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VP do Náutico detalha processo da SAF e destaca objetivos do clube: “Competitividade e implementação de gestão”

Tiago Caldas/CNC

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Dirigente revelou visitas de investidores durante jogos da Série C

O Náutico está no mercado e, desta vez, não diz respeito somente ao campo. Com propostas na mesa, o clube estuda a possibilidade de se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Da preparação para mergulhar no processo, ainda na temporada passada, aos desdobramentos atuais, muito se foi discutido. Em entrevista ao Fórum Esportivo, da Radio Jornal, o vice-presidente alvirrubro Luiz Felipe Figueiredo detalhou os bastidores.

“É verdade que tem proposta em mesa. Na realidade, alguns trabalhos estão sendo desenvolvidos. A SAF não é simplesmente a compra de uma empresa ou um terreno. Existe um mix de processos. Muito se fala muito em valor, mas vai além. O dinheiro investido será aplicado dentro do negócio. São muitas pessoas envolvidas. E é natural que não haja um posicionamento oficial. Assim como pode dar certo, também pode dar errado”, iniciou.

Assim como pontuou Luiz Felipe, os trâmites, de fato, estão em estágio inicial. Mas isso não quer dizer que o clube não tenha noção de valores, já que avançou em conversas com um grupo para a venda de 90% da SAF. O investimento pode ser de R$ 970 milhões – podendo chegar até R$ 1 bilhão, a depender de gatilhos.

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Sede do clube, na Rosa e Silva. Crédito: Tiago Caldas/CNC

Vale destacar que o Alvirrubro tem etapas internas a serem cumpridas antes de dar passos maiores na efetivação do negócio. A SAF ainda não existe a nível de estatuto, por exemplo. O terreno, contudo, está sendo preparado.

Preparação para entrar no mercado

De acordo com Luiz Felipe, o primeiro contato do Náutico com o mercado não foi tão positivo. Já nas primeiras conversas, a cúpula alvirrubra entendeu que não estava preparada, naquele momento, para dar liderar o processo. A partir dali, o clube buscou consultorias variadas para ter suporte em negociações futuras.

“Levantamos todos os ativos, pegamos o retrato de como estava a consolidação de dívidas trabalhista e tributária, além dos credores. Mas, como se negocia isso? Procuramos entender. Até que ponto seria possível negociar? Foi dentro dessas consultorias que entendemos que teríamos que buscar algo a mais. Com o que tínhamos em mão, não iríamos conseguir. Viraria uma bola de neve”, disse.

O VP também destacou que o trabalho silencioso tem passado por muitas mãos, mas é liderado por consultores contratados. O dirigente frisou a importância de cada integrante – sobretudo de dentro do clube – entender o seu papel na construção do processo.

Quanto vale o Náutico?

Quando questionado sobre valores, Luiz Felipe foi categórico: existem muitas variáveis. Segundo o dirigente, para além do aspecto dentro de campo, o entorno do clube é parte determinante no andamento do negócio. E, para ele, ‘o retrato de uma SAF Náutico tem que ser retrato de profissionalismo’.

“Não existe isso. Isso é muito relativo. Não tem valor definido porque dependem de muitos gatilhos atrelados ao processo. Sejam gatilhos em projetos imobiliários, de locação, ou no próprio futebol, dentro de campo, a depender da divisão. Faz pouco sentido para o investidor que o clube siga na C. Ele só estaria colocando dinheiro. Quem assumir, também vai estar assumindo as dívidas. O Náutico não está inventando a roda”, frisou.

Náutico - Aflitos - gramado
Estádio do Aflitos. Crédito: Tiago Caldas/CNC

“A gente busca no processo de SAF porque entendemos que o modelo atual é fadado ao insucesso por não estar 100% profissionalizado. Queremos perenidade, mantendo sua identidade e estar sempre competitivo. O que Náutico mais busca, a partir da garantia mínima de investimento, é competitividade e a implementação de gestão”, afirmou.

Quais os próximos passos da SAF no Náutico?

A expectativa é de que a proposta recebida seja apresentada até o dia 05 de outubro. Na sequência, ela será analisada pelo Conselho Deliberativo e será convocada uma Assembleia Geral de Sócios para aprovação ou não. 

A expectativa da diretoria alvirrubra é de que até o início de novembro os trâmites sejam concluídos. Caso dê certo, o Náutico iniciará a próxima temporada já como SAF. 

Náutico avança conversa com grupo para venda da SAF por quase R$ 1 bilhão
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