O estádio é considerado pela torcida como um “palco sagrado”, devido sua mística em vários momentos decisivos
No ano de 1937 foi inaugurada a Ilha do Retiro, estádio histórico que pertence ao Sport. Desde então, vários acontecimentos, dentre eles, o título Brasileiro da 1987, e da Copa do Brasil de 2008, foram protagonizados no gramado “sagrado” para os torcedores do Leão.
Pensando nisso, o NE45 separou momentos marcantes que foram protagonizado no estádio para refrescar a memória do torcedor. A partida de estreia, por exemplo, foi num amistoso contra o Santa Cruz, vencido pelo Leão por 6×5
Hoje é aniversário da nossa casa, da Ilha mais temida do Brasil. 𝟖𝟕 𝐚𝐧𝐨𝐬!
— Sport Club do Recife (@sportrecife) July 4, 2024
A expectativa de matar a saudade é grande, mas cada detalhe está sendo cuidado e ajustado para o reencontro. ♥️🏟️ #Ilha87 pic.twitter.com/GE3tLWtwal
Inauguração
A vontade de construir o estádio da Ilha do Retiro começou em 1934, quando o tesoureiro do Francisco Cribari, tomou a frente do processo de compra de um terreno que viria a ser a sede Rubro-negra até os dias atuais.
Depois de muitas articulações nos bastidores, que contaram com empréstimos e vendas de algumas medalhas já conquistadas pelo clube, Cribari conseguiu comprar o terreno por 85 contos de réis. A inauguração só aconteceu em 1937, em um amistoso contra o Santa Cruz.

Copa do Mundo de 1950
Na época, o Sport enfrentava dificuldades financeiras e precisava reformar e ampliar a Ilha do Retiro. Pensando nisso, diretores abnegados se mobilizaram para trazer um dos jogos da Copa do Mundo de 1950 para Pernambuco. No dia 2 de julho, o Chile venceu os Estados Unidos, por 5×2.
O confronto também ficou marcado pela presença de Jules Rimet, fundador da Copa do Mundo e na época presidente da FIFA, nas tribunas de honra da Ilha, ao lado de Severino Almeida, então presidente Rubro-negro. 8.501 pessoas prestigiaram o espetáculo.
Quase 60 mil pessoas na Ilha
Atualmente, a Ilha tem capacidade para 26.345 pessoas, mas o estádio já chegou a receber um público de 56.875 pessoas. No dia 7 de junho de 1998, na decisão do Pernambucano, contra o Porto. O Leão da Ilha venceu por 2 x 0 e sagrou-se Tricampeão Estadual invicto. Relembre abaixo outros públicos via Blog de Cassio Zirpoli.
1º) 56.875 – Sport 2 x 0 Porto (07/06/1998, Estadual*)
2º) 53.033 – Sport 0 x 2 Corinthians (12/09/1998, Série A)
3º) 52.000 – Sport 3 x 1 Central (01/05/1989, Estadual)
4º) 50.106 – Sport 4 x 1 Santa Cruz (29/03/1998, Estadual)
5º) 48.564 – Sport 1 x 1 Cruzeiro (27/09/1998, Série A)
6º) 48.328 – Sport 5 x 0 Grêmio (20/09/1998, Série A)
7º) 46.018 – Sport 1 x 1 Grêmio (03/12/2000, Série A)
8º) 45.697 – Sport 3 x 0 Náutico (15/12/1991, Estadual*)
9º) 45.399 – Sport 2 x 1 Botafogo (24/10/1998, Série A)
10º) 45.151 – Sport 1 x 0 São Paulo (16/08/1998, Série A)
Capacidade máxima já permitida: 60.000 (1988)
Capacidade atual da Ilha do Retiro: 34.032 (2023)
Liberado com restrição até 26.345 (2023)

Brasileiro de 1987
Após uma grande campanha na fase classificatória, o Leão encarou o Guarani na grande decisão, após Inter e Flamengo se recusarem a participar do cruzamento firmado no regulamento. No primeiro confronto, em Campinas, empate em 1 x 1.
Na partida de volta, numa Ilha do Retiro completamente lotada, o Sport venceu por 1 x 0 , com gol marcado pelo zagueiro Marco Antônio aos 19 minutos do segundo tempo.
A escalação Rubro-negra na partida decisiva do 7 de Fevereiro de 1988 foi: Flávio; Betão, Estevam (C), Marco Antônio e Zé Carlos Macaé; Rogério, Ribamar (Augusto) e Zico; Robertinho, Nando e Neco.

Copa do Brasil de 2008
O Leão começou a campanha eliminando Imperatriz e Brasiliense. Depois, passou por uma sequência dura contra: Palmeiras, Internacional e Vasco. A final também foi no mesmo nível: o Corinthians, no dia 11 de junho.
No primeiro jogo, no Morumbi, vitória paulista ficou em 3 x 1. Porém, na partida de volta realizada na Ilha do Retiro, a torcida jogou com o time e fez valer a força da “La Bombonilha”, como o estádio passou a ser conhecido nacionalmente por conta da pressão.
Com gols de Carlinhos Bala e Luciano Henrique, o Rubro-negro pernambucano levantou a taça histórica e única no nordeste. Comandados por Nelsinho Baptista, o Leão entrou em campo com: Magrão; Diogo, Durval, Igor e Dutra; Daniel Paulista, Sandro Goiano, Kássio (Enilton) e Luciano Henrique (Éverton); Leandro Machado (Roger) e Carlinhos Bala.

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