O 1 a 1 com a Jacuipense, pelo peso do duelo, que daria um alívio momentâneo para o Santa Cruz na luta contra o rebaixamento à Série D, naturalmente fez o técnico Roberto Fernandes lamentar o resultado. Na coletiva de imprensa pós-jogo desta segunda-feira, o treinador viu o empate como ‘injusto’ pela produção ofensiva do time, sobretudo no primeiro tempo, e completou afirmando que, se houvesse uma equipe merecedora da vitória, esta seria o Santa Cruz.
E, para reafirmar que no futebol nem sempre a equipe que joga melhor vence a partida, Roberto Fernandes lembrou a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1982, classificada por ele como uma das ‘mais magistrais do Brasil’, quando perdeu para a Itália por 3 a 2 na segunda fase do Mundial, dando adeus à Copa.
“Matemática não entra em campo, é jogo a jogo, lutar enquanto tiver condição matemática e enquanto tiver condição de reverter essa situação. Hoje, realmente, é aquele resultado que é até injusto, para qualquer tipo de cobrança em cima dos atletas, comissão técnica, porque é aquela história que o futebol tem três resultados e nem sempre a equipe merecedora vence. Eu aprendi isso muito cedo. Na Copa de 82, quando eu comecei a acompanhar futebol, a Seleção de 82, uma das mais magistrais do Brasil, perdeu aquele jogo para a Itália, e ficou de fora. Então, nem sempre desempenho ele anda junto do resultado, porque hoje era para o Santa cruz era para ter saído daqui com uma vitória”, disse.
Veja outros pontos, na íntegra, da coletiva
Arbitragem
– Se não tivesse pergunta a respeito da arbitragem, porque eu não ia comentar, porque fica soando um pouco de choro, desculpa, agora é uma vergonha o que vem acontecendo. É como se alguns árbitros, quando viesse apitar o jogo do Santa Cruz, achando que o Santa Cruz é um clube sem tradição e sem o peso que tem para o futebol nacional. Hoje foi determinante, o gol de empate da Jacuipense não foi falta, e o pênalti em Pipico foi pênalti. Então, é determinante, acho que o Santa Cruz vem sendo competitivo, tivemos ‘n’ oportunidades de gols, pressionamos o adversário, mas mais uma vez o resultado não ajuda. Mas não é mais por falta de competência não, é porque está difícil a situação, o peso que os atletas entram é muito grande, mas foi hoje um dos resultados que não refletem de forma alguma o que foi o desempenho das duas equipes em campo.
Finalizações em alta, gols em baixa
– Futebol é um conjunto, mas hoje, a gente realmente, tivemos três oportunidades que nos pés desses mesmos jogadores, que a gente já está cansado de ter visto gols, eles teriam feito em outras oportunidades. Então, é realmente um momento, uma fase muito complicada.
Como administrar o emocional em um grupo tão pressionado?
– O grupo está jogando no limite deles. Nesse momento é corrigir pequenos detalhes, ninguém vai transformar a equipe num super time, e passar tranquilidade e confiança para os atletas. São eles que ainda mantém viva a esperança sobretudo de sair dessa situação.
Agora, esse técnico surtou de vez: comparando esse jogo com os jogos da super seleção de futebol de 1982. Definitivamente, o cara, ou pirou de vez, ou realmente, não sabe nada de futebol. Acho mais assertiva a segunda alternativa.
É, definitivamente, estamos ferrados!