País ficou em segundo no quadro de medalhas, com 47
A Paralimpíada de Paris é só em 2024, mas o paradesporto nacional já comemorou muito na Cidade Luz. O Brasil fez uma campanha histórica no Mundial de Atletismo Paralímpico, que terminou nesta segunda (17) e contou com o brilho dos nordestinos para fechar com o maior número de medalhas entre todos os países: foram 13 pódios do Nordeste.
Ao todo, o Brasil somou 47 medalhas nas provas realizadas na capital francesa. A China teve 46, mas venceu no número de ouros: 16 x 14. Além das vitórias, o Brasil também ganhou 13 pratas e 20 bronzes. Os 47 pódios são um recorde para o Brasil, superando Dubai-2019, com 39 medalhas ganhas pelos brasileiros, que também ficaram na segunda posição do quadro geral.
Existem dois tipos de quadros de medalhas: pelo número total e pelos ouros conquistados.
— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) July 17, 2023
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Nordeste paralímpico
Entre os paratletas nordestinos, foram 13 pódios, com três ouros, duas pratas, sete bronzes individuais e mais um bronze em prova coletiva: dois velocistas nordestinos ao lado de dois nortistas. Ao todo, 10 nordestinos foram ao pódio no Mundial de Atletismo Paralímpico.
Isso seria suficiente para colocar o Nordeste no 20º lugar do quadro geral de medalhas, à frente de países como Países Baixos, Canadá, Nova Zelândia, Espanha e do próprio país-sede, França. Em número total de medalhas, apenas 11 países subiram mais ao pódio que o Nordeste.
A conquista coletiva veio no revezamento universal 4x100m, que envolve atletas de gêneros e categorias diferentes. Essa foi a única prova coletiva em todo o programa do Mundial de Atletismo Paralímpico, que envolveu 168 eventos entre 8 e 17 de julho.
Os medalhistas nordestinos nessa prova de revezamento foram o paraibano Ariosvaldo Fernandes, o Parré, e a pernambucana Fernanda Yara. Os dois, inclusive, também medalharam em provas individuais no Mundial de Atletismo.
Fernanda foi uma das três nordestinas campeãs mundiais na última semana. Ela venceu a disputa dos 400m para a classe T47, destinada a atletas com deficiências nos membros superiores.
Foi nessa mesma classe que o paraibano Petrúcio Ferreira venceu nos 100m. Ele já tinha quatro ouros no Mundial de Atletismo, entre 100m (2017 e 2019), 200m (2017) e 400m (2019), além de deter o recorde mundial nos 100m e nos 200m e ser bicampeão paralímpico nos 100m.
A outra medalha de ouro foi para a potiguar Thalita Simplício, que venceu os 400m na classe T11, destinada a atletas cegas ou com baixa percepção de luz. Além desse ouro, ela também ficou com o bronze nos 100m e nos 200m, sendo a maior medalhista entre os nordestinos.
Falando dos estados, Paraíba e Rio Grande do Norte foram os melhores representados nos pódios do Mundial de Atletismo, com três medalhistas. Pernambuco, Piauí, Bahia e Maranhão tiveram um vencedor para cada.
Veja todas as medalhas nordestinas no Mundial de Atletismo
🥇OURO
Petrúcio Ferreira (São José do Brejo da Cruz-PB | 100m – T47)
Thalita Simplício (Natal-RN | 400m – T11)
Fernanda Yara (Petrolina-PE | 400m – T47)
🥈PRATA
Antônia Keyla (Água Branca-PI | 1500m – T20)
Raíssa Machado (Ibipeba-BA | Lançamento de dardo – F56)
🥉BRONZE
Ariosvaldo Fernandes (Campina Grande-PB | 100m – T53)
Thalita Simplício (Natal-RN | 100m – T11)
Thalita Simplício (Natal-RN | 200m – T11)
Rayane Soares (Caxias-MA | 400m – T13)
Maria Clara Augusto (Senador Elói de Souza-RN | 400m – T47)
Jardênia Félix (Natal-RN | Salto em distância – T20)
Cicero Valdiran (Aguiar-PB | Lançamento de dardo – F57)
🥉DISPUTAS COLETIVAS – BRONZE
Revezamento universal 4X100
Ariosvaldo Fernandes (Campina Grande-PB | T53) e Fernanda Yara (Petrolina-PE | T47), ao lado de Jhulia Karol (PA | T11) e Ricardo Gomes (TO | T37)

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