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Náutico: Jean Carlos admite erro em reação, mas diz que não tentou agredir a árbitra

Série B, Náutico, PE, Pernambucano, Últimas

Por Lucas Holanda

Por Lucas Holanda

Postado dia 2 de maio de 2022

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (2), o meia Jean Carlos, do Náutico, reconheceu que passou do ponto na reação com a árbitra Deborah Cecília, que expulsou o jogador na final do Campeonato Pernambucano, vencida pelo Timbu após bater o Retrô nos pênaltis.

Ainda no sábado, após a final, o jogador se pronunciou nas redes sociais, afirmando que não tentou agredir a árbitra. Nesta segunda, o camisa 10 alvirrubro voltou a falar no tema e reafirmou que a tentativa de agressão jamais passou pela sua cabeça.

“Em momento algum eu partir para agredir, jamais passou pela minha cabeça. Minha reação foi de reclamação, coisas que, de uma forma errada, acontecem no futebol. E não foi porque ela é uma árbitra mulher, porque se fosse homem eu também ia reclamar, porque sabia que não tinha dado a cotovelada, por mais que as imagens pareçam.”, disse o meia.


“Entendo o erro da minha reação, que não é correta, porque já tinha dado o cartão. Mas a minha ida em cima dela foi de reclamação. Em momento algum fiz algum gesto para agredi-la ou falei alguma palavra para ofender. Meu passado mostra isso, mas estou aqui para esclarecer. Sou totalmente contra agressão”, completou o meia.

Na súmula, árbitra relatou tentativa de agressão

Após o jogo, a árbitra Deborah Cecília relatou na súmula da partida uma tentativa de agressão por parte de Jean Carlos. Sobre esse fato, o meia do Náutico afirmou que crê que a árbitra não fez isso para prejudicá-lo. Além disso, o jogador voltou a falar que não tentou agredi-la.

“Eu não julgo a Deborah por nada que ela disso. Ela pode ter pensado, por mais que eu não tenha feito gesto ou palavra alguma para ela, que eu poderia ter agredido. Não julgo ela por isso, nem pela expulsão, ela tem um VAR para ajudá-la. Ela pode ter falado, pode ter pensado, mas as imagens mostram outra coisa”, disse o jogador.

Jurídico do Náutico se pronuncia

Em entrevista ao programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal, o vice-presidente jurídico do Náutico, Luís Gayão, comentou sobre a súmula de Deborah, que relata tentativa de agressão de Jean Carlos. Além disso, o dirigente também revelou que o departamento está recolhendo provas, imagens e leitura labial para a defesa do caso.

“A árbitra relatou na súmula que Jean partiu para cima para tentar agredi-la, sendo impedida pelo bandeira Clóvis Amaral. Jean, na rede social, esclareceu que em momento algum quis agredir. Ele mostrou o gesto que tinha feito com o Yuri Bigode”, disse Luís.

“A árbitra relata o que ela entende que tem de relatar, mas todas as imagens enquadram com a versão do jogador. Ele fez o gesto que tinha feito com o jogador. Além disso, quem chega para segurar Jean é um jogador do Retrô e não o bandeira”, explica o VP jurídico.

Luís Gayão também destacou a importância de Jean Carlos refletir neste momento, tendo em vista que tem que dar exemplo. Ainda segundo o dirigente alvirrubro, o meia tem um extracampo irretocável.

“Estamos tomando todas as precauções e nos preparando com as provas, imagens e leitura labial. Jean Carlos precisa ter um julgamento justo pelos fatos que aconteceram. Não existe no Direito punir por achismo ou analogia. Ou foi ou não foi”, afirmou Luís.

“Quero deixar Jean Carlos tranquilo que as coisas terminarão como as coisas devem ser. E que ele como jogador reflita, por ele ser um ídolo, tem que dar exemplo. A emoção, a pressão, mas Jean é do bem. Ele tem um extracampo irretocável. Tudo isso vai a favor dele”, completou.

Possíveis punições para Jean Carlos, meia do Náutico

Sobre possíveis punições para Jean Carlos, Luís Gayão afirmou que existem dois tipos de sanções. Caso o jogador seja penalizado pelo que Deborah colocou na súmula, a pena será em dias. Por outro lado, se for condenado pela expulsão e agressão ao jogador do Retrô, aí a punição será em jogos.

“O TJD não é obrigado a seguir o que ela relatou na súmula, basta analisar as imagens. Ele pode oferecer uma denúncia com base no Artigo 254 A junto ao 157 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Se o procurador entender denunciar pelo que a árbitra colocou na súmula e for condenado, a punição será em dias”, explicou.

“Se for condenado pela expulsão e a agressão ao jogador do Retrô, será punido em jogos. A punição no caso do julgamento com relação a árbitra é de punição de 90 dias e já seria na Segunda Divisão. Se for condenado em outro artigo, fica restrito ao Pernambucano”, finalizou.

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