Dentro de casa, o Bahia empatou em 1 a 1 com o Ceará e o resultado não foi o que o Tricolor de Aço esperava. A equipe ainda segue invicta desde que o treinador Guto Ferreira assumiu o comando. São cinco jogos com três empates e duas vitórias. Por de ter martelado e criado boas oportunidades dentro da partida, a igualdade pode ser um pouco frustrante. Mas para o técnico, o ponto conquistado será importante para o Bahia no decorrer da Série A.
“Quero agradecer ao torcedor que esteve na Arena e jogou 90 minutos com a equipe. Infelizmente, não levamos os três pontos, mas fizemos um ponto que, lá na frente, vai fazer toda a diferença. Pode ter certeza disso”, disse Guto Ferreira.
Ele também complementou com sua análise da partida, elogiando o Ceará, onde esteve por mais de um ano e conhece bem a equipe. Para ele, um adversário muito competitivo, que deu trabalho ao Bahia, e também dará a outros times na Primeira Divisão. Guto também agradeceu o apoio da torcida que, na visão dele, foi fundamental para o Esquadrão buscar o empate tão rapidamente.
“Temos que analisar também que pegamos uma equipe que compete muito. Que tem, na sua transição ofensiva, a sua principal característica desde o meu tempo lá. E foi num lance desse que eles conseguiram fazer o gol. Mas houve duas situações. A primeira foi os jogadores levantando a cabeça. E a segunda veio da arquibancada, com uma reação fantástica do nosso torcedor. Empurrando e jogando com a equipe. Com certeza essa energia foi responsável também para que a gente empatasse logo e, na sequência, tivesse a possibilidade de quase virar a partida”, acrescentou o treinador.
Veja outros tópicos da entrevista do técnico do Bahia
Saídas de Juninho Capixaba, Daniel e Lucas Araújo
Juninho e Daniel (saíram) por desgaste. Nós temos dois laterais que estão com grande ritmo de jogo, e um terceiro lateral-esquerdo que não tem praticamente ritmo de jogo. Não é que a gente não confia nele. Muito pelo contrário, tanto que ele deve estar apto para a próxima partida. O desgaste de Capixaba, que já tinha tido o jogo passado um desgaste grande, a ponto de sair no intervalo. Esse jogo ele estava melhor fisicamente. Mas o fato de o (Matheus) Bahia ter tomado o terceiro cartão, a gente tem que pensar para frente. Eu conversei com o Bahia no intervalo. Falei: “Não pode tomar o segundo cartão e ser expulso” e o Bahia demonstrou equilíbrio. Porque, se ele demonstrasse desequilíbrio, com certeza seria ele a sair, e a gente correria risco com o Juninho para o próximo jogo. Como ele se mostrou equilibrado, nós deixamos ele. Além do desgaste, que também já estava no momento de tentar colocar mais força na equipe. E o Lucas foi exatamente a questão do cartão. Nós, com dois laterais e o primeiro volante, praticamente não teríamos proteção nenhuma para os zagueiros. Então coloquei Edson para também dar uma assentada, trazer uma certa tranquilidade para os zagueiros, que já estavam, de certa forma, tendo que cobrir um pouquinho mais os laterais, que estavam evitando jogadas mais ríspidas. Porque nós perdemos o Nino, que não saiu pela experiência dele, soube se controlar na partida para não tomar o segundo cartão e ser expulso.
Time sem Mugni e escolha por Jonas
Com a presença dele, a equipe ganha mais variações de sistema dentro da partida. Ela transita no 4-1-4-1, no 3-6-1, 4-4-2. Inclusive o 3-5-2, com o Juninho abrindo de lateral. Com o Mugni, permite a variação de sistema. “E por que você não entrou no 4-1-3-2 que jogou contra a Chape?”. Primeiro, que o Ceará não joga com três zagueiros. Segundo, que o meio-campo do Ceará é muito forte fisicamente. Deixando só Patrick e Daniel, trazendo Juninho e Raí para auxiliar, ficaria um meio-campo muito leve para o contato corpo a corpo. Eu precisava de um meio-campo mais de enfrentamento e deu certo. Jonas fez um primeiro tempo muito positivo. Só que, ao ritmo do Jonas. Tenho que agradecer o profissionalismo, que chegou no intervalo e falou “Professor, deu para mim. Estou extenuado”. Mas fez o melhor dele e entregou. Além de ir muito bem, foi altamente profissional.
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