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Intensidade, legado e empolgação: Felipe Conceição se apresenta ao Náutico

Foto: Tiago Caldas/CNC

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Após acertar com o Náutico no domingo, depois de pedir para sair da Chapecoense, o técnico Felipe Conceição foi apresentado na tarde desta segunda-feira no CT Alvirrubro. Exaltando a grandeza do Timbu, o treinador apontou que se soubesse que o clube lhe procuraria tão cedo na temporada, não teria aceito a proposta dos catarinenses.

“A Chapecoense foi um caso atípico e que eu não gostaria de ter feito. Em janeiro, se eu soubesse que o Náutico me convidaria, eu teria ficado em casa. E muito pelo Náutico, pois eu também recebi uma proposta essa semana e recusei. Tem a ver com o que eu disse anteriormente. Foi uma questão muito específica. Ano passado, tive uma conversa com o Diógenes (Braga). Eu estava no Remo e tinha me comprometido com o presidente a ir até o final da Série B. Fui até onde me deixaram. Normalmente, eu sou muito fiel ao que me comprometo. Essa situação foi atípica e envolveu outros fatores que não vêm ao caso.”, explicou Felipe.

Em seu primeiro trabalho como treinador na região Nordeste, Felipe Conceição enalteceu o elenco do Náutico. Segundo o treinador, a característica de intensidade e agressividade que vem sendo apresentada pelos jogadores do Timbu casam muito bem com o estilo de jogo que ele gosta de implementar nas suas equipes.

“É um time que tem a ver com as características que eu gosto de construir as minhas equipes. É um elenco muito qualificado e isso me faz aceitar o convite, além da grandeza do clube. É uma equipe que eu já enfrentei algumas vezes e sei o quanto tem de alma dentro dela, o quanto joga com o coração e que paga o preço para vencer as partidas. Eu não chego para mudar isso, pelo contrário, chego para alimentar mais e potencializar essa forma, pois é o jeito que eu coloco as minhas equipes para jogar”, pontuou o treinador.

Substituto de Hélio dos Anjos, que foi desligado do clube na última sexta-feira, Felipe Conceição chega com a missão de conduzir o Náutico na Copa do Nordeste e no Pernambucano, além de comandar o time na primeira fase da Copa do Brasil. Com um confronto pelo regional, contra o Atlético de Alagoinhas, o comandante afirmou que já quer estrear nesta terça-feira à beira do campo.

“Se a questão burocrática permitir, eu estarei na beira do campo. Eu pedi isso ao presidente e desde que a gente se acertou que estou vendo jogos do adversário e vendo nossos jogos anteriores, pensando no nosso time 24 horas por dia. A ideia é estar à beira do campo. É um jogo difícil, como são todos da Copa do Nordeste, mas vamos preparar a equipe, mesmo que boa parte dos jogadores ainda esteja em recuperação da última partida. Mas, ao menos de forma posicional, já vamos começar a preparar a equipe”, disse.

Confira outros trechos da entrevista:

Objetivos na Copa do Nordeste

O Náutico, pela grandeza e pela tradição do clube, tem que entrar em todas as competições pensando no título. Essa é a primeira coisa que temos de pensar. Vamos buscar a cada partida um desempenho melhor, a evolução da equipe e a adaptação de algumas coisas que o treinador traz com ele, mas sem fugir muito do estilo e da filosofia que já está implantada, pois foi um pensamento que também me trouxe para cá. A agressividade do jogo do Náutico, a intensidade e o jogo ofensivo, também tem a ver com o Felipe. Foi um dos motivos que me trouxe até aqui hoje.

Balanço da carreira e destaque no América-MG

Eu sei da situação do destaque com o América, saindo da lanterna para a quinta colocação durante um mesmo campeonato com menos nove rodadas, mas tem também outros bons trabalhos. Tem o Guarani, tem a primeira fase do Campeonato Paulista fazendo a melhor campanha, tem um turno com o Remo fazendo 31 pontos, pegando a equipe na lanterna… Onde eu passei posso falar que fiz bons trabalhos, que melhorei as equipes e que fiz os atletas melhorarem o seu performance e ajudei o clube de alguma maneira. Eu sou um treinador que gosto de deixar legado para o clube. Eu não trabalho para mim, não trabalho para a minha imagem. Eu sou contratado pelos clubes, trabalho para os clubes e procuro sair deixando um legado de um trabalho bem feito, com uma equipe competitiva independente do nível. Acho que isso eu consegui em todas as equipes que eu passei e não medirei esforços para deixar um bom legado aqui no Náutico.

Em busca de longevidade

O que eu posso garantir e – a minha carreira demonstra – é que eu gosto de fazer trabalhos longos nos clubes e sempre deixar um legado. Procuro sempre fazer trabalhos com os jogadores jovens dos clubes. Apenas em dois clubes, antes da Chapecoense, eu tinha pedido para sair e talvez eu tenha me equivocado nos dois. Lá era início de trabalho, tinha um mês só, mas eu sei que deixei as coisas mais arrumadas do que estavam antes. Foi uma situação atípica e eu venho para ficar no Náutico muitos anos. Essa é a minha intenção. É claro que vai depender dos atletas, da diretoria e de como o nosso trabalho vai acontecer ao longo do ano, mas o meu desejo é ficar aqui muito tempo.

Comissão técnica formada pelo clube

Eu chego sozinho e vou utilizar as pessoas que estão aqui, que são capazes e do bem. Já peguei informações sobre elas, mas eu chego sozinho para trabalhar pelo clube e com as pessoas que aqui estão.

O que conhecia do Náutico?

Quando eu estava no Cruzeiro, eu falava com o presidente e sempre citava o Náutico como o grande favorito da Série B no ano passado e o início do campeonato provou isso. A base do time ainda continua muito forte, pois ela se manteve quase toda e continua com uma dinâmica de jogo muito forte. Se a gente continuar nesse caminho, mas sempre buscando agregar mais coisas para crescer, evoluir e, é por isso que eu estou aqui, que a gente vai alcançar coisas grandes. Estou aqui para evoluir e também ajudar os jogadores a evoluírem.

A estrutura

Eu já tinha vindo treinar aqui no CT. O hotel eu ainda não conhecia. Conheci agora. E a gente fica surpreendido positivamente com o que vimos. Tem equipes da Série B e até mesmo da Série A que não tem esse espaço, essa estrutura para concentrar. O próprio América-MG ainda está construindo o dele. Eu acho que nós temos de pensar em como ajudar o clube. Fazer com que o Náutico consiga mais receita, seja porque está conseguindo desenvolver e vender jogadores jovens ou porque está vencendo muitos jogos. Se eu conseguir deixar um legado aqui no clube, eu vou ficar muito feliz.

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