O técnico Roberto Fernandes se defendeu das críticas de que foi o responsável pela nova lesão de Kieza. Embora tenha dito após o jogo que havia sido recomendado que o atacante fosse substituído, o treinador mudou a versão e afirmou que não houve veto. O jogador poderia voltar e foi acionado por dez minutos no segundo tempo contra o Sport.

“Ouvi muitas barbaridades sobre a questão do Kieza e é o inverso da coisa. Você está jogando um clássico, termina o primeiro tempo atrás do placar e tem a sua principal esperança de gol apta a voltar. Tudo isso existe um feedback. Kieza quis retornar e não foi vetado por ninguém. Foi uma infelicidade. Mas, para glória divina, a lesão foi em outra perna. Por isso que essa pressão desordenada não pode nos atingir. Senão, vamos ficar malucos”, explicou o comandante alvirrubro.

Ainda de acordo com Roberto Fernandes, o que aconteceu com Kieza não é algo fora do comum. O atacante passou um tempo sem atuar e sentiu uma outra lesão muscular. 

“Foi uma nova lesão de um cara que estava há 40 dias se preparando. Isso às vezes acontece e não é só com o Kieza. O CRB fez uma contratação midiática do Maicon, que era do Grêmio. E ele está se despedindo por não conseguir jogar. Então, esse tipo de pressão não vou dar ouvidos e ninguém aqui pode dar”, completou.

Relembre o que disse Roberto Fernandes após o clássico

Na entrevista após o empate com o Sport, o técnico falou sobre a utilização de Kieza no clássico. O comandante, inclusive, revelou que foi aconselhado para não voltar com o jogador para o 2º tempo, mas conversou com o atacante durante o intervalo e manteve o centroavante no time titular.

“A (substituição) do Kieza, por exemplo, fui aconselhado para nem voltar com ele para o 2º tempo, porque o atleta estava desgastado, já estava sentindo dores localizadas. Mas aí eu conversei com Kieza e disse: Kieza, vamos para mais 10 minutos”, disse.

“Mas aí, depois da última ação dele antes de sair, ele olhou para mim e fez o gesto da substituição. Aí não tem o que fazer. O Kieza a gente sabia que não aguentaria mais de 60 minutos, isso era notório”, completou o treinador.