Ídolos nos gramados, alguns ex-jogadores tentaram transferir para as urnas a popularidade que tinham na época de atleta. Porém, dessa vez, o chute foi para fora. Com os dados do Tribunal Superior Eleitoral, fiz o levantamento de alguns dos ex-boleiros que se candidataram a vereadores nas três principais capitais com o maior colégio eleitoral do Nordeste (Recife, Salvador e Fortaleza). E o desempenho geral foi de time desclassificado.
No Recife, o ex-atacante Carlinhos Bala, campeão da Copa do Brasil pelo Sport e também com boas passagem por Santa Cruz e Náutico fez uma forte campanha nas redes sociais, se colocando como o “Gol do Povo”. Porém, com as urnas abertas, somou apenas 1.884 votos se colocando apenas como um dos suplentes no Partido Progressista (PP). Mesma situação também do ex-atacante Kuki, ídolo do Náutico, que teve 1.329 votos, pelo PSB. Ainda no Recife, o ex-lateral-esquerdo do Santa Cruz, Renatinho, que se candidatou pelo Avante, teve 363 votos.
Terceiro maior colégio eleitoral de Pernambuco, com 282.952 eleitores, o município de Olinda também teve três ex-jogadores concorrendo à câmara municipal. Ex-secretário-executivo de esportes e de comunicação da cidade, o ex-atacante do Sport e do Vitória, Chiquinho, contou com o apoio do prefeito reeleito Lupércio na campanha. Mas somou 1.384 votos entrando apenas como um dos suplentes do Solidariedade.
Já os outros dois ex-jogadores que se arriscaram nas urnas olindenses tiveram votações ainda menos expressivas. Ex-volante do Santa Cruz, Batata (que na urna se identificava “Batata Jogador”) teve 539 votos pelo PDT. Já o ex-volante do Sport Bia, que teve seus minutos de fama ao parar o meia chileno Valdivia, do Palmeiras, nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2008, registrou somente 295 votos.
Em Jaboatão, segundo colégio eleitoral do estado, com 454.915 eleitores, o ex-árbitro Wilson Souza, que se candidatou pelo DEM, teve um desempenho ainda mais tímido, com míseros 62 votos.
Bahia
Na Bahia, o desempenho dos ex-jogadores nas urnas também deixou a desejar. Campeão brasileiro pelo Bahia, em 1988, e vice em 1993 pelo Vitória, o ex-zagueiro João Marcelo (PSD) contou com apenas 896 votos na corrida por uma cadeira de vereador em Salvador. Outro campeão brasileiro pelo Tricolor, o ex-meia Zé Carlos teve um desempenho ainda mais tímidos nas urnas, com 842 votos pelo PSL.
Outro ex-ídolo do Bahia que se deu mal entre os eleitores foi o ex-volante Lima Sergipano, que se candidatou pelo PT e teve 281 votos.
Até mesmo nas cidades menores, a fama no futebol não foi suficiente para ter sucesso. Distante 342 quilômetros de Salvador, Itarantim não elegeu o ex-volante Paulo Almeida, campeão brasileiro pelo Santos em 2002 e com passagem pelo Náutico em 2007, que teve apenas 303 votos em sua candidatura a vereador pelo Republicanos.
Ceará
Em Fortaleza, o ex-goleiro Maizena, ídolo do Fortaleza e com boa passagem pelo Sport entre 2002 e 2005 também concorreu a uma cadeira de vereador. Mas teve votação fraca. Concorrendo pelo Patriotas, contou com 151 votos, ficando fora.
As votações dos boleiros
Recife
Carlinhos Bala (PP) – 1.884 votos (suplente)
Kuki (PSB) – 1.329 votos (suplente)
Renatinho (Avante) 363 votos (suplente)
Olinda
Chiquinho (Solidariedade) – 1.384 (suplente)
Batata (PDT) – 539 (suplente)
Bia (Solidariedade) 295 (suplente)
Jaboatão
Wilson Souza (DEM) – 62 votos
Salvador
João Marcelo (PSD) – 901(suplente)
Zé Carlos (PSL) 848 – (suplente)
Lima Sergipano (PT) – 281 (suplente)
Itarantim
Paulo Almeida (Republicanos) – 303 (não eleito)
Fortaleza
Maizena (Patriotas) – 151 (não eleito)
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