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Retrospectiva 2022: Bahia tem tropeços, mas sobe à Série A, se torna SAF e se junta ao grupo City

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Por Klisman Gama

Por Klisman Gama

Postado dia 31 de dezembro de 2022

Decepção no 1º semestre, acesso e SAF. Confira o que aconteceu no Esquadrão em 2022, na retrospectiva feita pela reportagem do NE45

O Bahia iniciou o ano com uma meta: retornar à Série A. Porém, até chegar lá, houve alguns percalços no meio do caminho. Início ruim de temporada, com eliminações pífias no Campeonato Baiano e Copa do Nordeste. Todavia, em uma Série B sem grandes sustos, o Tricolor fez sua parte e retornou à elite do futebol brasileiro.

Ainda mais que isso. O ano do Esquadrão ficou marcado também por um novo e grande passo nos seus quase 92 anos de história. O Bahia se tornou uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e foi vendido ao Grupo City, dono do Manchester City, da Inglaterra, além de um dos maiores conglomerados esportivos do planeta.

Mudança que eleva o patamar do Bahia no cenário nacional, principalmente pelo grande aporte financeiro que a equipe deve receber nos próximos anos. Indo além, também crescendo em estrutura e revelação de talentos, não só no Nordeste, mas em todo o Brasil.


Dessa forma, confira a retrospectiva 2022 do Bahia, numa série produzida pelo NE45 sobre como foi esta temporada, desde o seu início, até o fim dela.

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Eliminações precoces do Bahia no Estadual e Nordestão

O início de 2022 do Tricolor de Aço foi longe do esperado. A equipe tinha uma base do time que acabou rebaixado na temporada anterior. Por isso, imaginava-se que, com maior entrosamento entre as peças, o ano começaria bem. Mas os percalços aconteceram.

Primeiro que a equipe largou muito mal no Campeonato Baiano. Conforme a competição avançava, a necessidade de uma arrancada com vitórias era cada vez maior, mas o futebol jogado não era condizente para uma reação dessa acontecer. E, realmente, ela não veio. Eliminação ainda na 1ª fase do Estadual.

Da mesma forma, o início irregular de Copa do Nordeste, que contou com uma derrota inesperada para o Atlético-BA, acabou também tirando o Esquadrão precocemente do Regional. Atual campeão, o Bahia deixou o torneio ainda na 1ª fase, com 1 ponto a menos do que o 4º colocado da sua chave, que avançou às quartas de final.

Mesmo com todo esse desgaste e início ruim de temporada, o Bahia manteve o técnico Guto Ferreira. Pressionado pela torcida, o treinador tinha a missão de virar a chave da equipe para a Série B, o campeonato mais importante do Tricolor em 2022.

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Guto Ferreira resistiu às eliminações no Estadual e Copa do Nordeste, mas caiu durante a Série B. Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Acesso à 1ª Divisão passando as 38 rodadas dentro do G-4

O acesso do Bahia era primordial para as pretensões do clube, principalmente pela diferença do aporte financeiro que a equipe teria na elite do futebol. Ainda assim, na Segundona, o Tricolor era um dos favoritos para subir, desde o início, e assim o fez.

Um fato importante desta campanha de acesso foi a regularidade. Mesmo sem ter um futebol convincente e também tropeçar em momentos importantes na reta final da Série B, o Bahia esteve as 38 rodadas dentro do G-4. Em alguns momentos, a oscilação preocupou. Principalmente na reta final do campeonato. Mas, ao fim de tudo, deu certo.

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Tricolor passou todas as 38 rodadas da Série B no G-4. Foto: Pedro Pereira/EC Bahia Números e Podcast 45

Nesses momentos de oscilação, onde a pressão aumentou, aconteceram trocas no comando. Primeiro, Guto Ferreira foi demitido ao fim da 14ª rodada, quando o Bahia perdeu do Novorizontino por 1 a 0. O treinador ainda conseguiu, poucas semanas antes, classificar o Tricolor às oitavas de final da Copa do Brasil.

Enderson Moreira assumiu e a equipe voltou a engatar uma sequência positiva. Inclusive, mesmo com a queda na Copa do Brasil nas oitavas, para o Athletico Paranaense, deixou boa impressão.

Todavia, Enderson acabou demitido após o jejum de 4 partidas sem vencer na reta final da competição, entre a 29ª e a 32ª rodada da Série B, com os adversários de fora do G-4 se aproximando do Tricolor.

Nesse contexto, faltando apenas 6 rodadas para o fim da competição, o Bahia contratou Eduardo Barroca. Ele comandou a equipe na reta final, com 2 triunfos e 4 empates. O desempenho pouco mudou em relação ao apresentado com Enderson Moreira, mas foi suficiente sacramentar o acesso na 4ª colocação, com 62 pontos.

Vale ressaltar que o Esquadrão havia terminado na 3ª colocação. Porém, o Vasco ganhou os pontos do jogo contra o Sport no STJD, por conta do julgamento contra o time pernambucano. No duelo, houve invasão da torcida e, na ação, o time carioca saiu beneficiado com esses pontos da partida e ficou com 64 pontos, no 3º lugar, ao fim da Série B.

O Bahia não teve grandes destaques individuais dentro da Série B, mas podemos listar as apresentações de alguns jogadores: O zagueiro Ignácio, o volante Rezende, o meia Lucas Mugni e o atacante Matheus Davó. Jogadores que, mesmo com oscilações, foram importantes dentro do contexto do campeonato, oferecendo solidez ao time.

Jogadores do Bahia comemoram acesso
Esquadrão sacramentou o acesso na última rodada da Série B. Foto: Divulgação/EC Bahia

Bahia se junta ao Grupo City e passa a escrever uma nova história em 2023

Fora de campo, veio um passo ainda maior na história do Tricolor de Aço. Depois de vários meses para a elaboração do projeto para o clube se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), em paralelo, o clube negociava junto ao Grupo City, um dos maiores conglomerados esportivos do mundo, para a aquisição.

Todo o projeto foi elaborado ao longo dos meses, primeiro com uma votação dos sócios para a aprovação do projeto da SAF, e depois uma votação para aprovar a venda de 90% da SAF para o Grupo City. Enquanto isso, a associação Esporte Clube Bahia segue com a posse dos outros 10%.

O conglomerado chega ao Tricolor com a promessa de um aporte de R$ 1 bilhão nos próximos 15 anos. Desse montante, R$ 500 milhões serão destinados à compra de jogadores, R$ 300 milhões para a quitação de dívidas e os restantes R$ 200 milhões para questões como infraestrutura e categorias de base.

O Bahia terá o 2º maior aporte financeiro dos clubes pertencentes ao Grupo City e isso faz parte do projeto de tornar o Tricolor um clube que frequente a Libertadores. A ideia, para 2023, é de montar uma equipe que termine a Série A na 1ª metade da tabela.

Mas, para tudo isso acontecer, o passo e as promessas do projeto da SAF precisaram acontecer neste 2022. Agora, um novo horizonte se abriu para o Tricolor de Aço, e a expectativa é de uma nova temporada com passo ainda mais largos na história quase centenária do clube.

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