Vínculo do Tricolor com a fornecedora é até 2025, mas clube quer quebrar o contrato
O Santa Cruz deseja encerrar, de forma antecipada, o contrato com a sua fornecedora de material esportivo, a Volt, que tem vínculo com a Cobra Coral até 2025. O Tricolor já notificou a empresa, em julho deste ano, e deseja o fim da parceria. A fornecedora, por sua vez, busca manter o vínculo com o Santa. As informações foram divulgadas inicialmente pelo portal Globo Esporte (GE) e confirmadas pelo NE45.
Na ação contra a Volt na Justiça, o Santa Cruz cita que a empresa não cumpriu obrigações previamente acordadas, vide os pagamentos. O Tricolor ainda questiona o material e quantidade dos produtos oferecidos pela fornecedora.
Ainda na argumentação do Tricolor, o clube alega que a Volt não quitou os 15% de royalties desde setembro de 2022, quando houve o deferimento da Recuperação Judicial do Santa Cruz na Justiça. Vale lembrar que a Cobra Coral recebeu R$ 2 milhões antecipadamente no início do vínculo com a fornecedora.
Assim, de acordo com o Santa Cruz, o montante a receber até o fim do contrato, que é de R$ 2 milhões, faria a fábrica da Volt (Martins) entrar na lista de credores do clube na Recuperação Judicial.

Volt quer manter parceria com o Santa Cruz
Procurado pela reportagem do NE45, o diretor executivo da empresa, Fernando Kleimann, afirmou que a Volt ainda deseja manter o vínculo com o Santa Cruz. O gestor também admitiu surpresa com a ação, mas destacou que a fornecedora está segura e agindo da maneira correta até aqui.
Sobre os possíveis atrasos, Fernando disse que o questionamento não é sobre um dinheiro que a Volt precisa pagar, mas sim uma antecipação feita pelo clube. Além disso, o diretor revelou que a sugestão do Tricolor para um possível rompimento não procede.
“A gente está com 100% em dia com o Santa Cruz, com todos os pagamentos. O que está sendo questionado é o seguinte: nosso contato é R$ 1 milhão por ano, nós antecipamos os dois primeiros anos e pagamos e R$ 2 milhões na assinatura. O Santa Cruz, a partir de novembro deste ano, começa a ter direito de receber os outros R$ 2 milhões do restante do contrato”, disse Fernando.
“O que está sendo questionado não é um dinheiro que a gente tem que pagar, é um dinheiro que o Santa Cruz já antecipou. Todo o corpo jurídico já analisou os documentos, e a alegação que o Santa está tendo para sugerir um rompimento não procede. Todas as outras clausulas foram respondidas, a gente está tratando tudo dentro normal. Ficamos surpresos, mas estamos seguros e fazendo tudo da maneira correta. O desfecho vai ser positivo, a gente ainda tem planos para o clube e queremos desenvolver outros projetos, inclusive adquirimos novas lojas”, completou o dirigente.
Com o imbróglio na Justiça, o terceiro uniforme do Santa, previsto para ser lançado no mês passado, teve a sua apresentação adiada.
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