Presidente do Retrô culpa clubes por momento ruim do futebol pernambucano e isenta FPF: “Temos que parabenizar a gestão do presidente Evandro”

Mandatário azulino ressaltou o empenho do presidente da entidade durante a disputa da Série D

O Retrô bateu na trave em mais uma temporada e não conseguiu o sonhado acesso de divisão. Ao lado do Santa Cruz, eliminado ainda na primeira fase da Série D, e do Náutico, que sequer avançou na C, a Fênix só volta a campo em 2024. Uma configuração que deixa o futebol pernambucano com apenas um representante ‘vivo’ no ano: o Sport, na Série B, é o único a seguir com calendário.

Em contato com o NE45, o presidente azulino Laércio Guerra avaliou o momento ruim vivido pelos times de Pernambuco no cenário nacional. E, apesar de lamentar a conjuntura desenhada, o mandatário não vê responsabilidade direta da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) no saldo negativo da temporada.

“Entendo que a FPF, e não estou aqui para defender, não tem culpa de nada. O culpado do não acesso do Retrô é Laércio, do não acesso do Santa Cruz é o presidente deles e o do não acesso do Náutico, Diógenes. A gente não pode transferir a responsabilidade dos clubes para a Federação. Ela nos apoiou bastante na Série D. Temos que parabenizar a gestão do presidente Evandro”, iniciou.

“Acho, inclusive, uma falta de responsabilidade, inclusive dos meios de comunicação, de imputar a ele (Evandro) uma responsabilidade que não é dele. A responsabilidade dele é gerir o Pernambucano e ajudar os filiados nas disputas nacionais. Não vejo problema na FPF. Nós, clubes, devemos assumir a responsabilidade de melhorar”, completou.

Laércio destaca apoio da FPF ao Retrô

Laércio ainda fez questão de salientar o suporte dado pela Federação ao Retrô durante a disputa do Brasileiro. Apesar de, mais uma vez, ter visto o acesso escapar, o presidente azulino citou a presença de representantes da entidade em jogos da equipe e destacou que a FPF brigou, ‘dentro da licitude do processo’, pelo sucesso da Fênix.

“Vou responder pelo meu clube. A Série D é um campeonato de nível de dificuldade altíssimo. Você tem três mata-matas para o acesso. Se pegar o histórico do Retrô, quando estivemos em competições de pontos corridos, que privilegiavam elenco e estrutura, sempre brigamos no nível de cima. Precisamos sair de uma Série D para fazer essa escada na C e B”, disse.

Críticas antigas

Em meio aos elogios, Laércio não deixou também de citar imbróglios passados junto à Federação. O mandatário, no entanto, frisou que as críticas a Evandro Carvalho são pontuais e se restrigem ao âmbito estadual, sobretudo quando o assunto é arbitragem.

“Durante dois anos, em duas finais, fomos prejudicados por árbitros locais. E sempre fomos ouvidos. Espero que no próximo Estadual a FPF possa remodelar o quadro diretivo. Perdemos um campeonato para o Náutico com um pênalti inexistente. Esse ano, contra o Sport, foi um verdadeiro absurdo o que aconteceu entre os jogos das finais. Mas, não tenho o que reclamar do presidente em relação às competições nacionais”, destacou.