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Santa Cruz: Leston afirma que invasão ao CT foi estopim para desabafo

Rafael Melo/Santa Cruz

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Depois de um domingo muito conturbado no Santa Cruz, o treinador Leston Júnior foi demitido do comando Tricolor. Após acertar a rescisão, nesta segunda, o técnico concedeu sua 1ª entrevista e afirmou que a invasão da organizada ao CT foi o estopim para os desabafos.

Na noite desta segunda-feira, o treinador Leston Júnior concedeu entrevista aos repórteres João Victor Amorim e Antônio Gabriel, na Rádio Jornal, e falou sobre a situação. Segundo ele, sabia-se que a situação era delicada, mas promessas não foram cumpridas e o desabafo do elenco seria feito ganhando ou perdendo o jogo.

O desabafo de Leston Jr. no Santa Cruz

Na oportunidade, Leston Júnior explicou o cenário da invasão ao CT do Santa Cruz que aconteceu na última sexta-feira. Lá, integrantes de uma facção organizada do clube entraram no gramado do CT e intimidaram os jogadores e a comissão técnica.

Mas, na leitura de Leston Júnior, algumas das coisas ditas não eram a realidade no Santa Cruz. “Diziam que subir era obrigação, que o clube dava condição, que o salário estava em dia (…) de forma injusta, porque o que estava sendo falado não condiz com a verdade. Aquele episódio mexeu muito com todo mundo”.

Assim, Leston tratou aquele momento como um estopim para o desabafo. “Aquela invasão foi um estopim para a gente precisar mostrar para as pessoas que aquela situação está se dizendo não é verdade. Os jogadores ficaram muito mexido e eu não podia não ser o porta-voz deles, afinal, eu era o líder daquele grupo”.

Ele, inclusive, garantiu que o desabafo seria feito independente do resultado contra o Atlético-BA, mas também concordou que a vitória reforçou o peso. “Já estava definido que aconteceria, ganhando ou perdendo, mesmo sabendo que, perdendo, para muitos, soaria como desculpa”.

Com isso, o treinador reafirmou que as falas de domingo não eram só em nome dele. “Não era o desabafo do Leston, eu fui porta-voz de inúmeros profissionais, comissão técnica, funcionários. Foi um pedido de socorro, não foi uma afronta à direção, ao presidente”.

Em outro momento, Leston ainda afirmou que o desabafo não era uma crítica, mas um pedido de socorro ao clube. “O clube precisa que as pessoas que sempre o ajudaram pensem no clube. Era um movimento para isso, mostrar que o clube precisa de socorro, o Antônio (Luiz Neto) precisa de ajuda”.

A saída

Reforçando as dificuldades estruturais do Santa Cruz, Leston reconheceu que sabia que o clube vivia uma situação delicada em sua chegada, mas relatou que promessas feitas pela antiga gestão não foram cumpridas.

“Eu ouço pessoas dizerem que é oportunismo. Ninguém vem para cá enganado, mas ninguém disse que nós ficaríamos cinco meses sem receber, que faltariam condições básicas de trabalho”. Ele ainda continuou.

“Eu vim diminuindo salário, acreditando na promessa de cumprimento do pagamento (…) que teríamos uma folha menor, mas pagável, que o clube ia dar condições”.

Assim, ele ainda falou sobre como isso pode influir na sua carreira, mas manteve-se confiante na postura tomada. “Eu sei que eu vou pagar um preço caro por isso, mas eu estou disposto a pagar para manter os meus valores inegociáveis e intactos, entre eles, a lealdade, não abro mão disso”, concluiu.

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