O técnico Dado Cavalcanti foi apresentado nesta segunda-feira (22) e iniciou a sua terceira passagem pelo Náutico. Desta vez, ele encontra o clube na zona de rebaixamento da Série B e em crise. Mas para buscar e apontar as soluções para o Timbu, o treinador vai esperar o contato direto com atletas e comissão. Por isso, ele chega com a “mente aberta”. Não apenas com relação à formação e escalação, mas também sobre o ambiente.
“Tenho informações preliminares. Que são as mesmas que a imprensa tem, que a torcida tem. A partir do momento que chego e coloco meus pés aqui, terei informações privilegiadas dos bastidores, do dia a dia e do contato individual. Não posso me precipitar em falar o que vamos fazer. Porque tem um jogo sexta-feira e posso não fazer o que pensava. Vamos buscar o máximo de informações, sugar tudo o que posso da comissão técnica para que eu possa tomar a decisão mais assertiva em cima das hipóteses que tenho”, ressaltou Dado Cavalcanti.
“Busquei informações dos históricos dos atletas e das características. Não adianta eu vir com uma ideia fixa, formada e chegar aqui ser uma realidade diferente do que imaginei. Manter essa ideia fixa é ser autoritário e isso está fadado ao insucesso. Venho com a mente aberta e com flexibilidade para incorporar no contexto do clube e da caracterização dos atletas”, disse.
“O Náutico tinha uma identidade de equipe ano passado de intensidade. Esse ano talvez seja mais técnico, mas não tem a mesma força de velocidade. Então, vamos colher as informações. Tenho três dias de trabalho até o próximo jogo, que é importante. Preciso entender qual a aflição, os medos e essa é a vantagem do dia a dia. A expectativa é ser o mais assertivo dentro das características do que o clube tem à disposição e das minhas ideias”, completou Dado Cavalcanti.
O treinador foi apresentado junto ao novo executivo de futebol, Nei Pandolfo. Em parceria, a ideia é trabalhar na recuperação do Náutico fora e dentro de campo. Contando também com o apoio da torcida que, segundo Dado Cavalacnti, foi importante para o acerto.
“É um trabalho que requer cuidados. Nei (Pandolfo) foi feliz em falar em mobilizar o ambiente interno. Trabalhar com todas as pessoas que envolvem o clube, da comissão, apoio e direção. Eu, de fora, enxerguei como a torcida se entregou nos últimos jogos nos Aflitos. Não tenho dúvidas de que isso foi uma válvula de impulso para aceitar oconvite. Fui treinador duas oportunidades no Náutico, mas nunca nos Aflitos. Sempre tive esse desejo. Vi a casa cheia em todos os jogos e os olhos brilharam”, resumiu.
Desafio para Dado Cavalcanti
O Náutico está na lanterna da Série B com 21 pontos e a cinco para sair da zona de rebaixamento. Situação complicada e que é encarada como o maior desafio da carreira de Dado Cavalcanti. Mas que, segundo ele, também foi motivadora para ajudar na recuperação do time.
“O desafio é do tamanho da oportunidade. Tenho contrato até o final do ano, mas isso é mera formalidade. Na hora que o Náutico entender que não vou servir, a minha saída pode acontecer. Mas é uma prova da confiança em relação a aceitar o desafio. Eu poderia estar em casa e esperar algo para 2023. Talvez fosse o mais prudente. Mas entendo esse desafio e visualizo com muita confiança que podemos conseguir. Tenho convicção de que dá para fazer algo diferente”, pontuou Dado Cavalcanti.
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