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Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani

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Bellintani elenca erros no futebol e assume culpa em queda do Bahia: ‘Toda minha’

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

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Após o rebaixamento decretado com a derrota para o Fortaleza por 2 a 1 na Arena Castelão, em duelo válido pela última rodada do Brasileiro, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, pediu a palavra. Em coletiva de imprensa na noite desta quinta-feira, o dirigente elencou erros na montagem do elenco e na condução geral do departamento de futebol do Esquadrão, e fez questão de assumir a responsabilidade na queda do time à Série B.

Veja a coletiva, na íntegra

O principal erro da diretoria nessa queda?

– Primeiro eu queria começar de uma forma com muita humildade e sentimento, eu nesse momento passa um filme na nossa cabeça, desde os piores momentos pessoais em circunstâncias muito diferentes nas nossas vidas e passa os filmes que a gente viu quando a gente era apenas torcedor, e estava do lado de cada torcedor nesses momentos, e eu me lembro desses momentos que vimos o Bahia rebaixado e eu já senti a dor profunda que cada um está sentindo nesse momento. E agora como o principal responsável por isso, de forma que toda a raiva e a decepção do torcedor teve e tem nesse momento comigo, é absolutamente compreensível. Eu sou o grande responsável pelo que aconteceu, não tenho a menor dúvida disso, as decisões são tomadas por mim ou autorizadas por mim. O que eu tenho que fazer nesse momento é ter humildade, dentro das circunstâncias ter algum nível de tranquilidade, para que a gente consiga recolocar o Bahia numa rota positiva do futebol brasileiro. Nada do que eu disser hoje vai tirar um milímetro, uma gota de tristeza de que cada torcedor está passando, mas eu posso dizer que eu errei tentando acertar. Eu tomei as decisões com base nas informações e nos recursos que eu tinha, mas não foram suficientes para evitar o que foi um dos maiores traumas da minha vida como profissional, como torcedor, e não foi suficiente para evitar o tamanho da tristeza que eu coloquei no coração de cada um de vocês. O que eu posso é prometer muito trabalho, muita dedicação, que a gente supere esse momento e volte forte para esse lugar de onde a gente está saindo nesse momento, mas é o lugar do clube, é o lugar do Bahia.

Por qual motivo o Bahia foi rebaixado/ erros na condução do futebol

– Eu não quero tirar nem um milímetro da minha responsabilidade, dos meus erros, mas para que a gente tome decisões corretas a partir de agora, a gente não pode faze análises superficiais e generalistas. Eu repito: nada do que eu falar tira a minha responsabilidade, que é total, principal, absoluta. Mas se a gente for olhar no filme que vem passando e tentar identificar o grande erro, ele não existiu. O que aconteceu foram vários erros sequenciados que geraram essa frustração, essa decepção, e aquela mudança que a gente fez no final da temporada passada, ela não surtiu o efeito que a gente imaginava. Nós tínhamos no final do ano de 2020 um déficit muito grande no clube, montamos em 2021 um time sem absolutamente nenhum investimento, o Bahia gastou quase nada com aquisição de atletas, justamente por uma responsabilidade financeira que a gente entendia que precisava ter naquele momento, com os recursos que a gente tinha, depois dos piores anos financeiros do Bahia, que foram os anos da pandemia, e nós tomamos uma decisão muito corajosa que foi não gastar um dinheiro que a gente não tinha. Não tivemos intervalo, não tivemos intertemporada e tivemos que montar um time sem tempo e sem recurso. Logo na sequência o título da Copa do Nordeste nos deu uma leitura de que nós conseguiríamos, com aquele time, ter um certo nível de competitividade no Brasileiro, e assim a gente começou o Brasileiro. E está aí o nosso erro, ter entendido que aquele time conseguiria fazer um campeonato sem ameaças, e isso não foi possível. Depois tivemos um erro muito grave, que foi trazer um treinador estrangeiro no meio do campeonato e depois quando a gente decidiu pela vinda de Guto, apesar de números muito razoáveis, não deu mais tempo de recuperar e o campeonato se mostrou absolutamente atípico.

Durante a campanha, você disse que havia errado e aprendido com os erros. Esse rebaixamento significa que a lição não foi aprendida e que você conseguiu piorar a montagem do elenco?

– Não. Acho que, além do que eu disse aqui, não houve necessariamente o mesmo tipo de erro do ano passado. Ano passado nós erramos porque erramos montamos um time com investimento alto que se mostrou insuficiente com três ou quatro peças proporcionalmente ao investimento que foi feito. Esse ano nós tivemos uma profunda dificuldade financeira, com o time nas baixas folhas do futebol brasileiro. Nós não conseguimos ter competitividade, mas foram circunstâncias completamente diferentes das do ano passado, mas eu acho que mesmo com dinheiro disponível nós teríamos que ter montado um elenco mais competitivo e nós erramos sim diante das circunstancias que nós tivemos, e o resultados mostraram isso. Nenhum time pode ser rebaixado e o presidente dizer que fez boas contratações e que o time foi competitivo.

Por que acredita ser capaz a conduzir o Bahia de volta à Série A?

– Acredito porque aprendi nesse tempo de vida que a vida também não é só feita de sucesso, mas também de fracasso. E eu também aprendi na minha vida, e não só no Bahia, mas em várias circunstâncias por onde passei, que os fracassos acontecem, decepcionam, machucam, doem, mas a gente precisa olhar para eles porque eles fazem parte da vida e é assim que eu enfrento os meus problemas.

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