Apenas 33% dos times nessa faixa de pontuação caíram
O CSA ainda não encontrou um momento de paz nesta Série B. Ao fim do seu pior 1º turno na Série B de pontos corridos, o Azulão vive uma inédita briga contra o rebaixamento, mas a história e os números desse campeonato joga, ao lado do Marujo nesta briga contra a queda.
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A pior campanha
Hoje, o CSA é o 1º time na zona de rebaixamento. Sem engrenar, o time tem 20 pontos, exatamente a média história para essa 17ª posição após as 19 rodadas da Série B. Sem convencer em casa ou fora, o time ainda não mostrou um diferencial nesta inédita briga.
Inédita porque este é o pior 1º turno do Azulão na história dos pontos corridos. Nos três outros anos que disputou o torneio neste formato, o pior cenário do time ainda era na 1ª página. No ano passado, os maceioenses estavam em 10º, com 28 pontos.
O CSA no 1º turno
- 2018 – 34 pontos (2º lugar)
- 2020 – 28 pontos (7º lugar)
- 2021 – 28 pontos (10º lugar)
- 2022 – 20 pontos (17º lugar)
Mas o campeonato deixa tudo aberto
Com os números deixando a desejar, o CSA já reconheceu que a sua briga é pela permanência na Série B. Assim, os números mostram sinais bem positivos para uma recuperação do Marujo para evitar a queda. Desde que o time faça a sua parte, claro.
Como antecipado, os 20 pontos do Azulão equivalem à média história do 17º lugar. E essa é a única posição entre o 5º e o 18º lugar a terminar sem um número abaixo da média história. Assim, há bem mais times na zona de alcance que em outras temporadas da Série B.
Em outras palavras, dentro de um raio de seis pontos (duas rodadas perfeitas) o Marujo vê 10 times, chegando até o Londrina, atual 7º colocado. Mas, na média, essa distância seria para o 7º seria de nove pontos, enquanto apenas seis times estariam em um raio de seis pontos.
O maior retrato disso está no ano de 2012. Naquela temporada, o 17º era o Guaratinguetá, a 16 pontos do 7º, América-RN, e com apenas três times no raio de seis pontos. Ainda assim, os paulistas escaparam da queda, assim como o Bragantino, 18º com os mesmos 15 pontos.
Assim, a tendência é de que o campeonato tenha mais times na briga contra o rebaixamento, aumentando a chance direta do CSA terminar as 38 rodadas à frente de quatro deles. Mas, novamente, desde que o time consiga fazer sua parte e melhorar o rendimento em campo.
E a história mostra um caminho para a fuga
E essas recuperações estão longe de ser algo raro na Série B. Olhando para as 16 temporadas completas de Série B, quase 40% das equipes que terminaram o 1º turno no Z4 conseguiram escapar da queda, valor que sobe para 56% quando tratamos apenas dos times em 17º lugar.
E se olharmos para o recorte de pontuação, os números são ainda melhores. Para os times que fizeram entre 19 e 21 pontos no 1º turno, 67% conseguiu a permanência. Para quem fechou o turno nessa pontuação e no Z4, 58% escapou do rebaixamento.
Mas porque esses números são tão elevados, se tratamos de equipes que viram o turno na zona de rebaixamento? Por causa da proximidade histórica dos times na parte de baixo da Série B, tanto a nível técnico, quanto a nível de pontuação.
Assim, a disputa costuma ser aberta e definida nas últimas rodadas entre um grupo grande de equipes. Novamente, aumentando a chance de terminar à frente de quatro. Pela média histórica, o time precisará de 25 a 26 pontos no returno para se garantir fora dessa briga
As quedas na faixa de pontuação do CSA
18 a 22 pontos no 1º turno:
35 permanências (59%) e 24 quedas
18 a 22 pontos e no Z4 ao fim do 1º turno:
15 permanências (50%) e 15 quedas
19 a 21 pontos no 1º turno:
28 permanências (67%) de 14 quedas
19 a 21 pontos e no Z4 ao fim do 1º turno:
14 permanências (58%) e 10 quedas
21 ou menos pontos no 1º turno:
39 permanências (49%) e 40 quedas
Qualquer pontuação no Z4 ao fim do 1º turno:
25 permanências (39%) e 39 quedas
Em 17ª ao fim do 1º turno:
9 permanências (56%) e 7 quedas
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