Um triste filme que se repete mais uma vez com o Náutico nos Aflitos. Após descer para o intervalo em desvantagem e conseguir o que seria o gol da virada aos 40 minutos do segundo tempo, o Alvirrubro voltou a vacilar nos minutos finais jogando em casa e permitiu, aos 47, o empate por 2 a 2 com o Avaí. Foi o sexto empate do Timbu como mandante nesta Série B, sendo o quarto em que o time cede a igualdade nos minutos finais. Antes, o castigo já havia ocorrido contra CRB, Chapecoense e Cruzeiro.
Com o resultado, o Náutico vai passar mais uma rodada na zona de rebaixamento, o que, sem dúvida, aumenta a pressão em cima do time e também do técnico Gílson Kleina, que tem seu trabalho bastante contestado. Agora, o time pernambucano se prepara para uma sequência de três jogos seguidos fora de casa (Operário, Sampaio Corrêa e CRB). Série que pode ser decisiva para o clube.
Estatísticas
Posse de bola: Náutico 62% x 38% Avaí
Finalizações: Náutico 19 x 12 Avaí
Finalizações no gol: Náutico 7 x 3 Avaí
Passes certos: Náutico 385 (85%) x 220 (76%) Avaí
Faltas: Náutico 14 x 19 Avaí
Desarmes: Náutico 12x 11 Avaí
Fonte: Sofascore
A aposta errada de Kleina
A escalação do Náutico para a partida contou com algumas novidades. Com mudanças na duas laterais, com volta de William Simões ao lado esquerdo e Yago Rocha assumindo pela primeira vez a titularidade na direita. Escolhas aceitáveis, principalmente a segunda, uma vez que Hereda faz uma temporada muito ruim.
Porém, a maior surpresa ficou no meio de campo, com Jean Carlos indo para a reserva e perdendo a posição para Marcos Vinícius. Mudança que não se justifica, não só por Jean ainda ser a referência técnica do time (apesar da má fase) e porque Marcos Vinícius nada fez para merecer ser titular. Ruy, uma opção mais aceitável, também ficou no banco. Em campo, Marcos Vinícius rendeu pouco, acertou apenas 10 passes e foi substituído aos 16 minutos do segundo tempo.
Dois tempos distintos
Um dos problemas do Náutico nesta Série B vem sendo não conseguir uma constância positiva nas partidas. Contra o Avaí, novamente isso se repetiu. A atuação da equipe no primeiro tempo foi fraquíssima e pobre em criação de jogadas, se limitando a alçar bolas na área. Foram só na primeira etapa 22 cruzamentos, com apenas três certos.
Já na etapa final, o time conseguiu crescer de produção, principalmente após a saída de Marcos Vinícius. E a equipe que havia finalizado apenas sete vezes (com um acerto), chutou a gol doze vezes no segundo tempo, acertando o alvo na metade delas. Superior, conseguiu a virada com o paraguaio Guilhermo Paiva aos 40 minutos. Porém, mais uma vez, cometeu um vacilo imperdoável na defesa, deixando escapar dois pontos importantíssimos nos acréscimos.
O melhor em campo
O crescimento do Náutico no segundo tempo teve um nome: Kieza. Bem mais participativo na etapa final, o camisa nove empatou a partida, aos nove minutos, em boa jogada individual e deu a assistência para o gol de Paiva, aos 40. O agora artilheiro do time na Série B (ao lado de Jean Carlos, com quatro gols) ainda finalizou outras três vezes.
Foto: Caio Falcão/CNC
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