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Protocolo da FPF prevê testes de Covid-19 não aceitos pela CBF e de 15 em 15 dias

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Os resultados positivos para a Covid-19 no exames do goleiro Martin Fernandez e do volante Elicarlos, visando a estreia do Santa Cruz na Copa do Brasil, próxima quarta-feira, contra o Ypiranga-AP, acendeu um sinal de alerta com relação ao protocolo utilizado pela Federação Pernambucana para jogos do campeonato estadual. Isso porque os dois atletas estiveram em campo no domingo, no clássico contra o Sport, pela competição local. Os resultados positivos para a Covid-19 foram detectados nos exames pagos pela CBF, colhidos no último sábado e do tipo RT-PCR. O Santa Cruz teve acesso aos resultados na manhã desta segunda-feira (15).

Pelo protocolo utilizado pela FPF, os clubes que disputam o estadual precisam apresentar, de 15 em 15 dias, resultados das testagens da Covid-19 em todo o elenco, comissão técnica em staff, sendo aceito a realização de testes rápidos(sorológicos), desde que com a assinatura do médico do clube ou bioquímico. 

Esses testes, no entanto, não são os mais recomendáveis para o diagnóstico da doença. Não sendo aceitos, por exemplo, pela própria CBF, que chegou a desmarcar um amistoso da seleção sub-18 contra o sub-20 do Santa Cruz, uma vez que o time tricolor havia apresentado apenas os resultados dos testes rápidos.

“O problema é que o teste que nós temos disponível é o teste rápido, que é o teste que vê se você tem anticorpos. No Brasileiro nos fazíamos o swab, que é o teste do cotonete, que é o que procura o vírus. Para o Pernambucano, em momento nenhum nós fizemos o exame procurando o vírus e sim procurando o anticorpo, que dá ideia de uma infecção passada, não de uma infecção atual. O benefício disso para impedir contaminação é muito pequeno”, afirmou o médico do Central, Reinaldo Madeiro.  A Patativa disputou no ano passado a Série D do Campeonato Brasileiro.

Ainda segundo o médico alvinegro, o elenco já realizou duas testagens. A primeira antes do início do Estadual, no dia 24 de fevereiro, e a outra na última semana. Além das amostras, cada clube precisa enviar para a FPF um inquérito epidemiológico, composto de 12 perguntas a respeito do quadro clínico de cada jogador. Como por exemplo se o atleta apresenta quadro de tosse, febre, falta de ar, dor de cabeça, irritação na garganta, secreção nasal, dores no corpo, fraqueza, diarreia, alterações no olfato ou se esteve em contato ou convive com alguma pessoa diagnosticada com Covid-19 nos últimos 14 dias.

“Do ponto de vista de sintomas, esse protocolo é bom. Mas se a pessoa estiver assintomática não adianta de nada. Provavelmente foi o que aconteceu com os dois jogadores (Elicarlos e Martin Rodriguez)”, completou Reinaldo Madeira

Outra diferença entre os protocolos diz respeito ao custeio das testagens. Ao contrário das competições nacionais, onde é a CBF que paga todas as amostras, no campeonato estadual, essa despesa fica com os clubes. Alguns conseguiram firmar parcerias com as prefeituras, mas outros não.  

“Acho isso um absurdo. Já não temos renda, ajuda, nada. A situação é difícil”, lamentou o presidente do Afogados, João Nogueira. Assim como o Central, o clube sertanejo já realizou dois testes sorológicos da Covid-19.

“Assim é difícil tocar futebol aqui em Pernambuco. Os dois testes fomos nós que custeamos. A Federação não deu nada. Se ela falar que pagou alguma coisa é mentira. Gastamos R$ 1.500 por cada bateria de testes. Ou seja, pagamos R$ 3 mil até agora e porque conseguimos a metade do preço. A Prefeitura patrocina a gente, mas não paga os testes. Para isso nós tiramos do caixa do clube. Nesse ritmo vamos gastar quase R$ 10 mil só com testes. É muita coisa”, reclamou João Nogueira.

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