A alagoana Geyse, do Barcelona, e a baiana Rafaelle, do Arsenal, marcaram presença na lista; quatro brasileiras figuram no ranking
Do Nordeste para o mundo. Assim prova a mais recente lista prévia das melhores jogadoras do mundo divulgada pelo jornal inglês “The Guardian”. Oficializada em partes, as primeiras somam 90 nomes. Dentre eles, três são de brasileiras, sendo duas nordestinas: a alagoana Geyse Ferreira, do Barcelona, e a baiana Rafaelle Souza, do Arsenal.

A dupla oriunda da Região se junta às atacantes Kerolin Nicoli (North Carolina Courage) e Debinha (livre no mercado). A segunda foi, pelo segundo ano consecutivo, a brasileira melhor colocada. Duas posições acima, a jogadora de 31 anos ficou em 23º.
A dupla do Nordeste
Novidade no ranking, a zagueira Rafaelle Souza é natural de Cipó, cidade do interior da Bahia. E deixou sua marca no certame baiano: a defensora foi revelada pelo São Francisco.
De lá para cá, encarou idas e vindas. Somou passagens no futebol universitário dos Estados Unidos, onde se formou em Engenharia Civil. Retornou à Bahia. Depois, esteve no América-MG. Até despertar o interesse do Changchun Dazhong, da China.

O período no futebol chinês foi longo. Também teve uma rápida passagem no Palmeiras. Etapas que prepararam a defensora para algo maior.
Rafa, então, rumou para o maior desafio da carreira: aos 30 anos, se tornou a primeira brasileira a vestir a camisa do Arsenal. Antes, apenas jogadores homens do país estiveram na equipe inglesa.
Hoje, a zagueira é um dos pilares da equipe. Vive o seu melhor momento da carreira por clubes e segue como um dos nomes de confiança da técnica Pia Sundhage na Seleção Brasileira.
Da Bahia para Alagoas…
Pouco mais de 600 km de Cipó está a cidade de Maragogi, responsável por trazer a alagoana Geyse Ferreira ao mundo. A, hoje, atacante do Barcelona, trilhou um longo caminho até vestir a camisa de um dos melhores times da atualidade.

Geyse começou sua caminhada no futebol atuando pelo CESMAC, um Centro Universitário em Maceió. Capital que abriga o União Desportiva Alagoana, por onde a jogadora também passou.
Além da cidade natal, no Brasil, a jogadora só vestiu a camisa do Corinthians. Até 2016, quando partiu para o Madrid FFC, da Espanha, e desde então segue na Europa.
Estreou, foi emprestada ao Benfica, de Portugal, retornou: sempre balançando as redes. Seis temporadas. Marcou 98 gols em 114 jogos. Foi quando o Barcelona bateu à sua porta.
Em sua primeira temporada com a camisa Blaugrana em 2022, Geyse seguiu se destacando fazendo o que sabe de melhor. Em 16 partidas, anotou 9 tentos.
Brasil em 2021

Ano passado, o Brasil teve apenas duas jogadoras entre as 100 escolhidas: as atacantes Debinha, do North Carolina Courage, em 27º lugar, e Marta, do Orlando Pride, em 57º.
Na atual temporada, Debinha foi, mais uma vez, a brasileira melhor colocada. Desta vez, acompanhada de três outras atletas. Ou seja, o país dobrou a sua participação na eleição de 2022.
Como funciona a escolha?
119 profissionais ligados ao futebol feminino formaram o júri do ‘The Guardian’. Entre eles, quatro brasileiras: a ex-jogadora Sissi, a treinadora Tatiele Silveira e as jornalistas Alicia Soares e Amanda Viana.

Também participou da votação o jornalista americano Grant Wahl, que faleceu no Catar durante a cobertura da Copa do Mundo masculina.
O jornal inglês vai revelar as esperadas dez primeiras colocadas nos próximos dias. A vencedora da votação em 2021 foi a espanhola Alexia Putellas, do Barcelona.
0 comentários