Presidente do Náutico, Diógenes Braga concedeu um pronunciamento na tarde desta sexta-feira (06) para falar sobre as etapas necessárias para uma possível implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no clube alvirrubro. O dirigente, inclusive, disse que a questão não é quando adotar o modelo, mas sim como.
A primeira etapa, que está avançada, segundo o presidente, é finalizar o processo de valuation, que dá ao clube o seu real valor de patrimônio. Paralelo a isso, o Alvirrubro segue de olho em outra parte: a contratação de uma assessoria especializada no tema SAF, na tentativa de obter mais informações acerca do assunto.
Na última quarta-feira, inclusive, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, falou em entrevista ao Blog de Cassio Zirpoli que “não tem dúvidas de que Náutico e Sport vão virar SAF em 2023”.
“Ao longo de 2022 a gente analisou todos os players de mercado. Não só as SAFS que tem acontecido, como possíveis investidores, empresas e assessorias que estão envolvidas neste processo. Paralelamente a isso, a gente trabalhou muito no processo de valuation do clube, que a gente está bem avançado. É um processo necessário para que você dê um start efetivo na formação de uma SAF. (O valuation) nada mais é do que você levantar todos os ativos e passivos do clube e ver qual o real valor do clube em relação a questão de bens, de patrimônio”, disse Diógenes.
“Paralelo a isso, a gente está avançando com a ideia de trazer uma assessoria com know-how alto de mercado, onde a ideia da gente é passar para uma próxima etapa, com conversas mais direcionadas para investidores, onde consiga apresentar documentações que foram trabalhadas em 2022, para que a gente consiga evoluir dentro de um processo de formação, de propostas, de troca de documentos”, detalhou o presidente.
Diógenes seguiu destacando a importância de o Náutico buscar um modelo de SAF de acordo com o contexto em que o clube se encontra, respeitando as especificidades patrimoniais e também a questão do perfil cultural de cada equipe. Por isso, o presidente destacou a necessidade de saber como vai ser feito o processo, e não quando.
“Não é uma questão de quando vai ser feito, mas como vai ser feito. Todas as SAFS feitas até agora foram em modelos diferentes, isso foi uma coisa que a gente estudou bastante. A gente conversou com dirigentes, pessoas e empresas envolvidas nessas SAFS. Os clubes têm não só uma estrutura física, como todo um quadro e perfil cultural diferente. Cada modelo de SAF deve ser feito em cima do perfil do clube”, disse Diógenes.
Presidente do Náutico fala que a decisão final cabe ao Conselho Deliberativo e sócios
O mandatário também fez questão de ressaltar que a decisão final para uma eventual aprovação ou não da SAF no Náutico cabe ao Conselho Deliberativo e ao associado que participar da Assembleia Geral.
Por isso, segundo o presidente alvirrubro, todo o processo tem que ser feito com calma, respondendo as perguntas necessárias. A partir daí, com o modelo em mãos e com os detalhes, o clube levar isso para votação.
“O modelo que for desenhado será colocado para apreciação do associado, que vai definir se o clube vai caminhar ou não (neste modelo). Uma decisão dessa magnitude tem que passar por uma assembleia geral de sócios. A gente não pode levar isso sem que as perguntas tenham as respostas. É preciso que tenha um encaminhamento. Esses processos correm paralelamente, a fase inicial está bem conduzida”, disse o presidente.
“A expectativa é de que a gente vá para um processo de maior encaminhamento agora, que tenha um desenho mais próximo do definitivo, com metas e gatilhos mais claros, com os pontos mais importantes que tragam essa segurança para o futuro do clube. Esse é o momento de fazer a consulta a comunidade, que vai definir se o clube vai optar por esse caminho ou não”, completou o mandatário.
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