Oposição tentou inserir ressalvas à aprovação das contas referentes ao exercício de 2024
O Conselho Deliberativo do Vitória se reuniu, na noite da última segunda-feira (14), para avaliar a aprovação das contas referentes ao ano de 2024. Embora a maioria dos 75 conselheiros presentes tenha aprovado o balanço financeiro, a sessão foi marcada por um conflito entre a mesa diretora e a oposição.
A Frente Vitória Popular (FVP) utilizou das redes sociais para criticar restrições impostas ao acesso à documentação por um termo de confidencialidade e também para denunciar o uso de segurança armada dentro da sala de reunião do Barradão. De acordo com o relato do conselheiro Leonardo Araújo, o grupo tentou inserir ressalvas à aprovação pela falta de clareza em um montante de pouco mais de R$ 1 milhão nas contas apresentadas.
“Nós queríamos que as contas fossem aprovadas com ressalvas, mas a mesa não permitiu. Solicitamos, por diversas vezes, que os documentos tivessem sido entregues com antecedência. Não foram. Criaram ainda um termo de confidencialidade, causando prejuízo para que os conselheiros tivessem acesso aos documentos que eles têm analisar antes da votação aqui. Então foi uma reunião muito difícil, muito improdutiva. Mais uma vez, a mesa dificultando o acesso dos conselheiros aos dados que eles vêm votar”, afirmou.
“Nós tentamos fazer com que as ressalvas fossem inseridas na aprovação. Teve mais de um milhão e trinta mil reais que não estão muito claros para onde foram. Nós queríamos que as ressalvas fossem colocadas para que fosse corrigido, como deve ser. De forma arbitrária, passou-se por cima de tudo e aprovaram as contas com a maioria do Conselho, infelizmente aqueles que não querem fiscalizar o clube de fato”, acrescentou o conselheiro do Vitória.
Outro ponto do conflito foi a negativa da mesa à solitação de uma transmissão do encontro através das plataformas oficiais no clube, como uma forma de garantir mais transparência no processo. Diante disso, a Frente Vitória Popular tentou realizar a própria transmissão, mas foi impedida pelo uso de segurança armada.
Ainda segundo o relato, um dos conselheiros da oposição foi retirado da sala sob a acusação de estar utilizando uma câmera escondida – ato que a FPV classificou como “abusivo”.
“Solicitamos também que a reunião fosse transparente e transmitida por todos os canais, como eles fazem com o orçamento, e não permitiram. Nós iniciamos uma transmissão através do nosso canal e o presidente colocou dois seguranças armados dentro da sala. E ainda expulsou um dos nossos conselheiros porque ele imaginou que tinha alguma outra câmera escondida lá no fundo”, explicou Leonardo Araújo.
Foto: Reprodução
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