Treinador citou lances de jogos passados e cobrou clareza por parte do uso da tecnologia do VAR
O Ceará poderia ter saído com um resultado melhor de Campinas. Apesar da pressão do Guarani na reta final, o Vozão deixou o campo tendo marcado um gol, com Guilherme Bissoli, ainda na primeira etapa. Mas que, com o auxílio do VAR, foi anulado. Decisão, diga-se, que levou o técnico Guto Ferreira a demonstrar insatisfação em relação ao assunto na coletiva pós-jogo.
“O Ceará não vence a partida por mais um erro de arbitragem contra a gente. Procuramos os mais variados ângulos para ver se o golaço do Bissoli teria tido algum toque na mão. E a cama não crava. As imagens não são cravadas. A bola nao muda o giro. É só ver o vôlei. Qualquer desvio, por menor que seja, a imagem mostra o movimento dos dedos e a bola muda a trajetória. Não acontece isso. Então, como o VAR crava?”, questionou.

Guto se manteve firme à reclamação e lembrou de outro lance envolvendo o uso do VAR e o Ceará. Na visão do treinador, os erros contra a equipe cearense estão sendo frequentes na disputa do Brasileiro.
“No jogo contra o Juventude, o Jean Carlos toma um carrinho, onde o adversário se joga e sai arrastando tudo, impedindo ele de chutar. E o VAR não chama. No final, um lance, que também foi duvidoso, no Nenê, que a câmera também não crava, e o árbitro fala que o jogador foi imprudente. E o do primeiro tempo, não foi? A arbitragem não tem um critério de chamada do VAR. E não tem clareza”, disse.
“Enquanto o VAR não tiver que prestar contas dentro do jogo para o torcedor e para os jogadores, vao acontecer sempre esse erros. Porque quando ele tiver que explicar, mostrar e provar a leitura, muda. O difícil é que nos últimos três jogos, erros só contra o Ceará. A favor, não teve”, continuou.
Guto sai insatisfeito com o resultado
O empate, apesar de fora de casa, não agradou Guto. O técnico até reconheceu a força do Bugre, segundo melhor mandante da competição, mas ficou na bronca com a possibilidade ‘impedida’ de sair de Campinas com os três pontos na mala.
“Fomos uma equipe que buscou, jogando fora de casa, ser agressiva e a vitoria o tempo todo. Foi o time que mais finalizou. 12 contra 9. Foi quem mais teve posse de bola. 54 a 46. E sai com um resultado, contra uma equipe que, dentro de campo, é muito difícil de ser batida. É a segunda campanha como mandante. O que faltou? Talvez, um pouco mais de lucidez no último terço do campo. Mas saio não contente com o resultado”, avaliou.
Ceará na Série B
O Ceará volta a campo no próximo domingo (6), quando recebe o lanterna ABC em um confronto nordestino. Há três jogos sem saber o que é vencer, o Alvinegro quer retomar o caminho das vitórias no Castelão, ao lado do torcedor alvinegro. Hoje, a equipe cearense é a 10ª colocada, com 30 pontos somados.
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