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“Vou para a Justiça”: Mirinda critica eleição da FPF sem seu nome e vai tentar impugnar pleito

Reprodução/TV Coral

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Candidato de oposição encabeça a chapa “Pontes para fortalecer o futebol”

No domingo, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) passou por uma eleição. Mas a novela do pleito do cargo máximo do futebol pernambucano não acabou. Nesta segunda-feira, o candidato de oposição Alexandre Mirinda falou à imprensa e garantiu que entrará na Justiça contra o pleito, que não teve o seu nome.

A candidatura de Mirinda foi impugnada apenas três dias antes da eleição. A decisão alegava erros nas 10 assinaturas exigidas pela FPF para apoio às candidaturas. E isso foi bastante questionado pelo candidato, que levantou pontos sobre a formação da comissão eleitoral.

“Como você vai disputar a eleição quando todos os cinco membros (da comissão eleitoral), são indicados pelo atual mandatário. Que eleição limpa e transparente pode ser essa?”. Assim, ele garantiu que segue na disputa e que a eleição de ontem será questionada.

“O jogo está apenas começando. Eu não estou dizendo que perdi a eleição, apenas fui impedido de disputar. Vamos sim, através da Justiça, derrubar o que houve e ter o 2º tempo dessa batalha. Eu tenho muita confiança no meu departamento jurídico”.

Assim, representantes do jurídico da chapa “Pontes para fortalecer o futebol” garantiram que já há uma lista de provas contra a idoneidade da eleição, algumas ainda inéditas, que serão apresentadas à Justiça para questionar o pleito e buscar essa impugnação.

Em tom crítico, Mirinda não poupou palavras duras. “Ele (Evandro Carvalho, presidente reeleito para o quadriênio) está comemorando uma eleição que não foi limpa, transparente e democrática”.

Evandro Carvalho é reeleito presidente da FPF até 2026
Evandro Carvalho é o atual presidente da entidade – Divulgação/FPF

A comissão eleitoral

O principal questionamento de Mirinda nesta segunda-feira foi sobre a comissão. “Jamais um postulante pode indicar a comissão eleitoral. E eu não estou jogando palavras ao vento, aqui tem provas concretas de como eu fui impugnado por essa comissão eleitoral que eu contesto”.

Assim, ele lembrou que três das 10 assinaturas ele apresentou foram questionadas, alegando duplicidade. Eles também afirmaram que os três clubes garantiram ter assinado de forma consciente apenas o apoio à candidatura de Mirinda.

Além disso, o candidato afirmou ter mais de 10 apoiadores, justificando o porquê de não ter apresentado mais apoios em seus documentos. “Prefiro não ser presidente da Federação a expor esses outros 30 ou 40 clubes”. E ele continuou.

“Que voto secreto é esse? 10 clubes tem que botar a cara para bater – porque foi a única coisa que faltou acontecer dentro do prédio da Federação com um filiado que simplesmente disse que ia votar na minha pessoa’, afirmou, lembrando de denúncias de perseguição.

As perseguições na FPF

O Timbaúba teria sido ameaçado dentro do prédio da Federação e depois sofreu com problemas para inscrever seus jogadores, sofrendo um W.O em sua estreia na Série A2. O América, clube fundador da FPF, ainda entrou em campo, mas com apenas oito atletas.

Mirinda analisou isso como perseguição e ainda chamou Evandro Carvalho de ditador da Federação. O ex-presidente do Santa Cruz ainda citou um caso registrado em cartório com intimidação à Liga de Jaboatão dos Guararapes.

Ele também deu sua justificativa sobre os motivos que teriam feito outros clubes votarem nele no pleito deste domingo. “Ai de quem não fosse lá, de quem tivesse a coragem de fazer como o presidente do América, do Timbaúba, do Belo Jardim, do Pesqueira, que nem foram lá votar”.

Além desses clubes e da Liga de Jaboatão, Mirinda também afirmou ter apoios de Náutico, Santa Cruz, Sport, Caruaru City, Serrano e Ypiranga e da Liga de Pesqueira. Mas três assinaturas foram anuladas pela comissão eleitoral da FPF.

Alexandre Mirinda oficializou a candidatura à presidência da FPF
Mirinda apresentou chapa no último dia do prazo – Divulgação

As assinaturas

Mirinda também apontou coação da atual direção da Federação para com algumas ligas. “No cartório, afirmaram que não assinaram apoio. Os presidentes de ligas receberam uma bola e um padrão de camisa. Colocaram uma folha de papel e eles assinaram achando que era isso”.

Na leitura da equipe jurídica da chapa “Pontes para fortalecer o futebol”, isso teria sido o motivo das duplicidades, já que suas assinaturas teriam firma reconhecida em cartório, ao contrário da chapa de situação, que apenas listaria assinaturas em folhas em branco.

“Eu não estou dizendo que ele não teria as 10 assinaturas, mas não poderia enganar o direito de cada um escolher em quem votar”, afirmou Mirinda. “Apresentar um papel em branco só com as assinaturas é declarar apoio? Essa comissão eleitoral escolhida por ele não impugnou”.

Ele também questionou as assinaturas apresentadas pelo empresário André Cortez. Segundo Mirinda, foram 20 assinaturas dos clubes de bairro, mas sete não poderiam constar porque são clubes com CNPJ já dado baixa (fechados) e sem direito a voto.

Ele ainda levantou questionamento da lista de votantes. “A gente pediu. Está no estatuto que tem 72h para divulgar a lista, mas acho que ele não promulgou por isso. Sabia que nós iríamos contestar porque são de mortos, clubes sem CNPJ, que não poderiam fazer parte ou ter direito a voto”.

Eleição - Sede da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), no Recife
Divulgação/FPF

E agora?

Otimista, Mirinda reforçou que, para ele, a disputa ainda não acabou. “Por ter sido atleta, eu aprendi que nem sempre se ganha a 1ª partida, mas quando olha quantos jogos eu ganhei, foram muitos. Eu apenas estou perdendo o 1º tempo do jogo e o jogo está começando agora”.

Mirinda garantiu que buscar um novo cenário. “Deixa ter uma comissão eleitoral isenta, indicada pelos órgão que fazer justiça em Pernambuco, OAB, MP, Defensoria, TJ-PE. Os órgão públicos botam o jogo e eu vou entrar para o 2º tempo, porque tem muita água para rolar”.

Assim, ele concluiu prometendo ação judicial. “Eu vou para a Justiça buscar os direitos que me pertencem. Deixa a Justiça julgar. E eu vou aceitar o resultado das urnas daqueles que queiram votar nas propostas, nas ideias. Nós não chegamos oferecendo nada, mas ideias. Só assim o futebol de Pernambuco voltará a ser pujante e forte como outrora”.

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