Na tarde desta quarta-feira, ao lado do diretor de futebol Eduardo Freeland, o lateral-direito Marcinho foi oficialmente apresentado no Bahia. Na coletiva, no entanto, pouco se falou do que acontece dentro das quatro linhas. Isso porque a contratação do jogador gerou, desde o início, repercussão negativa entre os torcedores; o atleta é réu por atropelar e matar um casal, em 2020. Quase dois anos depois, Marcinho diz compreender a resistência, mas vê o Tricolor como lugar ideal para “recomeçar”.
“Sei que é um caso muito delicado. Se eu pudesse ter feito coisas totalmente diferentes, eu tinha feito. Espero que vocês, as pessoas, possam me conhecer. Vejo a reação (da torcida) como natural. É um caso muito delicado. Mas, fora de campo, tenho trabalhado bastante para lidar com tudo e seguir fazendo o meu papel como jogador. Fiquei até surpreso com o contato do Bahia, mas acredito que seja o clube perfeito para esse recomeço”, disse.
Marcinho, ainda, avaliou a permanência no futebol após o ocorrido. Muito pelo esporte, por sua relevância social, colocar jogadores em posição de destaque. O jogador se mostrou consciente da influência, mas reforçou a importância de chegar o Bahia. Citou o trabalho social do clube e afirmou ser uma oportunidade de “mostrar seu lado humano”.
Como está o caso na justiça?
Marcinho responde a um processo criminal pela morte de um casal de professores por atropelamento, em 30 de dezembro de 2020, no Rio de Janeiro. O jogador é acusado de homicídio culposo – quando não se há intenção de matar. O processo, no entanto, ainda tramita em primeira instância.
Quanto à possibilidade de desdobramentos na justiça, Marcinho deixou o caso nas mãos do seu advogado. Mas disse que o Bahia está a par do andamento. “Caso alguma coisa saia diferente, isso tudo vai ser conversado. Nós temos isso em contrato e as coisas vão ser resolvidas tranquilamente”, afirmou.
Dentro de campo
Nas quatro linhas, Marcinho chega para suprir uma carência na lateral-direita. Hoje, o técnico Enderson Moreira conta apenas com Douglas Borel e André, jovens que ainda não conseguiram se firmar na equipe. O jogador exaltou a disputa pela posição, mas priorizou a briga pelo acesso à Série A.
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