O Sport tinha confronto previsto para enfrentar o Flamengo nesta quarta-feira, no Recife. Entretanto, uma mudança no calendário imposta pelo CBF alterou a ordem dos adversários e a equipe pernambucana terá uma maratona de três partidas em seis dias nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro. Algo lamentado pelo técnico Gustavo Florentín.
O treinador paraguaio destacou a atuação da diretoria rubro-negra, que tentou manter as partidas nas datas inicialmente marcadas – o presidente Yuri Romão se posicionou fortemente na ocasião -, mas não conseguiu.
Com a mudança, aliás, o Sport deixou de enfrentar o time carioca restando três dias para a final da Taça Libertadores, em Montevidéu, e viu ainda esse cenário ser transferido para o Grêmio – concorrente direto contra a zona de rebaixamento -, em duelo atrasado entre os times da segunda rodada da Série A, na última terça.
“A princípio queríamos jogar contra o Flamengo. Insistimos, os dirigentes fizeram um esforço para que não pudessem trocar (as datas), mas não se pode conseguir e agora temos que nos adaptar ao que a CBF tinha estipulado”, disse o treinador.
Quem também comentou sobre as alterações e o calendário foi o meia Everton Felipe, que afirmou que o “CEP é complicado”. Ele citou ainda a passagem que teve pelo São Paulo para reiterar o argumento.
“Esses jogos que a gente vai ter nessas duas semanas de correria, vou ter até cuidado no que irei falar porque mudanças de jogos, de datas, é complicado. O CEP é complicado nesse meio da gente no futebol porque as mudanças que tiveram, tenho que ter cuidado no que falar, mas é muito complicado porque estamos brigando na verdade contra tudo e todos. Isso que eu posso dizer. Foram colocados para nós esses jogos, essa maratona e teremos que entrar e jogar”, disse Everton Felipe.
“Infelizmente não escolhemos essa maratona, foi imposto para gente isso, sabemos que futebol é dessa maneira, teríamos confronto contra times disputando títulos e, teoricamente, com time reserva. E mudaram. Mas futebol é isso, não podemos nos desculpar, é ter a cabeça no lugar sabendo que estamos lutando contra tudo e contra todos. E muitas vezes não é só o Sport, no Nordeste é assim. Joguei no São Paulo, sei como funciona e posso dizer com toda a certeza que tem isso. Mas a gente vai manter a cabeça nas quatro vitórias que é o mais importante”, concluiu.
O Sport faz as últimas três partidas no Brasileirão a partir do dia 3 de dezembro, contra o Flamengo, na Arena de Pernambuco; depois, encara a Chapecoense, em Santa Catarina, no dia 6; e, por fim, encerra a competição diante do Athletico, no Recife, no dia 9.
Antes disso tudo, no entanto, enfrenta o São Paulo, neste sábado, no estádio Morumbi. Atualmente, o Rubro-negro é 19º colocado, com 33 pontos, sete abaixo do Juventude, que abre a degola. Desta forma, o Leão precisa vencer todas as partidas que faltam para atingir a margem historicamente segura de permanência (45 pontos).
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