Ainda que em diferentes níveis, Fortaleza e Ceará fazem Clássico-Rei, na noite desta quarta-feira, no Castelão, em busca de obter ainda mais força na disputa por vagas em competições continentais na próxima temporada. Enquanto o Tricolor briga entre os primeiros durante todo o campeonato até aqui, o Alvinegro praticamente liquidou as chances de rebaixamento e olha para a parte de cima da classificação.
A começar pelo mandante, o Leão do Pici tenta reação na Série A para conquistar vaga na Taça Libertadores. Atualmente, o Fortaleza vive jejum de quatro jogos sem vitórias e caiu para sexto lugar, com 49 pontos, três abaixo do Red Bull Bragantino, que abre o G4, e dois acima do sétimo colocado Internacional.
Há a chance, no entanto, que as vagas para a principal competição internacional da América do Sul sejam ampliadas. Isso porque a final da Taça Libertadores deste ano tem Flamengo e Palmeiras, atuais segundo e terceiro lugares – até com certa folga -, respectivamente.
Além disso, a decisão da Copa Sul-Americana será entre Red Bull Bragantino (quinto colocado) e Athletico (11º lugar). Por fim, ainda há a final da Copa do Brasil, disputada pelo líder Atlético-MG e o Furacão.
Ou seja, caso o Massa Bruta e o Galo sagrem-se campeões nas respectivas finais, até três novas vagas, entre classificações diretas e fase eliminatórias, serão abertas para a Taça Libertadores através do Brasileirão, o que beneficiaria o Fortaleza. Mas não apenas.
Em viés de alta – três vitórias nos últimos quatro jogos -, o Ceará subiu para a décima posição no campeonato, com 42 pontos, e mira, inicialmente, uma vaga na ‘Sula’.
Ao mesmo tempo, observa também a possibilidade de aumento de times na Taça Libertadores, que poderia ir até o nono lugar – justamente uma colocação acima de onde o Vozão está atualmente – e, por conseguinte, ampliaria também o número de times na Copa Sul-Americana.
Em relação ao rebaixamento, preocupação do Alvinegro até pouco tempo, a probabilidade praticamente não existe mais: apenas 0.89% de risco, segundo o departamento de matemática da UFMG, especialista em cálculo no futebol brasileiro.
Uma das principais lideranças e referências do Fortaleza, o zagueiro Titi projetou o Clássico-Rei desta quarta-feira e reconheceu que é um confronto especial.
“Clássico é sempre clássico. É o jogo mais importante que a gente pode ter na competição. Claro que vale os mesmos três pontos que valiam contra o Bragantino, mas tem algo especial. Sabemos que aqui tem uma rivalidade muito grande, sabemos de tudo que envolve um clássico, tudo que move a paixão do nosso torcedor. Com toda certeza estaremos no nosso melhor nível para conseguir o nosso objetivo, que é vencer o nosso rival”, afirmou o defensor.
Por outro lado, o volante Marlon, destaque nos últimos jogos do Ceará, seguiu a mesma linha do discurso de Tite. Ele, inclusive, tem histórico na disputa do clássico, mas com a outra camisa, já que defendeu por três anos o Leão do Pici antes de chegar ao Vozão.
“Não tem favorito. As equipes vêm muito bem no Brasileiro. Clássico é um campeonato à parte. Quando você joga uma Clássico tudo se iguala. É um jogo diferente. Tenho certeza que o time que estiver mais concentrado sairá com os três pontos”, avaliou o meio-campista.
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