Vozão sofreu na 1ª etapa, cresceu na 2ª, mas em decisões acertadas, o VAR fez a diferença nos pênaltis marcados

Um jogo completamente fora do comum, no empate em 1 a 1 do Ceará contra o Red Bull Bragantino neste domingo (21), no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragaça Paulista (SP), pela Série A. Todos os gols foram marcados de pênalti, com Zé Roberto pelo Vozão, e Luan Cândido pelo Massa Bruta.

Ao todo, foram 3 penalidades marcadas na partida. 2 para o Braga e 1 para o Ceará. Porém, o VAR trabalhou bastante. Na 1ª penalidade, do time paulista, tudo normal. Na do Vozão, o pênalti voltou 2 vezes até valer a 3ª batida, convertida em gol.

Já a 2ª penalidade do Bragantino, e 3ª da partida, foi marcada aos 52 minutos do 2º tempo, com o auxílio do VAR, já que o árbitro de campo não tinha marcado. Muita confusão em todos os lances, mas vale destacar que as marcações foram acertadas.

Fim de jogo. Nosso gol foi marcado por Zé Roberto.
📸 Felipe Santos / Ceará SC#RBBxCSC – 1×1#Brasileirão2022 pic.twitter.com/jIGdOSBVxA

— Ceará Sporting Club (@CearaSC) August 21, 2022

Como está o Ceará no Brasileirão?

Com este resultado, o Vozão vai a 26 pontos e cai para o 15º lugar na Série A. Este foi o 5º jogo consecutivo do Alvinegro sem vitória no Campeonato Brasileiro. Neste recorte, são 3 derrotas e 2 empates.

Quando o Ceará joga?

O Alvinegro volta a campo no próximo sábado (27), quando recebe o Athletico Paranaense no Castelão, às 21h.

Bragantino domina e João Ricardo salva o Ceará

A 1ª etapa só teve praticamente um time. O Bragantino. Os donos da casa tiveram maior posse de bola, imposição ofensiva e finalizaram 13 vezes, conta 4 do Ceará.

Enquanto isso, o Vozão se postou de maneira reativa. Se defendeu, jogou com blocos baixos de marcação, mas não demonstraram a mesma qualidade para contra-atacar e levar perigo à meta adversária. Apesar de dar poucas brechas nos minutos iniciais, houve um período de apagão do Alvinegro, mas que contou com João Ricardo para evitar o gol.

Aos 21 minutos, Helinho arriscou de fora da área e mandou no cantinho, muito perto da trave, mas foi para fora. Aos 23, em cruzamento da esquerda, a bola sobrou livre para Artur na 2ª trave. O atacante bateu forte, no meio, e João Ricardo pegou com segurança.

Aos 24, foi a vez de Carlos Eduardo receber em profundidade e bater cruzado para, mais uma vez, o goleiro alvinegro espalmar e evitar o gol. Aos 31, Helinho finalizou novamente e parou no arqueiro cearense. A grande atuação de João Ricardo não ficou só nisso. Ele foi decisivo novamente.

Aos 42 minutos, Carlos Eduardo recebeu no mano a mano com Messias e foi derrubado. Pênalti cobrado após longa reclamação, somente aos 45. Lucas Evangelista bateu cruzado, no lado direito, e João Ricardo fez uma defesaça. No rebote, a zaga afastou. Empate na 1ª etapa garantido pelo goleiro do Ceará.

Ceará cresce, VAR, pênaltis e gol no fim

A 2ª etapa mudou de panorama. O Ceará cresceu, se acertou mais em campo e incomodou o Bragantino na sua defesa. Coisa que praticamente não aconteceu nos primeiros 45 minutos. Porém, os donos da casa também não deixaram de ser ofensivos e o jogo ficou aberto.

Logo com 52 segundos de jogo, Lucas Evangelista tentou se redimir do pênalti perdido e arriscou, mas João Ricardo espalmou. Aos 5, o meia do Massa Bruta tentou novamente, mas o goleiro segurou firme.

Por outro lado, o contragolpe do Vozão passou a funcionar pela entrada de Erick, que participou bastante das ações ofensivas e deu opção no lado direito. Assim, boas jogadas de ataque foram criadas e o perigo rondava a área dos donos da casa.

Aos 16, Erick tocou de calcanhar para Michel Macêdo, na linha de fundo, cruzar em direção à 2ª trave, onde estava Vásquez. O atacante subiu bem e mandou de cabeça na trave do Bragantino. A pressão cearense continuou e não faltou emoção.

Aos 27, após cobrança de escanteio, Messias testou a bola com força e ela explodiu na trave direita. No rebote, Zé Roberto fez o domínio e acabou derrubado dentro da área. Porém, a confusão começou aí. Isso porque a penalidade foi cobrada 3 vezes até valer.

Na 1ª cobrança, Erick bateu no canto esquerdo, Cleiton espalmou e Vina converteu no rebote. Porém, o camisa 29 invadiu a área antes da cobrança e o VAR mandou voltar. Na 2ª cobrança, Erick trocou o canto, mas parou novamente no goleiro. Novamente o VAR foi acionado porque Cleiton se adiantou na batida.

Mas aos 34, enfim, o gol saiu. Zé Roberto pegou a bola para bater, deslocou o goleiro e bateu rasteiro no meio para abrir o placar para o Ceará. Aos 36, João Ricardo foi novamente exigido em chute de fora da área, mas ele espalmou.

Com o grande tempo de paralisação pelo VAR para o pênalti do Vozão, foram 9 minutos acrescidos. O Ceará fez mudanças para se fechar e tentar garantir o resultado. E ia conseguindo, até os 52 minutos.

Messias errou o corte que ia fazer na área e chutou Gabriel Novaes. O árbitro não marcou de início, mas foi chamado pelo VAR para observar o lance. Pênalti marcado. Muita confusão, jogo parado por mais alguns minutos, mas Luan Cândido cobrou aos 57, deslocando João Ricardo e empatando o jogo.

Diante do que apresentou na 2ª etapa e por ter o resultado nas mãos até o final do jogo, é um empate frustrante para o Ceará. No balanço geral, entre as 2 etapas, o empate acabou sendo justo.

Ficha do jogo

Bragantino (1)

Cleiton; Aderlan, Natan, Léo Ortiz e Luan Cândido; Raul (Bruno Praxedes), Lucas Evangelista (Eric Ramires) e Hyoran (Miguel); Artur, Helinho (Ramon) e Carlos Eduardo (Gabriel Novaes). Técnico: Maurício Barbieri.

Ceará (1)

João Ricardo; Michel Macêdo, Luiz Otávio, Messias e Bruno Pacheco; Richard Coelho, Guilherme Castilho (Richardson) e Vina; Vásquez (Gabriel Lacerda), Mendoza (Erick) (Geovane) e Matheus Peixoto (Zé Roberto). Técnico: Juca Antonello.

Local: Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista-SP.

Árbitro: Bruno Arleu de Araujo (RJ).

Assistentes: Thiago Henrique Neto Correa Farinha e Luiz Claudio Regazone (ambos RJ).

Gols: Luan Cândido, aos 57′ do 2º T (RBB); Zé Roberto, aos 33′ do 2º T (CEA).

Cartões amarelos: Helinho, Luan Cândido, Maurício Barbieri e Natan (RBB); Luiz Otávio, Michel Macedo, Richardson e Messias (CEA).