Em um conturbado movimento político, uma reunião virtual extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport na manhã desta segunda-feira (30), decidiu por ampla maioria pelo adiamento das eleições do clube para março, depois de encerrado o Campeonato Brasileiro – cuja última rodada está prevista para o dia 24 de fevereiro. Esta decisão acontece justamente no último dia do prazo legal para as inscrições das chapas que concorreriam ao pleito inicialmente marcado para o próximo dia 18. Todas as etapas do processo eleitoral foram anuladas e novos prazos deverão ser anunciados em breve pelo clube.
O adiamento da eleição era amplamente defendido por integrantes da atual gestão do clube – tendo no diretor Wanderson Lacerda sua figura central. Foi ele, inclusive, que apresentou na reunião o requerimento formulado por um grupo de ex-presidentes do clube pedindo o adiamento da eleição. Na argumentação de Wanderson, a defesa de uma maior estabilidade para o elenco disputar a reta final da Série A e de mais tempo para discutir a possibilidade das candidaturas. Durante a reunião ele chegou a expor que representantes do elenco procuraram a diretoria com este pedido.
Importante entender o cenário em que estava o processo eleitoral rubro-negro. Até o último dia para a inscrição das chapas, a situação não tinha uma candidatura formada. O principal movimento político do atual grupo que comanda o Sport havia sido o anúncio oficial da candidatura de Milton Bivar para a reeleição, seguido pela rápida desistência e pelo pedido de licença do cargo. Antes disso, também houve uma tentativa de antecipar a eleição para novembro.
Em meio a uma série de articulações políticas nos bastidores – inclusive com a tentativa frustrada de construir uma chapa de consenso – as cartas foram indo para a mesa. Quatro pré-candidatos foram lançados: Luiz Carlos Belém, Eduardo Carvalho, Delmiro Gouveia e Nelo Campos. Uma quinta via foi construída em torno do nome de Antônio Júnior – que seria mais próximo do grupo da situação -, mas este desistiu de disputar a eleição. Na reunião de ontem, Belém e Delmiro foram favoráveis ao adiamento da eleição, enquanto Eduardo e Nelo se posicionaram contra.
Em toda a história do clube, apenas uma eleição não teve candidatura da situação – justamente na última, em 2018, ao fim da gestão de Arnaldo Barros.
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