djavan), Matheus Jesus (Matheus Trindade), Jean Carlos, Jailson; Vinícius e Caio Dantas (Alvaro). Técnico: Hélio dos Anjos

Goiás

Tadeu; Ivan (Caio Vinícius), David Duarte, Reynaldo, Artur; Dieguinho, Fellipe Bastos (Bruno Mezenga), Elvis (Albano), Luan Dias (Dadá Belmonte); Nicolas (Weliton) e Alef Manda. Técnico: Marcelo Cabo

Local: Estádio dos Aflitos, Recife
Público: 2.500 (lotação máxima)
Renda: R$ 60.615,00
Gols: Alef Manga, Dadá Belmonte (GOI); Caio Dantas, Matheus Jesus, Camutanga (NÁU)
Cartões amarelos: Rafael Ribeiro, Vinícius (NÁU)