Após três reuniões mediadas pelo Desembargador Neves Baptista, Conselho Deliberativo e Executivo do Santa Cruz não entraram em acordo sobre temas ligados à SAF
A novela que cerca a instituição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Santa Cruz segue aquecendo os bastidores do clube. Após três rodadas de negociação entre advogados do Executivo e do Conselho Deliberativo coral não serem bem sucedidas, ao que tudo indica, o conflito entre os poderes deverá se arrastar por mais tempo.
Sem que as partes entrassem em consenso em torno de pautas como a antecipação das eleições e a participação dos sócios nas decisões sobre o rumo da SAF coral, o ciclo de reuniões de conciliação acabou e o magistrado deverá publicar o seu parecer sobre a situação em breve.
Porém, os desdobramentos do imbróglio político no Santa Cruz, como o pedido de impeachment contra o presidente Antônio Luiz Neto, sob a alegação de gestão temerária, que estava em suspensão desde o início das reuniões deve ser reativado no Conselho Deliberativo. Ao menos, é o que aponta Jaime Fortunato, conselheiro que fez a solicitação e arregimentou o apoio de mais de 170 outros companheiros no órgão, antes de entregar o documento a Marino Abreu, atual mandatário do Conselho.
“Vamos voltar a luta para tirar o presidente (Antônio Luiz Neto) do cargo. O processo já se encontra no Conselho Deliberativo e acho sensato que não tenha nenhma decisão hoje. Contudo, vamos começar a cobrar o andamento desse processo e também das providências para realizar a Assembleia Geral Extraordinária em 8 de outubro”, explicou.
De acordo com Fortunato, um dos pontos que pode ter contribuído para que o acordo não fosse celebrado entre João Marcelo Neves e Marco Benevides – advogados do Conselho – e Eduardo Paurá, que representou o Executivo, é a postura irredutível do presidente em querer centralizar as decisões da SAF.
“O Executivo segue sem nos responder nada. Eles realmente não querem que a AGE aconteça. Inclusive, este é um dos principais motivos para que o acordo não fosse celebrado. O presidente não aceita que o torcedor e o sócio do Santa Cruz participe de maneira direta na escolha da SAF. Ele quer tirar esse direito dos tricolores. Por isso, nós já sabemos que ele não vai divulgar a lista de sócios e nem liberar a sede para a realização da AGE”, ponderou.

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