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Destaque do Sport em 2024, Caíque França fala sobre primeira experiência no futebol nordestino e elogia lado “humano” de Soso

Sport, PE, Últimas

Por Pedro Maranhão

Por Pedro Maranhão

Postado dia 19 de abril de 2024

Atleta é considerado um dos pilares no elenco do técnico argentino, e vem sendo bastante exaltado pelo torcedor Rubro-negro

Recém-chegado ao Sport, o goleiro Caíque França conquistou a torcida Rubro-negra em poucos meses. Após o clube bater na trave nas temporadas 2022 e 2023 em busca do acesso, muito por conta de escolhas erradas para a posição do goleiro, a diretoria do Leão da Ilha mirou no ex-goleiro do Corinthians.

Desde então, os resultados em campo e o bom momento do time na temporada, passa muito pelas grandes defesas protagonizadas pelo arqueiro de 28 anos, que tem contrato com o clube até o final de 2026.

Em entrevista exclusiva ao NE45, o goleiro falou sobre sua chegada ao Recife, analisou sua primeira experiência ao trabalhar com uma comissão técnica estrangeira, e falou sobre o peso de substituir Magrão no gol. Também explicou o motivo de ter recusado uma proposta do Internacional e falou sobre o sonho de um dia chegar à Seleção Brasileira.


Separamos alguns trechos na matéria e a íntegra da entrevista está completa no Youtube do Podcast45 Minutos.

Caíque França, Sport - Treino CT | 08/01/2024 Foto: @paulopaivafoto/SCR
Caíque França durante treino no CT | Foto: Paulo Paiva/Sport

Entrevista com Caíque França/goleiro do Sport

NE45 – Campeão estadual e sequência que não vinha há muitos anos. Como foi para você chegar ao clube, e logo de cara conquistar um título tão importante?

Chegar no clube, e em pouco tempo de trabalho já conquistar um título assim, é algo importante sim. Como vocês viram foi bastante comemorado pelos jogadores, pelo clube, pela torcida. Então acho que ajuda e agrega muito para a temporada toda. Começar o ano sendo campeão é ótimo, principalmente para mim em tão pouco tempo de clube.

Ainda mais vindo de um trabalho novo, com muitos jogadores novos, uma comissão técnica nova, e em tão pouco tempo conseguimos mostrar o resultado de um bom trabalho. Então para todos foi muito importante esse título pernambucano.

NE45 – Você é um formado no futebol paulista e chega no Nordeste em 2024. Me fala um pouco sobre sua adaptação. Diferença de temperatura, cultura, alimentação…

Estou gostando bastante. Para mim está sendo muito bom. Fiz minha carreira toda em São Paulo, então o que mais senti foi um pouco a questão da mudança do clima. Porque não sei se aqui faz frio (risos). Foi mais difícil nos primeiros dias, mas agora já estou mais adaptado. Me familiarizei bem com o clube, com a cidade, e a comida daqui também é muito boa.

Então assim, como já disse outras vezes, não tem sido uma adaptação difícil, até por eu ter sido bem recebido por todo o staff, funcionários, o resto do pessoal do clube, a própria torcida. A cidade me recebeu bem também e eu fico feliz com isso. Então isso tornou minha adaptação um pouco mais rápida e um pouco mais fácil.

NE45 – Existe muita diferença entre o Campeonato Paulista, o Pernambucano e a Copa do Nordeste? A disparidade é muito grande? Nível, características do jogo

Hoje em dia o futebol está bem parelho em qualquer estado. Porém, a gente sabe que tradicionalmente o Campeonato Paulista é um dos estaduais mais difíceis do país, até pela quantidade de times grandes e tradicionais. Mas o estilo de jogo em si, é bem parelho. O jogo aqui também é bem pegado, forte.

Outra diferença é que o Paulistão tem mais times, então isso acaba sendo um pouco mais difícil. Até pela quantidade de times ser maior, mas foi o que eu falei pra você, não só o futebol brasileiro, mas o futebol está muito parelho. Se equipara muito a parte física, os jogadores hoje em dia estão muito bem fisicamente, então isso acaba dando uma nivelada no jogo.

Caíque França, Sport - Foto: Paulo Paiva/SCR
Caíque França, Sport – Foto: Paulo Paiva/Sport

NE45 – Muita se fala da torcida do Corinthians, do Flamengo, você também passou pela Ponte Preta, que tem uma torcida apaixonada. O que tem achado da torcida do Sport?

Pelo que pude analisar, é uma torcida bem calorosa. É um torcedor que torce mesmo, joga mesmo com o time. Por exemplo, ano passado quando vim jogar aqui pela Ponte Preta, e a Ilha do Retiro estava lotada. Achei aquilo bonito demais, lembro até hoje desse jogo. Temos as torcidas tradicionais como as do Corinthians, do Flamengo, até a Ponte Preta que tem uma torcida apaixonada, mas a do Sport é bem calorosa.

Deu para ver nos jogos, principalmente nos momentos decisivos. O pessoal lotando a Arena de Pernambuco, batendo recorde de público, cantando todo mundo junto. O grito inicial, que é o “Cazá, Cazá”, só a torcida do Sport tem e todo mundo sabe disso. É uma marca registrada que o estádio inteiro canta, é de arrepiar. É uma torcida maravilhosa, e com certeza quando o estádio está cheio com a torcida ao nosso favor, é um fator a mais que nos ajuda nos jogos.

Torcida do Sport - Foto: Igor Cysneiros / SCR
Torcida do Sport – Foto: Igor Cysneiros / Sport

NE45 – Como vem sendo a relação com o técnico Mariano Soso e sua comissão técnica? Você já havia trabalhado com um técnico estrangeiro antes do Sport?

Chegou uma comissão nova, junto com jogadores novos, então, foi uma adaptação para ele e para nós também. Mas assim, falando do Mariano Soso, é um cara que realmente tem a pulsação muito alta mesmo, é cheio de energia, não só nos treinos, mas nas palestras também.

É um cara que cobra bastante, e eu vejo isso como algo positivo. Ele não deixa o cara ficar relaxado. Quando alguém dá aquela desligada, ele cobra. Fala com todo mundo, cobra de todo mundo, o que tem para falar, ele fala com você, só que também é um cara muito ser humano.

Inclusive, no jogo que eu perdi a minha avó ele conversou comigo, me deu todo o apoio do mundo para jogar ou não. Me deixou, literalmente, muito à vontade, falando que se eu jogasse confiava em mim. Enfim, não é só a parte de treinador que vem dando resultado e cada vez mais a gente vem evoluindo como time, mas também é um cara muito humano, que muita gente às vezes não consegue ver. No dia fiquei bem contente por ter esse apoio.

ENTREVISTA – CAÍQUE FRANÇA, GOLEIRO DO SPORT

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