Entidade liberou transmissão própria dos clubes enquanto não fecha o acordo para a venda dos direitos da Série D

Após três rodadas, a Série D do Campeonato Brasileiro, enfim, terá transmissão oficial dos jogos. Enquanto não chega a um acordo para a venda dos direitos de transmissão da competição, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) liberou que os 64 clubes realizem a cobertura das partidas em canais oficiais.

A solicitação para realizar a transmissão será jogo a jogo, com uma antecedência mínima de 5 dias para a partida. No caso de pedidos enviados fora desse prazo, ele será analisado pela entidade.

Em nota publicada nesta sexta-feira (9), a CBF reforçou que a decisão atende a uma solicitação das federações e dos clubes participantes. Como as negociações com emissoras para a comercialização das transmissões seguem em curso, novas recomendações poderão ser adotadas em breve.

“Em caráter excepcional e por mera liberalidade, fica autorizada a captação, produção e exibição através de plataformas oficiais dos clubes disputantes, sob sua inteira responsabilidade e próprios custos, mediante solicitação pontual”, diz o documento.

A 4ª rodada da Série D começa nesta sexta-feira (9) com Santa Cruz x América-RN, no Arruda. Apesar da confirmação da liberação através da nota, o Tricolor informou que não recebeu a autorização oficial da CBF para a transmissão do jogo. Sendo assim, ele não poderá ser acompanhado através da TV Coral. 

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Impasse da CBF nas transmissões da Série D

No ano passado, não houve um acordo centralizado para cobertura da Série D e vários clubes fecharam individualmente com plataformas independentes. Em abril, pela experiência do ano passado e diante da indefinição da CBF quanto aos direitos de imagem, algumas equipes se anteciparam e acertaram com o canal Goat para a transmissão. Contudo, às vespera da estreia, a entidade interveio para proibir acordos com canais independentes, alegando que ainda havia negociações em curso.

A CBF chegou, inclusive, a ameaçar impor sanções financeiras, como o corte da premiação e do apoio logístico, aos clubes que buscassem uma alternativa de transmissão das partidas da Série D.

Parte desses bastidores veio à tona por meio de uma nota publicada pelo Treze, no dia 16 de abril. “Entendemos que um produto esportivo de viabilidade econômica ainda frágil como a Série D só conseguirá se valorizar se efetivamente existir para o público, se estiver disponível, se for ao ar. Mas esta não é uma decisão do Treze, e o clube respeita a prerrogativa da CBF de gerir este assunto”, afirmava a denúncia do clube paraibano.