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Governo de PE sinaliza volta do programa Todos com a Nota

PE, Náutico, Santa Cruz, Sport, Últimas

Por Vítor Aguiar

Por Vítor Aguiar

Postado dia 12 de maio de 2022

Pernambuco poderá ter o retorno do programa Todos com a Nota, de troca de notas fiscais por ingressos . Nesta quinta, o governador Paulo Câmara (PSB) recebeu representantes de Náutico, Santa Cruz e Sport para debater sobre o possível retorno do programa.

Internamente, esse projeto ainda é visto como algo inicial, mas os clubes estão confiantes pelas sinalizações positivas do Governo de Pernambuco a partir desta reunião. O contexto da reunião foi explicada ao NE45 pelo vice-presidente do Náutico, Luiz Felipe Figueiredo.

Segundo ele, o encontro aconteceu a partir da união de forças dos três clubes da capital, em representação a todos o clubes do estado. Luiz Felipe ressaltou a importância dessa união como ponto central para a reestruturação do futebol de Pernambuco.


“Hoje existe uma defasagem em relação aos outros estados e isso tem mexido com o futebol e com a atividade toda a econômica envolvida. Isso precisava ser tratado, não apenas na esfera de clubes, mas de federação e governo”. Ele também disse que o “TCN” não foi a única pauta.

“A gente vinha tentando desenvolver trabalhos junto ao governo do estado. Então, o governador nos recebeu hoje e tratamos sobre vários aspectos, não apenas financeiros. Gestão, capacidade dos estádios, tratativas com Corpo de Bombeiros e Polícia Militar”.

A reunião

Além de Luiz Felipe Figueiredo e do governador Paulo Câmara, a reunião teve representantes dos três clubes da capital e de órgãos do estado.

Foram eles: os presidentes do Sport, Yuri Romão; do Náutico, Diógenes Braga; e do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto; secretário executivo de Esportes do Estado, Davi Oliveira; o procurador-geral do Estado, Ernani Médicis; e o deputado federal Milton Coelho (PSB).

Por meio de nota, Paulo Câmara comentou sobre o encontro. “Temos total consciência das dificuldades que os clubes vêm enfrentando e vamos trabalhar para trazer de volta o ‘Todos com a Nota’, um programa vitorioso e uma forma de o Estado contribuir com o futebol”.

A volta do Todos com a Nota

Dentro desse contexto, Luiz Felipe Figueiredo falou sobre o retorno do projeto do governo, mas lembrou que os modelos de condução do programa terão que ser diferentes daqueles de 10 anos atrás.

“Antes, a gente tinha um programa mais voltado à questão de apresentação de nota, papel por ingresso físico. O sistema que funcionava em 2008, 2009, não funciona mais hoje. Afinal de contas, hoje em dia, todos os clubes tem sistema de venda de ingressos para fazer integração”.

A partir disso, ainda há muito o que ser definido antes de decretar o retorno do Todos com a Nota. Ainda assim, a visão dos clubes é de otimismo.

“Existe também a questão de parâmetro de tíquete médio dos ingressos, para ver como var ser a quantidade de ingressos nos estádios. Tudo isso precisa ser definido. Mas o mais importante desse processo todo foi a sinalização do governo por essa medida”.

Por meio de nota, o secretário Davi Oliveira, informou que representantes das secretarias de Fazenda e Esportes, da Procuradoria-Geral do Estado, da Federação Pernambucana de Futebol e dos clubes vão se reunir ainda nesta quinta para debater o novo modelo do programa.

O Todos com a Nota

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Criado por Miguel Arraes em 1998, o Todos com a Nota elevou o público e as rendas nos estádios de Pernambuco desde a sua criação. Para receber o ingresso, o torcedor deveria entregar R$ 100 em notas fiscais.

Anos mais tarde, em 2007, o programa foi reativado por Eduardo Campos, indo até 2015, quando foi interrompido, justamente no início do governo Paulo Câmara.

Na reta final, o programa já era mais moderno, com um cartão com nome e CPF do titular. Com isso, o governo também se prevenia da atuação de cambistas, algo que sempre rondou o Todos com a Nota.

Mas, para além do efeito positivo e das prevenções às fraudes, o Todos com a Nota também conviveu com muitas polêmicas.

Eram as chamadas “torcidas fantasma”, quando os borderôs indicavam milhares de ingressos trocados por notas fiscais em estádios que, claramente, não tinham todo aquele público. Ainda não há definição para possíveis medidas de contenção para essas manipulações.

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