Em caso de consenso, Náutico repetirá cenário de aclamação que viveu em duas das últimas três eleições; relembre

Nas duas ocasiões, diga-se, Edno Melo, que concorrerá em 2023, foi aclamado

Apesar de três candidatos inscritos, a eleição do Náutico poderá terminar em uma chapa de consenso, algo que aconteceu em dois dos últimos três pleitos: em 2017 e 2019 – em 2021 houve disputa nas urnas e Diógenes Braga foi eleito. Os grupos envolvidos conversam para evitar um confrontos nas urnas entre o ex-presidente Edno Melo, o advogado Aluísio Xavier e o diretor social Alexandre Asfora.

A curiosidade é que Edno Melo, aclamado nesses dois anos citados, é um dos candidatos à presidência no pleito de 2023. Ele, diga-se, disse para pessoas próximas que pode retirar seu nome caso o consenso seja definido.

Se olharmos para o histórico de eleições no Náutico, o consenso foi uma marca no clube, que até aqui viu sete disputas – relembre todas aqui. Até 2009, por exemplo, apenas em 1978 e 1979 houve bate-chapa – e, à época, apenas conselheiros votavam, algo que só mudou em 2011.

Contudo, a partir de 2009 até 2021, o bate-chapa virou tendência nos Aflitos. As exceções são justamente os já citados 2017 e 2019, onde Edno Melo foi aclamado – em contextos diferentes, é verdade.

Procurado pela reportagem do NE45, o candidato a vice-presidente na chapa de Edno Melo, Pablo Vitório, se mostrou confiante num consenso. Inclusive ele revelou que espera a definição sobre o possível consenso já em reunião na próxima.

Relembre, abaixo, as duas últimas chapas de consenso, onde Edno Melo foi eleito em ambas as oportunidades.

A aclamação de Edno Melo em 2017

Em 2017, com o Náutico em um contexto de renúncias e em crise técnica e financeira, a eleição, que seria em 2018, foi antecipada para agosto de 2017, tendo Edno Melo como candidato único ao pleito.

Assim, com 362 dos 366 votos totais – dois foram nulos e dois brancos -, a chapa aclamada teve Edno Melo de presidente e Diógenes Braga como vice. Eles, contudo, só assumiram o comando do Timbu em janeiro de 2018.

A aclamação de Edno Melo em 2019

Em 2019, com o Náutico campeão da Série C e de volta à Série B, o grupo de oposição não lançou candidatura para bater chapa com o presidente Edno Melo, reeleito por aclamação – novamente ao lado de Diógenes Braga.

Assim, Edno Melo recebeu 1150 dos 1198 votos dos sócios alvirrubros – 47 votaram em branco e outro optou por nulo. Dessa forma, o dirigente continuou no cargo até o fim de 2021, quando completou quatro temporadas à frente do Timbu e não disputou nova eleição.

As eleições do Náutico (7 bate-chapas desde 1974), via Blog de Cassio Zirpoli

1978 – 160 votos (apenas conselheiros)
1º) João de Deus (Situação) – 108 votos (67,5%)
2º) Virgínio Cabral de Melo (Oposição) – 52 votos (32,5%)

1979 – dado desconhecido
1º) João de Deus (União e Trabalho) – vencedor
2º) José Ventura (Movimento de Restauração Alvirrubro)

2009 – 160 votos (apenas conselheiros)
1º) Berillo Albuquerque (Náutico Acima de Tudo) – 121 votos (75,62%)
2º) Paulo Alves (Náutico Para Todos) – 39 votos (24,37%)

2011 – 1.632 votos
1º) Paulo Wanderley (Náutico de Primeira) – 1.139 votos (69,79%)
2º) Marcílio Sales (Movimento Transparência Alvirrubra) – 475 votos (29,10%)
3º) Paulo Henrique (Renovação) – 18 votos (1,10%)

2013 – 2.146 votos
1º) Glauber Vasconcelos* (Movimento Transparência Alvirrubra) – 1.575 votos (73,39%)
2º) Marcílio Sales (Alvirrubros de Coração) – 458 votos (21,34%)
3º) Alexandre Homem de Melo (Renovação) – 70 votos (3,26%)
4º) Alberto de Souza (Náutico pra frente) – 43 votos (2,00%)

2015 – 1.544 votos
1º) Marcos Freitas* (Náutico de Todos) – 777 votos (50,32%)
2º) Edno Melo (Vermelho de Luta, Branco de Paz) – 767 votos (49,67%)

2021 – 1.406 votos
1º) Diógenes Braga (Avança Náutico) – 1.069 votos (76,03%)
2º) Plínio Albuquerque (Inova Náutico) – 230 votos (16,35%)
3º) Bruno Becker (Náutico Sustentável) – 107 votos (7,61%)

* Vitória da oposição