A licença de Joaquim Bezerra da presidência do Santa Cruz encerra no próximo sábado (20), mas ainda não há uma garantia de que ele retorne ao cargo. Embora os aliados do mandatário mantenham o discurso de que não haverá renúncia, segundo apurou o NE45, há uma movimentação nos bastidores para que um novo nome fique à frente do clube nos próximos dois anos. Inclusive sendo debatido diretamente pelo próprio Joaquim, que enfrenta resistência da família pelo seu retorno ao Arruda e está cada vez mais pressionado pela cúpula do grupo Ser Educacional, onde trabalha.

O martelo, no entanto, ainda não está batido e as articulações políticas devem ter um novo rumo ao final desta semana.

O grande impasse, como já noticiado pelo blog, diz respeito ao nome para substituir Bezerra. E mais uma vez, o do ex-presidente Antônio Luiz Neto é trabalhado como uma opção mais forte.

Agora, contudo, com um novo cenário bem mais facilitador. Isso porque, em reunião no início da semana passada para tratar do assunto, Joaquim Bezerra e ALN, nome por várias vezes criticado pelo Pro-Santa, chapa encabeçada por Joaquim para o pleito deste ano, apararam as arestas do pós-eleição.

Inclusive, de acordo com apuração da reportagem, a ideia já debatida entre JB e ALN seria a manutenção de todo departamento de futebol do clube, hoje formado com Diego Hydalgo (diretor), Marcelo Segurado (Executivo) e Abdias Venceslau (CEO).

Por outro lado, uma terceira via, justamente pela alta desaprovação do nome de ALN em possível eleição no Conselho Deliberativo, se oficializada a renúncia, também está em pauta: o nome de um empresário tricolor, ainda não revelado. Esta alternativa seria para buscar um consenso e evitar novas arestas na política do Santa Cruz.

Seguindo o regimento do Estatuto do clube, confirmada a renúncia de Joaquim, as eleições do Santa Cruz se darão de forma indireta, com o atual presidente em exercício do clube, Marino Abreu, viabilizando novas eleições via Conselho Deliberativo. Outra possibilidade é o plenário do próprio CD delegar sua atribuição de eleger um substituto a uma Assembleia Geral de Sócios.