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Rescisões, eleições e conversas para venda da SAF: como está o Náutico um mês após eliminação na Série C

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Foto: Tiago Caldas/CNC

Timbu completa um mês de inatividade após queda precoce na competição

Eliminado precocemente da primeira fase da Série C no dia 26 de agosto, o Náutico completa, nesta terça-feira (26), um mês de inatividade – período que, naturalmente, deve ser ampliado até janeiro. Durante esses 30 dias, o Timbu viveu imerso em diferentes frentes. Três, mais especificamente: rescisões, eleições e SAF.

Rescisões no elenco do Náutico

Com a eliminação na primeira fase e sem calendário pelo restante do ano, a primeira medida, naturalmente, foi de negociar rescisões de atletas visando enxugar a folha salarial nos meses sem jogos.

Entre empréstimos, rescisões antecipadas e retornos aos clubes de origem, foram 17 liberações feitas pelo Náutico. Até o fim da semana, a expectativa é de que mais três saídas sejam definidas – totalizando 20.

Das 17 saídas, três foram empréstimos. O volante Souza, que tem contrato até o fim de 2024, foi cedido à Ponte Preta. O meio-campista, diga-se, renovou durante a Série C deste ano.

Os outros dois atletas emprestados, por sua vez, foram os laterais Rennan Siqueira e Bryan, cedidos ao Figueirense e Novorizontino, respectivamente. Ambos renovaram até o fim do ano antes de serem negociados.

Foto: Tiago Caldas/CNC

Atletas que saíram do Náutico após a eliminação:

Antecipação das eleições e mobilização política

Com a queda na Série C, o tema eleições também passou a fazer parte do noticiário alvirrubro. Dois dias depois da eliminação, diga-se, o presidente Diógenes Braga afirmou que não seria candidato à reeleição, mas revelou que não iria renunciar e que não era contra antecipar eleições. E foi o que aconteceu.

No dia 11 de setembro, uma reunião no Conselho Deliberativo definiu pela antecipação das eleições. O pleito, inicialmente marcado para a segunda quinzena de dezembro, será realizado no dia 12 de novembro, conforme publicou a Comissão Eleitoral nesta terça-feira (26). As chapas, diga-se, podem ser inscritas entre 6 e 13 de outubro.

E quais serão as chapas? Até o momento, não há uma definição nem na situação e nem na oposição.

Pelo lado da situação, o único que se colocou à disposição foi o do diretor social Alexandre Asfora. O vice-presidente Luiz Felipe Figueiredo e o VP jurídico Luiz Gayão, diga-se, foram indicados nos bastidores, mas não toparam a ideia. Um possível candidato foi o ex-presidente Edno Melo, porém ainda não há sinalização de que ele aceite.

Na oposição, por sua vez, o nome de consenso é o de Aluísio Xavier, advogado e ex-presidente da OAB-PE. Ele tem o apoio de três nomes que, inicialmente, iriam concorrer ao pleito: Alfredo Cabral de Melo, Bruno Becker e Plínio Albuquerque.

Ainda não há, contudo, a confirmação da candidatura e nem da composição da chapa. A expectativa é de que esse processo seja finalizado nos próximos dias.

Foto: Tiago Caldas/CNC

Conversas para venda da SAF

De tudo o que aconteceu no Náutico após a eliminação na Série C, a notícia de avanços no tema da SAF certamente foi o que deixou o alvirrubro mais empolgado.

Isso porque, após meses de tratativas, o Timbu avançou nas conversas da venda da SAF por cerca de R$ 970 milhões investidos – com esse valor podendo aumentar, diga-se – durante dez anos.

Para chegar neste valor, o clube terá metas esportivas e possíveis investimentos estruturais nos Aflitos, sede e CT, além de pagamentos de dívidas. O Timbu terá orçamento mínimo, com aumento considerável proporcional ao que teve nos últimos anos,  garantido em todas as séries.

As conversas foram conduzidas pela empresa de consultoria Operação PLURI / Bridge Sports Capital e o escritório de advocacia Cahu Beltrão. A negociação iniciou há pelo menos seis meses e um dos sócios, inclusive, foi a um jogo do Náutico, nos Aflitos, neste ano.

Em entrevista à Rádio Jornal, o vice-presidente alvirrubro, Luiz Felipe Figueiredo, falou sobre a proposta e detalhou o processo vivido pelo clube em preparação para a venda da SAF.

“É verdade que tem proposta em mesa. Na realidade, alguns trabalhos estão sendo desenvolvidos. A SAF não é simplesmente a compra de uma empresa ou um terreno. Existe um mix de processos. Muito se fala muito em valor, mas vai além. O dinheiro investido será aplicado dentro do negócio. São muitas pessoas envolvidas. E é natural que não haja um posicionamento oficial. Assim como pode dar certo, também pode dar errado”, disse.

Se as negociações avançarem, a expectativa é de que o Náutico receba uma proposta, leve ela ao Conselho Deliberativo e, na sequência, seja convocada uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), onde os sócios vão definir pela aprovação ou não.

Foto: Tiago Caldas/CNC
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