Em reunião realizada nesta quinta-feira pela manhã, os 20 clubes participantes da Série C em 2022 aceitaram a proposta de disputa da Série C no modelo dos pontos corridos, semelhante ao que acontece com as Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Porém, com uma condição.
Para que a realização da Série C se equipare ao modelo das duas divisões superiores, as equipes envolvidas pedem que um aporte financeiro seja garantido pela CBF para cada agremiação, por sua participação no campeonato. O valor pedido é de pelo menos 50% do que é pago na Segundona.
Em 2021, na Série B, cada um dos clubes participantes recebeu cerca de R$ 8 milhões em cotas de transmissão. Dessa forma, para que os 20 clubes da Série C aceitem um torneio mais longo, com 38 rodadas, seria necessário uma cota fixa de mais ou menos R$ 4 milhões por equipe.
Vale lembrar que a CBF já divulgou o calendário de 2022 do futebol brasileiro, e nele consta a Série C com 26 datas, que é a quantidade de datas que o formato do ano passado teve.
Conflitos internos
Os clubes também debateram soluções para a Série C caso não consigam as almejadas cotas de transmissão para a diputa da Série C nos pontos corridos. Segundo apuração do ge, o bloco com os nove clubes do Nordeste é favor de que a competição siga no seu formato regionalizado, algo que tem gerado bastante desconforto nos clubes das regiões Norte, Centro-oeste, Sul e Sudeste.
Assim, para os 11 clubes participantes restantes, a melhor solução seria um formato em que todos os clubes se enfrentam em jogos apenas de ida. Dessa forma, a primeira fase contaria com 19 confrontos e a segunda fase seria do mesmo jeito do ano passado, com dois quadrangulares do acesso.
Nesta proposta, que será levada para a apreciação da CBF por ter recebido mais votos entre os clubes participantes, os seis primeiros colocados da Terceirona do ano passado mais os quatro rebaixados da Série B teriam o benefício de jogar 10 jogos como mandante.
“Coloraram duas fórmulas em votação. A fórmula um seria a atual, dois grupos regionais, onde se classificariam quatro em cada grupo. E a fórmula nova, que seria todos contra todos, em turno único, e classifica os oito primeiros. O Vitória e todos os nove clubes do Nordeste votaram na primeira fórmula. Os outros 11 e o Aparecidense votaram no turno único. Como perdemos, somos obrigados a aderir o que a maioria decidiu. O que vai para a CBF é essa fórmula que a maioria decidiu. O sonho de todos seria pontos corridos, ida e volta. Mas é difícil por causa dos custos”, apontou o presidente em exercício do Vitória, Fábio Mota.
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