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“Estamos nos matando”, diz Brigatti sobre início de trabalho no Santa Cruz

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O começo de temporada do Santa Cruz tem sido bastante difícil. Em uma semana, três jogos, atuações ainda irregulares e desconfiança por parte de alguns torcedores. Nesta quarta-feira (3), empatou em 1 a 1 com o Central no Lacerdão, em Caruaru. O técnico João Brigatti não tem nem duas semanas completas no comando do Tricolor e vai recebendo críticas. Contudo, ainda falta material humano. Há todo um contexto, seja ele pelo calendário espremido do futebol por conta da pandemia, quanto das particularidades do Mais Querido sobre o a mudança política. Parte daí a justificativa de Brigatti.

Esse emaranhado interfere e cria barreiras a serem superadas neste início de trabalho. Tentando explicar ao torcedor, o treinador falou que ele, elenco, comissão técnica e diretoria estão se “matando” de trabalhar. “A realidade é essa, é um começo difícil que nós estamos nos matando, a gente está, diariamente, trabalhando muito forte para fazer um Santa Cruz mais forte”, disse.

Confira a classificação do Campeonato Pernambucano

“Nós chegamos aqui a cinco dias da estreia no campeonato regional, frente ao Vitória das Tabocas, e nós tivemos quatro treinos para preparar uma equipe que vinha de uma campanha dentro de 2020, na Série C, com jogos ao domingo, que dava tempo de você recuperar os atletas, e não tivemos um tempo de recuperação desses atletas ao final da temporada e também não tivemos uma pré-temporada, de 10, 15 dias que seja, um mínimo possível para que a gente pudesse entrar e competir em três competições: o Campeonato Pernambucano, a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil. São jogos difíceis, em sequência, quarta e domingo. Por isso que nós optamos em poupar quatro atletas nossos, para poder dar uma nivelada na parte física deles”, acrescentou o treinador do Santa Cruz.

Atletas poupados e uso da base

No empate contra a Patativa, o Santa Cruz poupou quatro jogadores. O volante Paulinho, os meias Chiquinho e Didira, além do atacante Pipico. Jogadores mais experientes e que sentiram o desgaste físico na derrota par ao Vitória, no sábado (27), pela Copa do Nordeste. Com isso, os pratas da casa foram acionados para repor as ausências. Brigatti explicou a dificuldade também por precisar dar maior ritmo de jogo aos jovens atletas, já que o calendário deles na última temporada foi bastante escasso. Além disso, também ressaltou as dificuldades, mais uma vez, com um elenco curto onde a pressão pode minar, aos poucos e em tempo curto, o trabalho que vem sendo iniciado.

Utilizamos os garotos hoje (3), sabemos que dependemos demais deles. Na parte física, eles não têm um lastro de jogo. Em 2020, esses garotos jogaram apenas 12 vezes ao longo do ano. E agora, você vem, põe eles na equipe profissional, e o torcedor não quer saber, quer ver o Santa Cruz vencer. Só que nós temos que ser realistas, temos que saber o momento que estamos vivendo, é um início difícil no Santa Cruz. A gente tem feito de tudo, procurando sempre respeitar os limites de cada atleta, para que não venha a estourar dentro da partida. Temos conversado bastante com a nossa direção, porque necessitamos de reforços. Não podemos jogar toda a responsabilidade, o peso de uma camisa dessas, em cima dos garotos. Tem que saber dividir. Primeiro vem o treinador, daqui a pouco, o diretor, depois os jogadores, enfim. A gente não quer chegar nesse processo, e, ao mesmo tempo, a gente não quer pedir paciência para o torcedor, mas nós temos que deixar registrado aqui tudo que acontece desde o início”, pontuou.

Manutenção de três zagueiros na partida

Uma das reclamações se deu por manter a trinca de zaga mesmo quando o Tricolor passou a ter um homem a mais no segundo tempo, após a expulsão do zagueiro Gleidson, do Central. O Santa Cruz poderia ter se lançado mais ao ataque com a entrada de mais um ponta ou um meio-campista. Contudo, em um time já recheado de jovens, o treinador não quis abrir mão da experiência dos defensores no momento da partida.

“É um início muito difícil, só que o conceito já está instalado na cabeça dos nossos atletas, que é a gente poder jogar sempre em busca do resultado positivo, seja com três, quatro ou dez zagueiros. Nós precisamos ter uma consistência atrás, principalmente com nossos zagueiros, porque a gente não sabe como nossos atletas vão se comportar, principalmente os meninos da base. Então, a gente tem que ter uma retaguarda em cima deles, tem que ter uma segurança ali atrás. Por isso a permanência dos três zagueiros no jogo de hoje”, concluiu o técnico do Santa Cruz.

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