Tricolor viu o primeiro prazo de 180 dias para a paralização das execuções judiciais na última quinta-feira; requerimento de renovação já foi impetrado pelo jurídico do Santa Cruz
Com o prazo de seis meses da suspensão das execuções mediante recuperação judicial (RJ) encerrado na última quinta-feira, o Santa Cruz se articulou para solicitar uma nova extensão no prazo de 180 dias contra as ações impetradas na Justiça contra o clube.
O documento, inclusive, já foi enviado ao juiz responsável pela RJ coral, Arnóbio Amorim, que se tornou conhecido ao afastar os presidentes da comissão da SAF, Eduardo Cavalcanti, e do Conselho Deliberativo, Marino Abreu, para nomear Ricardo de Paula como interventor com o intuito de “pacificar o clube”. Dessa forma, para que o novo prazo seja concedido, o magistrado precisará aprovar a petição do Departamento Jurídico do Tricolor do Arruda.
Na peça jurídica, os advogados do Santa Cruz afirmam que o clube precisa de um novo prazo por ainda não ter nem marcado a Assembleia Geral de Credores, etapa fundamental para o progresso da RJ. Além disso, os autores do documento ainda sinalizam que a lentidão do processo ocorreu diante do complexo contexto interno nos bastdores do clube.
Vale lembrar que o Tricolor do Arruda já tem um primeiro esboço do pagamento aos seus credores. Nele, levado em consideração o deságio de 90% do débito, o Santa Cruz conseguiria quitar suas dívidas que, à época, estavam orçadas na casa dos R$ 200 milhões.
Entretanto, ainda durante o processo de recuperação o clube sofreu com problemas de fluxo de caixa e atrasou rendimentos dos atletas. Inclusive, o atacante Lucas Silva, que recentemente deixou o clube, alegou ter perdoado parte das dívidas em prol da liberação amistosa.
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