Segundo presidente do Fortaleza, clube irá atuar buscando identificar os membros das facções que participaram das brigas na Neo Química Arena
Um espetáculo deplorável. Foi assim que o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, resumiu as ocorrências de brigas entre organizadas ligadas ao clube no setor visitante da Neo Química Arena. Segundo o dirigente, os envolvidos seriam “trogloditas” que ainda estariam na “idade da pedra” e, por isso, estariam indo na contramão do crescimento do clube.
As afirmações foram feitas em pronunciamento publicado nas redes sociais do Leão do Pici após o empate 1 x 1 no primeiro jogo das semifinais da Copa Sul-Americana, diante do Corinthians.
“Eu queria falar sobre o que aconteceu na arquibancada, nos setores da nossa torcida. As pessoas que brigaram não representam o Fortaleza e nem os nossos valores. Estou envergonhado e venho aqui pedir desculpas a quem estava na arquibancada, também ao estádio inteiro e quem acompanhou pela televisão, seja no Brasil ou em outros lugares da América do Sul. O Fortaleza é um clube que tem se pautado pelo crescimento na gestão, feita de maneira humanizada, valorizando as pessoas e fazendo trabalhos sociais e isso está completamente na contramão. Essas pessoas estão na idade da pedra. São trogloditas que não deveriam fazer parte do futebol”, pontuou Paz.
O mandatário tricolor, inclusive, solicitou a ajuda de órgãos de segurança do estado do Ceará visando identificar os brigões para que medidas como o banimento destes dos estádios de futebol possam ser realizados.
“Eu peço aqui a ajuda da Secretaria de Segurança Pública do nosso estado e do Ministério Público, que são sempre atuantes e parceiros, para que possamos identificar essas pessoas e fazer com que elas não façam mais parte dos jogos de futebol. Elas não são bem-vindas no Fortaleza. Deixo aqui todo o meu repúdio a essas pessoas e afirmo que o que estiver ao nosso alcance para identificar e punir essas pessoas será feito. Espero também que, em breve, possamos contar com o reconhecimento facial no nosso estádio para poder impedir que essas pessoas entrem. Elas não fazem parte do ambiente saudável do futebol”, afirmou o presidente do Leão.
Familiares de jogadores do Fortaleza estavam na arquibancada
Em outro trecho de sua fala, o presidente Marcelo Paz revelou que a confusão nas arquibancadas gerou uma grande preocupação em parte dos jogadores, uma vez que haviam familiares dos atletas que foram acompanhar a partida pela semifinal da Sul-Americana na Neo Química Arena. Vale lembrar que a briga generalizada aconteceu em dois momentos: antes da partida começar e durante a disputa da segunda etapa de jogo.
“Os jogadores estavam preocupados no intervalo, pois tinham familiares deles na arquibancada e, enquanto estavam em campo, viram a briga, algo que prejudica o time também, além de arranhar a imagem da instituição”, salientou o dirigente.
“O esporte é entretenimento e deve ser vivido com alegria e em família. O momento que o Fortaleza vive é um dos mais bonitos de nossa história. Muitas pessoas vieram a São Paulo para curtir, ter o prazer de ver seu time jogar, trouxeram os filhos, esposas e os pais e tiveram que ver aquele espetáculo deplorável duas vezes, o que está completamente fora do que pensamos para o futebol”, finalizou Paz.
Segundo relatório da Polícia Militar de São Paulo, 24 indivíduos foram detidos, sendo oito deles de Recife. Estas pessoas estariam acompanhando uma das facções organizadas ligadas ao Fortaleza e que estavam presentes na arquibancada da Neo Química Arena.
Esta não é a primeira vez em que confusões entre facções que usam as cores do Fortaleza são registradas neste ano. Em março, os grupos promoveram brigas do lado de fora e nas arquibancadas da Arena Castelão em embate diante do Ceará, pela Copa do Nordeste. Em campo, o jogo acabou com a vitória do Vozão por 2 x 0.
Inclusive, na ocasião, a diretoria tricolor também prometeu promover ações contra as organizadas envolvidas, como suspensão da venda de ingressos e expulsão de sócios que estivessem envolvidos na pancadaria.
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