Olimpíada de Inverno da Juventude começa com dois nordestinos na disputa

Disputa acontece em Gangwon, na Coreia do Sul

Jovens promessas do esporte mundial se encontram a partir desta sexta-feira (19) na disputa da Olimpíada de Inverno da Juventude. E, mesmo com as altas temperaturas nordestinas, dois atletas da região estarão nessas geladas disputas olímpicas.

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Os nordestinos na Olimpíada da Juventude

Guilherme Melo e Caue Miota nasceram, respectivamente, em Aracaju e Salvador. Mas o próximo destino desses jovens de 15 anos será bem longe do Nordeste. A partir desta semana, essas promessas do curling e do skeleton iniciam a jornada em Gangwon, Coreia do Sul.

Guilherme vai participar de duas disputas na Olimpíada da Juventude. No curling, ele disputa tanto a prova de equipes mistas, com quatro atletas, como as duplas mistas, ao lado da mineira Rafaela Ladeira. O sergipano vive em Richmond, Canadá, e foi por lá que ele conheceu o esporte – e com muita influência da família nesse processo.

Ele começou no curling aos 11 anos, quando sua mãe o colocou no Royal City Curling Club. Guilherme é irmão de Vitor Melo, que competiu na última edição dos Jogos e foi o capitão do time brasileiro no Mundial Júnior B da categoria, disputa no fim do ano e que terminou com as primeiras vitórias brasileiras na história da competição.

Para Caue, o desafio será no skeleton. O baiano mora em Calgary, Canadá, e é pupilo de Nicole Silveira, o principal nome do Brasil nos esportes de inverno na atualidade e destaque internacional nos trenós. Esta será a 3ª participação do Brasil no skeleton em Olimpíadas de Inverno. Além de Miota, o país também será representado pelo gaúcho Eduardo Strapasson.

Ao COB, ele falou sobre a participação e a relação com Nicole. “O Brasil não tem a estrutura de países europeus e, mesmo assim, ela se qualificou para Pequim e teve o melhor resultado de qualquer brasileiro no gelo. Quero não apenas competir em Gangwon, mas também estar nos Jogos de 2026 e 2030. Ela mostrou que é um objetivo atingível com esforço e trabalho duro”.

A Olimpíada de Inverno da Juventude

Esta será a 4ª edição da Olimpíada de Inverno da Juventude. A estreia aconteceu em 2012, em Innsbruck, Áustria. Depois, houve edições em Lillehammer, Noruega, e Lausanne, Suíça. O Brasil esteve em todas elas, mas nunca subiu ao pódio, assim como os demais latinos.

A delegação brasileira será a maior da história, com 17 atletas – uma delas, a mineira Mariana Silva, em dois esportes. No continente americano, apenas Estados Unidos e Canadá terão mais atletas nas disputas pelas medalhas – desenhadas pelo arquiteto brasileiro Dante Akira Uwai.

Ao todo, serão oito modalidades com atletas brasileiros, sendo quatro desportos de neve e quatro de gelo. Nenhum deles chega à Coreia do Sul como favorito ao pódio, mas sempre há espaço para surpresas.

Além dos nordestinos, há representantes de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina, além de atletas nascidos em EUA e Argentina. As disputas seguem até 1º de fevereiro, com transmissão gratuita no site e no aplicativo do Olympic Channel.

A delegação brasileira em Gangwon

• Biatlo: Mariana Silva (MG)
• Bobsled: André Luiz da Silva (SP) e Luís Felipe Seixas (SP)
• Curling: Pedro Ribeiro (MG), Julia Gentile (SP), Guilherme Melo (SE) e Rafaela Ladeira (MG)
• Esqui Alpino: Alice Padilha (RJ) e Arthur Padilha (RJ)
• Esqui Cross Country: Gabriel Santos (SP), Ian Francisco (SP), Júlia Reis (SP) e Mariana Silva (MG)
• Patinação de Velocidade: Lucas Koo (Estados Unidos)
• Skeleton: Caue Miota (BA) e Eduardo Strapasson (RS)
• Snowboard: João Teixeira (Argentina) e Zion Bethonico (SC)