Timbu completa um mês de inatividade após queda precoce na competição
Eliminado precocemente da primeira fase da Série C no dia 26 de agosto, o Náutico completa, nesta terça-feira (26), um mês de inatividade – período que, naturalmente, deve ser ampliado até janeiro. Durante esses 30 dias, o Timbu viveu imerso em diferentes frentes. Três, mais especificamente: rescisões, eleições e SAF.
Rescisões no elenco do Náutico
Com a eliminação na primeira fase e sem calendário pelo restante do ano, a primeira medida, naturalmente, foi de negociar rescisões de atletas visando enxugar a folha salarial nos meses sem jogos.
Entre empréstimos, rescisões antecipadas e retornos aos clubes de origem, foram 17 liberações feitas pelo Náutico. Até o fim da semana, a expectativa é de que mais três saídas sejam definidas – totalizando 20.
Das 17 saídas, três foram empréstimos. O volante Souza, que tem contrato até o fim de 2024, foi cedido à Ponte Preta. O meio-campista, diga-se, renovou durante a Série C deste ano.
Os outros dois atletas emprestados, por sua vez, foram os laterais Rennan Siqueira e Bryan, cedidos ao Figueirense e Novorizontino, respectivamente. Ambos renovaram até o fim do ano antes de serem negociados.

Atletas que saíram do Náutico após a eliminação:
- Wesley Junio (retornou para o São Luiz-RS)
- Victor Ferraz (fechou com a Chapecoense)
- Souza (tem contrato até o fim de 2024, mas foi emprestado para a Ponte Preta)
- Eduardo (retornou ao Vitória, que o repassou à Portuguesa até o fim do Paulistão de 2024)
- Gabriel Santiago (retornou ao Vitória, que o emprestou para a Ponte Preta até o fim da Série B)
- Alisson Santos (retornou ao Vitória)
- Paul Villero (rescindiu e acertou com a Ponte Preta)
- Jael (foi para o Avaí)
- Rennan Siqueira (emprestado ao Figueirense)
- Matheus Carvalho (ainda sem clube)
- Bryan (emprestado para o Novorizontino)
- Jeam (acertou com o Mixto-MT)
- Élton (ainda sem clube)
- Alexandre Tam (retornou ao Criciúma)
- Thiaguinho (sem clube)
- Lima (retornou ao Guarani)
- Yago Ferreira (retornou ao Fluminense)
Antecipação das eleições e mobilização política
Com a queda na Série C, o tema eleições também passou a fazer parte do noticiário alvirrubro. Dois dias depois da eliminação, diga-se, o presidente Diógenes Braga afirmou que não seria candidato à reeleição, mas revelou que não iria renunciar e que não era contra antecipar eleições. E foi o que aconteceu.
No dia 11 de setembro, uma reunião no Conselho Deliberativo definiu pela antecipação das eleições. O pleito, inicialmente marcado para a segunda quinzena de dezembro, será realizado no dia 12 de novembro, conforme publicou a Comissão Eleitoral nesta terça-feira (26). As chapas, diga-se, podem ser inscritas entre 6 e 13 de outubro.
E quais serão as chapas? Até o momento, não há uma definição nem na situação e nem na oposição.
Pelo lado da situação, o único que se colocou à disposição foi o do diretor social Alexandre Asfora. O vice-presidente Luiz Felipe Figueiredo e o VP jurídico Luiz Gayão, diga-se, foram indicados nos bastidores, mas não toparam a ideia. Um possível candidato foi o ex-presidente Edno Melo, porém ainda não há sinalização de que ele aceite.
Na oposição, por sua vez, o nome de consenso é o de Aluísio Xavier, advogado e ex-presidente da OAB-PE. Ele tem o apoio de três nomes que, inicialmente, iriam concorrer ao pleito: Alfredo Cabral de Melo, Bruno Becker e Plínio Albuquerque.
Ainda não há, contudo, a confirmação da candidatura e nem da composição da chapa. A expectativa é de que esse processo seja finalizado nos próximos dias.

Conversas para venda da SAF
De tudo o que aconteceu no Náutico após a eliminação na Série C, a notícia de avanços no tema da SAF certamente foi o que deixou o alvirrubro mais empolgado.
Isso porque, após meses de tratativas, o Timbu avançou nas conversas da venda da SAF por cerca de R$ 970 milhões investidos – com esse valor podendo aumentar, diga-se – durante dez anos.
Para chegar neste valor, o clube terá metas esportivas e possíveis investimentos estruturais nos Aflitos, sede e CT, além de pagamentos de dívidas. O Timbu terá orçamento mínimo, com aumento considerável proporcional ao que teve nos últimos anos, garantido em todas as séries.
As conversas foram conduzidas pela empresa de consultoria Operação PLURI / Bridge Sports Capital e o escritório de advocacia Cahu Beltrão. A negociação iniciou há pelo menos seis meses e um dos sócios, inclusive, foi a um jogo do Náutico, nos Aflitos, neste ano.
Em entrevista à Rádio Jornal, o vice-presidente alvirrubro, Luiz Felipe Figueiredo, falou sobre a proposta e detalhou o processo vivido pelo clube em preparação para a venda da SAF.
“É verdade que tem proposta em mesa. Na realidade, alguns trabalhos estão sendo desenvolvidos. A SAF não é simplesmente a compra de uma empresa ou um terreno. Existe um mix de processos. Muito se fala muito em valor, mas vai além. O dinheiro investido será aplicado dentro do negócio. São muitas pessoas envolvidas. E é natural que não haja um posicionamento oficial. Assim como pode dar certo, também pode dar errado”, disse.
Se as negociações avançarem, a expectativa é de que o Náutico receba uma proposta, leve ela ao Conselho Deliberativo e, na sequência, seja convocada uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), onde os sócios vão definir pela aprovação ou não.

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