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Fator experiência, acesso como obrigação e chance de ajudar o Santa Cruz: Laércio Guerra avalia momento decisivo do Retrô na Série D

Divulgação/Retrô Futebol Clube

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Mandatário da Fênix passou a limpo trabalho desenvolvido em conversa exclusiva com o NE45

Único pernambucano vivo na disputa da Série D, o Retrô se vê, mais um ano, próximo do sonhado acesso. Depois de uma primeira fase ‘quase perfeita’, a Fênix se prepara para o mata-mata da disputa. E, após bater na trave em edições anteriores, o time está mais preparado. É o que afirma o presidente Laércio Guerra, que enxerga a subida de divisão como uma obrigação.

Em entrevista exclusiva ao NE45, entre variados assuntos, o mandatário destacou o trabalho desenvolvido no clube, exaltou o ganho de experiência e, ainda, analisou a possibilidade de ajudar o conterrâneo Santa Cruz. Já que, em caso de acesso azulino, o Tricolor garante calendário para a temporada de 2024.

Laércio Guerra
Laercio Guerra, presidente do Retrô. Crédito: Divulgação/RFC

Abaixo, confira conversa completa com o mandatário do Retro:

NE45 – O Retrô está mais uma vez na segunda fase da Série D. Você vê o acesso mais próximo?

A gente entra nas competições sempre pensando no máximo. Fazendo uma retrospectiva, participamos pela quarta vez do estadual e chegamos em duas finais. Sonhamos com o título, não conseguimos. Na Série D, nossa terceira participação. Na primeira vez, ficamos pelo meio do caminho, para o ABC. Ano passado, o Santa Cruz. Mas esse ano acredito que estamos mais maduros. A gente acredita muito. Mas o fato de não ter conseguido o acesso em anos anteriores nos deu uma força maior para entender a disputa e não cometer os mesmos erros.

NE45 – É apenas a 4ª participação em um Brasileiro e a equipe fez mais uma grande primeira fase. Como você enxerga esse crescimento a nível nacional?

Em nível nacional, já somos muito conhecidos na base. Hoje, posso garantir, que em Pernambuco, e talvez até no Nordeste, é o clube que mais transaciona jogadores no Brasil. Então, temos esse reconhecimento. Fomentamos isso com competições como a Copa Atlantico, que terão clubes como Flamengo, Vasco, Palmeiras, Bahia…

Então, na base, essa visibilidade existe. Mas é fundamental que a gente consiga esse reconhecimento no profissional. E a gente entende que está chegando a hora. Sair da Série D, conseguir chegar à C e, a partir daí, alçar voos maiores. Uma B e, quem sabe, futuramente, uma Série A.

NE45 – O Retrô se acostumou a viver momentos decisivos. Sejam competições estaduais ou nacionais. O que falta para o clube triunfar?

O que estava faltando, na minha ótica, era um pouco mais de experiência. Seja para a gente, do corpo diretivo, e para alguns atletas. Se você pegar as competições que chegamos em momentos cruciais, tínhamos em campo pelo menos três atletas da base e mais dois no banco. Então, faltava essa experiência, que acredito que conseguimos ao trazer atletas com mais bagagem. Além da própria vivência das decisões. Acho que o clube, como um todo, amadureceu. E a gente se sente preparado para buscar não só o acesso como o título da Série D.

NE45 – Após a saída de Dico Woolley, o Retrô decidiu apostar em um nome mais consolidado. Martelotte é um profissional acostumado com acessos. O quanto pesa a troca neste momento decisivo que o clube está próximo de viver novamente?

A gente entendeu que o clube precisava de uma oxigenada naquele momento. Fomos atrás de um treinador que se adequasse ao nosso perfil. Não foi somente a experiência. Ele tem um bom trato com atletas da base, gosta de um jogo ofensivo. Essas foram características que validaram a vinda dele. Não somente o fato de ter uma bagagem. A nossa preocupação é o perfil, independente da experiência.

NE45 – No próximo domingo, o Retrô faz o primeiro jogo decisivo contra o Pacajus. Como está o clima no clube para essa nova oportunidade?

A gente trabalhou para esse momento. Na nossa cabeça, acabou um campeonato. Agora, estamos vivendo uma mini Libertadores. São 32 clubes, jogos de mata-mata para um, apenas, ser campeão. Então, o clima está muito bom. A pressão que tem que ser exercida é normal desses jogos decisivos. Mas temos um elenco bastante experiente para esse momento.

NE45 – O Retrô tem feito campanhas de destaque. Independente dos adversários que encontra pelo caminho, faz jogos competitivos. Qual a importância da mentalidade do clube em momentos decisivos?

Temos uma mentalidade que é incutida na base. Vão perceber isso ainda mais, à medida em que os anos forem passando, que a gente constrói isso desde o início. É algo que vem da base. Da gente entender que precisa respeitar todos os clubes, claro, mas o Retrô não tem medo de enfrentar absolutamente ninguém. Basta ver nossos históricos contra Corinthians, Avaí, Sport, Náutico e o próprio Santa Cruz. São jogos difíceis e competitivos. Na Copinha, também, o jogo contra o São Paulo. Respeito sempre, mas medo de ninguém. Está no DNA.

NE45 – O acesso é uma obrigação?

A gente tem o acesso como obrigação do clube, pelo investimento. Mas o futebol não é um jogo de matemática exata. Então, os atletas têm essa convicção da obrigação de fazer esse clube subir. A gente, que está na parte diretiva, sabe que tem que dar o suporte para que eles ascendam. É uma obrigação sempre chegar nas finais. É uma coisa que está no DNA do clube. Chegar em uma final da D significa que subimos. O nosso objetivo, da base ao profissional, é chegar às finais. Temos como princípio no clube.

NE45 – Há uma relação direta entre o possível acesso do Retrô e o futuro do Santa Cruz para 2024. Como essa possibilidade é vista?

A gente sabe que é um momento difícil do Santa Cruz. Acaba que é um combustível a mais para a gente. Poder ajudar um clube histórico, centenário. Pela história do clube, o melhor seria que eles não precisassem disso. Mas a gente trata com muito respeito e serenidade. Sem que se coloque isso como algo jocoso ou de alguma forma que engrandeça o Retrô. De forma alguma. Temos respeito pelo Santa, como temos por Sport, Náutico.

Claro, queremos ganhar sempre deles. Somos um clube novo. Temos essa audácia. Calhou de que se a gente subir, o Santa Cruz herda essa vaga. E a gente quer subir. Mas esse ‘plus’ mexe. E se tivermos, também, o apoio da torcida tricolor, tenho certeza que isso vai ajudar bastante tanto eles quanto o próprio Retrô.

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