A estreia do técnico Marcelo Chamusca não poderia ter sido melhor do Náutico. Além da vitória por 1×0 sobre o CSA, no Rei Pelé, o Timbu apresentou um bom desempenho e, segundo o novo comandante alvirrubro, conquistou uma ‘vitória emblemática’ pelo contexto da equipe que havia perdido cinco seguidas, precisava se recuperar e também por voltar a encostar no G4 da Série B do Campeonato Brasileiro com um rendimento positivo. 

“Fizemos um primeiro tempo onde tivemos um controle maior, criamos mais oportunidades e teve também a posse, com controle, mas pecamos um pouco em algumas situações na última bola, nas finalizações. Poderíamos ter finalizado mais. Tentamos jogar por dentro, construímos e pelos dois corredores, principalmente pelo lado direito, era uma opção boa porque o CSA estava com Silas improvisado. Hereda estava conseguindo se sobrepor à marcação do extremo e poderíamos ter aproveitado melhor. Gostei do comportamento da equipe, veio jogar na casa do adversário contra um time poderoso e que vinha de sequência de bons resultados. O domínio que a gente teve foi muito interessante. No segundo tempo, tivemos mais dificuldades, o CSA acelerou e passou a pressionar. Mas continuamos criando boas oportunidades e perdemos um pouco de controle. Resumindo, o mais importante do que a performance geral, que foi boa, importante voltar a ganhar, retomar, subir na classificação e com uma vitória emblemática. Foi o primeiro jogo no returno, um confronto direto e ficamos numa colocação interessante com a mesma pontuação do 4º colocado que é o Avaí. Não foi só a performance, mas com a entrega e o resultado final do jogo”, analisou o treinador.

Marcelo Chamusca destacou também a imposição do Náutico sobre o CSA mesmo fora de casa. Apesar de uma oscilação nos primeiros minutos da etapa complementar, a equipe demonstrou ao treinador que brigará pelo acesso. 

“Gostei do comportamento da equipe e da imposição, principalmente durante o primeiro tempo. Controlamos o primeiro tempo, com o quase o dobro de finalizações do adversário. O comportamento dos jogadores foi bom, trabalhei o aspecto emocional e a essência era esse resgate. Foi esse o Náutico que conheci e que se apresentou em quase toda temporada. Teve um momento difícil, de oscilação e isso acontece no futebol. Foi um time com confiança, leveza e é um time qualificado, competitivo que tem tudo para voltar a buscar o caminho das vitórias e seguir subindo na tabela de classificação. Hoje, deixamos tudo em campo com espírito e dedicação, com merecimento e vamos buscar o objetivo no final de novembro que é o acesso à Série A”, completou.

Confira abaixo outros trechos da coletiva de Marcelo Chamusca

SUBSTITUIÇÕES

– Todas as substituições foram feitas por uma ideia tática. Nenhum dos atletas saiu por questão clínica ou física. Claro que teve uma interferência física pelo momento do jogo. Jean correu bastante. Mas a nossa ideia de colocar o Marciel foi porque Djavan já estava amarelado e eles estavam jogando muito por dentro. A entrada de Matheus Carvalho foi para ter uma sustentação maior e Tailson, apesar de ter feito um bom jogo, não atuava por 90 minutos há muito tempo. Depois com Guilherme Nunes na vaga de Jean foi para ter uma segunda linha de cinco e fechar mais o setor porque chega um determinado momento do jogo que não dá para deixar o adversário jogar, era preciso fortalecer o meio-campo. E a última substituição é que eles estavam crescendo na bola aérea e subimos a estatura do time”

CARA DO TREINADOR

– Ainda é muito prematuro falar nisso. Eu vim para dar continuidade a um trabalho, que se iniciou com o professor Hélio dos Anjos, um profissional competente pelo qual tenho o maior respeito. Cada treinador tem a sua forma de trabalhar. Pouco a pouco a gente vai colocar algumas ideias, mas precisamos de tempo maior para que isso aconteça. Em três dias tivemos tempo para enfatizar o aspecto emocional. Taticamente colocamos uma ou outra circunstância mais na fase de construção do que em outras fases. Precisamos dar uma equilibrada melhor. Mas, pouco a pouco, com mais tempo, vamos colocar nossas ideias que diferem um pouco, mas que tem o objetivo final que é uma equipe equilibrada e que consiga vencer os jogos.

ALEX ALVES

– Ele é um goleiro muito qualificado. Um momento que me marcou muito foi quando eu estava contra o Botafogo, enfrentei o Náutico e ele foi o melhor em campo. Fez defesas milagrosas naquele jogo. Tenho confiança no potencial do atleta, passei confiança para ele e fiquei satisfeito com o comportamento dele quando precisamos. No primeiro tempo, ele foi pouco utilizado. No segundo, foi mais participativo e foi muito eficiente. 

JEFFERSON

– É um atleta que tem uma história bonita no clube, que tem todo o nosso respeito. Todas as decisões que forem tomadas sempre serão em consenso com a diretoria, comissão técnica e Ari Barros, o executivo do clube. Conversamos e entendemos que o melhor para o Náutico e para o atleta era o fechamento do ciclo. Mas precisamos respeitar o contrato e ele continuar treinando. Vai buscar uma nova oportunidade para encerrar um ciclo muito vistoso e busque um novo ciclo que ele está precisando. Merece nosso respeito e atenção enquanto estiver conosco no CT.