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Com 64 gols sofridos, Náutico encerra pior temporada defensiva desde queda de 2013

Náutico, PE, Série B, Últimas

Por Vítor Aguiar

Por Vítor Aguiar

Postado dia 26 de novembro de 2021

O Náutico viveu uma temporada de altos e baixos em 2021. O avassalador início de temporada, com título pernambucano e largada histórica na Série B, terminou em um decepcionante meio de tabela da Segundona, longe de sonhar com um acesso. Parte dessa queda passa diretamente pelos números defensivos do clube, com a temporada sendo a pior na média de gols sofridos desde 2013, quando o clube fez sua pior campanha em um Brasileiro de pontos corridos

Neste ano, ao longo de 50 jogos, o Timbu foi vazado em 64 oportunidades, uma média de 1,28 gols por jogo. Em 2020, essa média havia sido de 1,12 gols. O número, aliás, não ficava acima de 1,2 desde 2014, quando terminou em 1,21 gols por jogo. A pior marca recente segue sendo a de 2013, quando o Timbu sofreu incríveis 108 jogos em suas 65 partidas, com 1,66 gols cedidos a cada partida.

Os números elevados dessa temporada ficaram bastante concentrados na queda de rendimento que o Náutico viveu no segundo semestre. Se contarmos apenas os jogos os 25 primeiros jogos do clube no ano, foram 21 gols sofridos (0,84/jogo), com todos os demais 43 sendo cedidos nas últimas 24 rodadas da Série B (1,72/jogo).


Se os números desse recorte final fossem ampliados para toda a temporada, o Náutico teria sofrido 86 gols neste ano e teria terminado a Série B com 65 tentos cedidos – 11 gols a mais do que sofreu o Brusque, pior defesa do campeonato, com 54.

O Timbu, inclusive, tem a segunda pior defesa da Série B, com 50 gols sofridos, mas ainda podendo ser ultrapassado por outras equipes que só encerram sua participação neste domingo.

As mudanças na defesa

Essa virada de rendimento acontece em um momento próximo a mudanças sofridas no sistema defensivo do clube, que perdeu o zagueiro Wagner Leonardo, grande destaque da retaguarda alvirrubra e que foi chamado de volta pelo Santos, que o emprestava ao Timbu. Ronaldo Alves, que vinha com baixo rendimento no início da temporada, foi outro nome que saiu.

Isso deixou o Náutico com poucas e fragilizadas opções para a última linha, que também tinha nomes questionados pela torcida no gol e na lateral esquerda, com Alex Alves e Rafinha vivendo uma temporada de instabilidades. Esse cenário forçou que o clube trouxesse os zagueiros Carlão e Rafael Ribeiro de volta de empréstimos, mas nenhum deles conseguiu repor a perda de Wagner, que desestabilizou todo o sistema defensivo.

Daí, o tempo também passou a ser um fator que pesou contra o clube, que demorou para buscar peças de maior confiança para a defesa, como o goleiro Anderson e o lateral Júnior Tavares. Nesse tempo, o grande rendimento que o clube tinha no início do ano e o bom desempenho defensivo foram perdidos, resultando nesses números.

No miolo de zaga, inclusive, os nomes sequer vieram, com a equipe terminando o ano apenas com o titular absoluto Camutanga, ao lado de Yago Silva, que conviveu com com uma série de lesões ao longo do ano e já pendurou as chuteiras; o jovem Carlão, ainda considerando “verde”; e Rafael Ribeiro, que foi bastante criticado pela torcida após falhas em lances cruciais.

Gols sofridos nos anos do Náutico

2021 – 64 gols em 50 jogos (1,28 gols sofridos por jogo)
2020 – 66 gols em 59 jogos (1,12 gols sofridos por jogo)
2019 – 51 gols em 51 jogos (1 gols sofrido por jogo)
2018 – 46 gols em 52 jogos (1,13 gols sofridos por jogo)
2017 – 71 gols em 61 jogos (1,16 gols sofridos por jogo)
2016 – 53 gols em 54 jogos (0,98 gols sofridos por jogo)
2015 – 68 gols em 59 jogos (1,17 gols sofridos por jogo)
2014 – 75 gols em 62 jogos (1,21 gols sofridos por jogo)
2013 – 108 gols em 65 jogos (1,66 gols sofridos por jogo)

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