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Com 36 chances reais de medalha, veja o que esperar dos nordestinos nos Jogos Olímpicos

Jogos Olímpicos, Mais Esportes

Por Vítor Aguiar

Por Vítor Aguiar

Postado dia 22 de julho de 2021

Mais de 11 mil atletas se encontram em Tóquio para experimentar todo o clima e espírito olímpico que circunda a capital japonesa até o início de agosto. Entre os favoritos e as zebras, todos sonham com apenas uma coisa: a medalha de ouro – e serão 339, distribuídos já a partir deste sábado. E há boa expectativa para que algumas dessas preciosidades possam voltar para o Brasil penduradas no pescoço de alguns nordestinos.

Depois de garantir o recorde de participações nordestinas em uma edição internacional dos Jogos, com 47 representantes da região, não seria fora da curva pensar que esse recorde pode se estender ao número de medalhistas (atualmente 12, na Pequim-2008) ou de campeões olímpicos (atualmente 3, na Rio-2006). Isso, inclusive, porque possivelmente o Nordeste também já quebrou seu recorde de atletas chegando aos Jogos com status de favorito. Assim, o NE45 traz um levantamento com as expectativas dos nordestinos para Tóquio-2020.

ATLETISMO – 2 chances reais de medalhista

Lançamento de disco feminino – Figurante
A paraibana Andressa de Morais estará na disputa dos Jogos. Voltando de uma punição por doping, a atleta teve um bom resultado no Pan-Americano e pode sonhar com algo além da 21ª colocação que conseguiu na Rio-2016, mas também não aparece entre as favoritas.


Lançamento de dardo feminino – Figurantes
Na disputa, a paraibana Jucilene de Lima e a cearense Laila Ferrer são as representantes brasileiras. Sem atingir as melhores marcas, as nordestinas se classificaram para os jogos pelo ranking da categoria e não se aproximam das favoritas, chinesas. Com isso, as duas entram como figurantes e sonham com uma vaga na final.

Equipe do revezamento 4x100m feminino – Luta pela final
A cearense Ana Cláudia Lemos e a alagoana Bruna Farias compõem a equipe brasileira no revezamento 4x100m rasos. Muito atrás das favoritas dos Estados Unidos e da Jamaica, as brasileiras tiveram dificuldades na classificação e podem surpreender, mas chegam com possibilidade de uma vaga na final.

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João Henrique Falcão – Maranhão (Foto: Wagner Carmo/CBAt)

Equipe do revezamento 4x100m masculino – Candidato a medalha
Na equipe do 4x100m rasos, o maranhense João Henrique Falcão é o nordestino com maior esperança de medalha no atletismo. Campeã do Mundial de Revezamentos de 2019, a equipe brasileira vê uma dificuldade na equipe estadunidense e uma entressafra na Jamaica para despontar como uma das candidatas ao pódio.

Marcha atlética feminina 20km – Candidata a medalha
O dia 6 pode ser um dos pontos altos do atletismo para o esporte nordestino. Única representante brasileira, a pernambucana Érica de Sena é a sétima colocada do ranking da modalidade, além de vir de quatro quartos lugares nos últimos Mundiais. O favoritismo pertence às chinesas, mas Érica é uma forte candidata a beliscar um lugar no pódio.

BOXE – 3 chances reais de medalhista

Peso leve feminino (até 60kg) – Favorita ao ouro
Atual campeã mundial e pan-americana, a baiana Bia Ferreira é a principal candidata a garantir o ouro em Tóquio. Ela, inclusive, tenta repetir o feito da conterrânea Adriana de Souza, que, na mesma categoria, é a única mulher brasileira a medalhar no boxe.

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Hebert Conceição – Bahia (Foto: Jonne Roriz/COB)

Peso médio masculino (até 75kg) – Candidato a medalha
Também baiano, Hebert Conceição é outro que sonha com uma conquista olímpica. Bronze no último mundial, vice-campeão pan-americano e quarto colocado do ranking em sua categoria, o pugilista não é um dos principais candidatos ao ouro, mas pode disputar a medalha.

Peso médio pesado masculino (até 81kg) – Pode surpreender
Outro baiano no boxe é Keno Marley. O jovem é campeão olímpico da juventude e vice-campeão pan-americano. Aos 21 anos, ele ainda é visto como uma promessa e, com um bom chaveamento, pode surpreender no torneio para, quem sabe, sonhar com uma medalha.

CANOAGEM DE VELOCIDADE – 3 chances reais de medalhista

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Isaquias Queiroz – Bahia (Foto: Alexandre Loureiro/COB)

C1 1000m e C2 1000m – Favoritos ao ouro
Maior medalhista olímpico do Brasil em uma só edição dos Jogos, o baiano Isaquias Queiroz não poderá repetir o feito, uma vez que só disputa duas medalhas em Tóquio, mas ele desponta como favorito em ambas. Na C1, categoria individual, ele é o atual campeão do mundo e vice-campeão olímpico. Na C2, categoria em dupla, ele está ao lado do também baiano Jacky Godmann, com quem foi vice-campeão mundial já neste ano.

FUTEBOL – 11 chances reais de medalhista

Torneio masculino – Favoritos ao ouro
As credenciais do Brasil como país do futebol não precisam ser apresentadas. Brigando pelo bicampeonato olímpico, a Seleção de André Jardine ainda não encontrou sua forma ideal, mas é uma das principais favoritas à medalha. O time conta com o goleiro paraibano Santos, o lateral baiano Daniel Alves, o zagueiro pernambucano Nino e o atacante paraibano Matheus Cunha.

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Bárbara e Marta – Pernambuco e Alagoas (Foto: Ricardo Stuckert/CBF)

Torneio feminino – Candidatas a medalha
Sob o comando da sueca Pia Sundhage, o time brasileiro se encontrou e vem conseguindo desempenhar um alto nível, mas ainda encontra instabilidades, o que pode atrapalhar o elenco na busca pelo ouro inédito. Na equipe, as duas vezes medalhistas Marta (AL) e Formiga (BA) são as duas principais estrelas do time, assim como a medalhista Bárbara (PE). Além delas, a alagoana Geyse, a baiana Rafaelle, a pernambucana Duda e a piauiense Adriana estão no elenco.

GINÁSTICA RÍTMICA

Conjunto – Figurante
Disputando a competição por equipes junto ao time brasileiro da ginástica rítmica, a alagoana Maria Eduarda Arakaki fez parte da equipe campeã pan-americana da modalidade, mas o time brasileiro não aparece nem perto das favoritas para a disputa. Com a força europeia na modalidade, o Brasil não deve ir muito além nos Jogos, mas sempre pode surpreender.

HANDEBOL – 4 chances reais de medalhista

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Renata Arruda – Pernambuco (Foto: Reprodução)

Torneio feminino – Candidatas a medalha
Depois de um título mundial, seis pan-americanos e nove sul-americanos, só falta um título para o handebol feminino do Brasil: a Olimpíada. Depois de uma eliminação dolorosa na Rio-2016, a geração de ouro busca se recuperar de uma sequência de resultados ruins nos mundiais. Na equipe, a cearense Adriana de Castro, a maranhense Ana Paula Rodrigues, a pernambucana Renata Arruda e a potiguar Samara Silva foram convocadas pelo espanhol Jorge Dueñas.

HIPISMO SALTOS – 2 chances reais de medalhista

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Marlon Zanotelli – Maranhão (Foto: Alexandre Loureiro/COB)

Individual e Por equipe – Candidato a medalha
O maranhense Marlon Zanotelli é o principal nome da equipe do Brasil no hipismo saltos e, também, principal esperança na categoria individual. Atual campeão pan-americano nas duas categorias, o cavaleiro é uma boa esperança de medalhas, mas, por se tratar de um esporte tradicionalmente muito concorrido, é difícil cravá-lo como um favorito. Ainda assim, há boas expectativas.

MARATONA AQUÁTICA – 1 chance real de medalhista

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Ana Marcela Cunha – Bahia (Foto: Miriam Jeske/COB)

Disputa feminina – Favorita ao ouro
Baiana, Ana Marcela Cunha é a única representante brasileira na maratona aquática em Tóquio. No dia 3, a nadadora é uma da principais atletas da modalidade no mundo e aparece em um seleto hall de favoritas nos 10km. Após um problema com alimentação durante a prova, Ana Marcela ficou com um frustrante 10º na Rio-2016 e, agora, espera dar a volta por cima para buscar a segunda medalha brasileira na prova.

NATAÇÃO – 2 chances reais de medalhista

200m livre masculino – Luta pela final
O baiano Breno Correia tem sua jornada nos 200m livre da natação. Sem a presença das melhores marcas da história, o brasileiro pode conseguir avançar, mas deve precisar do melhor tempo da carreira para chegar às finais.

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Breno Correia – Bahia (Foto: Sátiro Sodré/CBDA)

4x200m livre masculino e 4x100m livre masculino – Candidato a medalha
Se no individual, Breno não aparece como grande estrela, nas equipes dos revezamentos, ele é um forte candidato ao ouro. Campeão do 4x200m, no Mundial de Piscina Curta, os brasileiros podem brigar pelo pódio na prova mais longa, em caso de boas marcas. Para o 4x100m, por outro lado, o Brasil aparece como um dos favoritos, com boas chances de medalhar.

50m livre feminino e 4x100m livre feminino – Luta pela final
Representante pernambucana nas piscinas de Tóquio, Etiene Medeiros não veio de um ciclo com seus melhores tempos, assim como a equipe do 4×100 livre feminino. A expectativa, ainda assim, é que possa haver briga por vaga na final das duas categorias.

RUGBY SEVENS

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Thalia e Thalita Costa – Maranhão (Foto: Rafael Bello/COB)

Torneio feminino – Figurantes
Mesmo longe das potências do esporte, as Yaras do rugby sevens brasileiro vêm sendo presença constante na elite da categoria. Ainda assim, os desempenhos não dão sinais de que o Brasil vá entrar na briga por uma medalha nessa geração. Enquanto isso, a equipe surge como uma figurante em mais uma edição olímpica. As gêmeas maranhenses Thalia e Thalita Costa compõem o grupo.

SALTOS ORNAMENTAIS

Trampolim 3m feminino e Plataforma 10m masculino – Figurantes
Nos saltos ornamentais, a paraibana Luana Lima e o piauiense Kawan Pereira são os dois representantes nordestinos na disputa. O esporte, porém, tem um grande domínio dos chineses e o Brasil não tem grandes tradição nas categorias. Nesse cenário, os brasileiros chegam com status de figurantes.

SKATE – 1 chance real de medalhista

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Rayssa Leal – Maranhão (Foto: Julio Detefon/CBSK)

Street feminino – Candidata a medalha
13 anos. Esta é a idade de Rayssa Leal, a Fadinha. A maranhense pode, no dia 25, se tornar a mais jovem medalhista olímpica do Brasil e, até, a mais jovem campeã olímpica da história. Entre as melhores do mundo no skate, ela é vice-campeã do mundo e a mais jovem vencedora de uma etapa do circuito mundial. Mesmo sem o status de favorita, Rayssa Leal é um dos principais nomes do esporte e chega com força em Tóquio, e com chance, até mesmo, de três medalhas para o Brasil, com Pâmela Rosa e Letícia Bufoni também despontando.

SURFE – 2 chances reais de medalhista

Torneio feminino – Candidata a medalha
A cearense Silvana Lima é uma das mais experientes e regulares surfistas do circuito mundial, ainda que não apareça por lá desde 2019. Ela nunca venceu o mundial, mas tem bons resultados que podem creditá-la como uma das principais ameaças ao favoritismo das australianas e americanas na disputa.

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Ítalo Ferreira – Rio Grande do Norte (Foto: ISA/Jimenez)

Torneio masculino – Favorito ao ouro
O potiguar Ítalo Ferreira chega em Tóquio em um dos melhores cenários possíveis. Atual campeão mundial do esporte e vice-líder do circuito, Ítalo tem chances reais de ser o primeiro campeão olímpico da história do surfe masculino. Há, inclusive, expectativa de uma dobradinha brasileira, com o paulista Gabriel Medina também aparecendo no hall principal.

TAEKWONDO – 1 chance real de medalhista

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Edival Pontes – Paraíba (Foto: Jonne Roriz/COB)

Peso pena masculino (até 68kg) – Candidato a medalha
Edival Pontes, o Netinho, é o representante do Brasil no peso pena do Taekwondo. Campeão olímpico da juventude, campeão pan-americano e dono de três bronzes no Grand Prix nos últimos anos, o paraibano, mesmo sem estar entre os principais favoritos ao ouro na arte marcial coreana, é candidato a medalha e pode surpreender.

TÊNIS

Torneio Masculino de Simples e Torneio Masculino de Duplas – Figurante
No tênis, nomes como Roger Federer e Rafael Nadal estarão fora da disputa, mas isso não significa caminho aberto para o cearense Thiago Monteiro. Número 93 do ranking da ATP, o tenista chega em Tóquio após quatro derrotas seguidas e eliminações precoces em Roland Garros e Wimbledon. Nas duplas, ele estará ao lado do gaúcho Marcelo Demoliner. No ranking de duplas, Thiago é o 177º, enquanto Marcelo é 53º.

TRIATLO

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Vittória Lopes – Ceará (Foto: Reprodução)

Disputa feminina – Figurante
O Brasil nunca esteve no top-10 do triatlo olímpico, mas há boas expectativas para que isso possa ser alterado nesta disputa feminina. Vice-campeã pan-americana, a cearense Vittória Lopes não é favorita ou, sequer, a principal brasileira na disputa, mas pode surpreender.

Disputa masculina – Figurante
Entre os homens, o também cearense Manoel Messias é o principal nome do Brasil, mas a entrada no top-10 da prova, não é vista como muito favorável. Até hoje, a melhor campanha brasileira é de um 14º lugar, marca que Manoel tentará quebrar.

VÔLEI – 1 chance real de medalhista

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Maurício Borges – Alagoas (Foto: Reprodução)

Torneio masculino – Favorito ao ouro
Líder do ranking da FIVB, a Seleção Masculina de Vôlei acaba de conquistar o título inédito da Liga das Nações. A equipe passou por dificuldades para garantir a vaga olímpica, mas vem conseguindo bons resultados depois disso. Agora, com o retorno do treinador Renan Dal Zotto, que estava afastado, se recuperando da Covid-19, a expectativa é que o Brasil possa alcançar a quinta final consecutiva e o bicampeonato olímpico. O alagoano Maurício Borges, campeão olímpico de 2016, integra o grupo.

VÔLEI DE PRAIA – 3 chances reais de medalhistas

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Duda Lisboa – Sergipe (Foto: FIVB)

Torneio Feminino – Favoritas ao ouro
No vôlei de praia feminino, duas duplas contam com atletas nordestinas. A cearense Rebecca Andrade faz dupla com Ana Patrícia e elas ocupam a sétima colocação do ranking, que é liderado pela sergipana Duda Lisboa, jovem atleta que chega à sua primeira Olimpíada após ter sido eleita duas vezes melhor do mundo e fazendo dupla com a atual vice-campeã olímpica Ágatha. Neste cenário, o Brasil tem duas duplas com potencial de título, podendo até sonhar com uma dobradinha de nordestinas.

Torneio masculino – Favoritos ao ouro
O favoritismo também está presente na chave masculina, onde Álvaro Filho, da Paraíba, faz dupla com o atual campeão olímpico Alison Cerutti. Hoje, eles são quarto colocados no ranking mundial e têm títulos de etapas do Circuito Mundial. Também há possibilidade de dobradinha brasileira, com a dupla Bruno Schmidt e Evandro também aparecendo entre as favoritas.

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