Após votação realizada no estádio do Arruda neste domingo (8), os sócios do Santa Cruz aprovaram os artigos que regem a criação da SAF do clube, mudando edital e pontos no estatuto.
Assim, o Tricolor dará prosseguimento ao processo para deixar de ser um clube associativo para se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol. Ao todo, menos de 800 sócios participaram da votação.
Além das mudanças no edital para criação da SAF, foram aprovados também os artigos que ampliam o número de conselheiros, de 200 para 500 efetivos, além de 50 suplentes, e o artigo que restabelece a volta da Comissão Patrimonial. Ele passa a valer a partir do próximo mandato, em 2024.
Esse poder foi rebaixado a diretoria com a última reforma do estatuto do Santa Cruz, aprovada em 2021. Agora ele retorna e será constituído por 15 membros. 13 deles serão eleitos pelo Conselho Deliberativo e outros dois serão de outros poderes do clube.
Para o aumento do número de conselheiros, foram 521 votos a favor e 250 contrários. Para a criação da SAF, incluindo outros pontos contestados por parte da torcida, foram 516 votos ‘sim’, e 252 votos ‘não’. Para o retorno da Patrimonial, 508 votos favoráveis, 257 contrários.
SAF do Santa Cruz e pontos controversos
Apesar da aprovação dos sócios votantes sobre as mudanças no texto da SAF, alguns pontos foram alvos de críticas mais duras daqueles contrários a esta formatação. São os itens III e VI do edital. Com eles, a criação da SAF só poderá existir de acordo com o aval da direção executiva do Santa Cruz. Ou seja, do presidente Antônio Luiz Neto.
Assim, sócios e conselheiros não poderão decidir pela aprovação ou reprovação de algum projeto de compra do Santa Cruz. A decisão passará unicamente pelo mandatário. Já o artigo VI do edital prevê também que a avaliação dos bens do clube, através da contratação de uma empresa, passará também só pelo crivo do presidente.
Assim, há um receio por parte de torcedores contrários a essas mudanças de que o poder dentro do Santa Cruz seja ainda mais centralizado na figura de Antônio Luiz Neto. Ainda mais pela implementação da SAF, que não terá mais a discussão e a participação do seu sócio e do seu conselheiro para aprovar ou reprovar o que for proposto.
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