Retrospectiva 2022: Vitória renasce na temporada e termina ano com retorno à Série B

O Vitória não teve uma temporada fácil e isso nem era esperado após o rebaixamento à Série C em 2021. No entanto, nenhum torcedor rubro-negro esperava um ano de tantas emoções, com um início ruim sendo eliminado na primeira fase do Campeonato Baiano, mas com um final heroico devido ao acesso à Série B. Os altos e baixos foram superados para que 2022 terminasse de forma positiva como você pode relembrar nesta retrospectiva preparada pelo NE45.

Início problemático, com eliminações e demissão

O Vitória começou a temporada de 2022, após cair para a Série C e ficar de fora da fase de grupos da Copa do Nordeste, com o foco em retornar à Série B. Para isso, precisou passar por uma reestruturação, sobretudo financeira, mas também de elenco e treinador. O nome escolhido para comandar a equipe foi o de Dado Cavalcanti.

O técnico chegou ao clube no final de 2021 e tinha como missão nos primeiros meses do ano apenas o Campeonato Baiano e a Copa do Brasil. Apesar do tempo para treinar por conta da folga na tabela, o trabalho não rendeu como esperado.

Com uma campanha irregular no estadual, o Leão foi eliminado ainda na primeira fase. Ficando atrás de Jacuipense, Atlético de Alagoinhas, Bahia de Feira e Barcelona de Ilhéus. A consequência disso foi a demissão do treinador.

Dado Cavalcanti deixou o Vitória no dia 17 de março. No total, foram dez jogos com três triunfos, cinco empates e duas derrotas. Um aproveitamento de 46,6%, além de oito gols marcados e sete sofridos.

Na Copa do Brasil, o Rubro-negro ainda chegou na terceira fase após eliminar Castanhal e Glória. Mas caiu para o Fortaleza.

Passagem relâmpago de Geninho

O escolhido para substituir Dado Cavalcanti foi o experiente Geninho, para a sua quinta passagem pelo clube. Mas, desta vez, foi um trabalho relâmpago e ele ficou no clube por apenas 34 dias.

Neste período, foram apenas quatro jogos com um triunfo e três derrotas. Aproveitamento de 25%.

As duas derrotas no início da Série C para Remo e Floresta, além da eliminação na Copa do Brasil ao perder por 3×0 para o Fortaleza foram determinantes para a decisão da diretoria. Com isso, o terceiro treinador do Vitória na temporada foi Fabiano Soares.

Vitória fica próximo ao Z4 e demite Fabiano Soares

Após o início ruim da temporada, Fabiano Soares chegou ao Leão ciente da pressão no clube. A grande meta era buscar o retorno à Série B do Campeonato Brasileiro. Mas a realidade foi bem diferente e o Vitória ficou próximo da zona de rebaixamento.

Tanto que o treinador foi demitido em junho com o time próximo da zona de rebaixamento. Foram 9 jogos disputados, três triunfos, dois empates e quatro derrotas, sendo três seguidas. Apenas 40% de aproveitamento e o Rubro-negro no 16º lugar com 11 pontos.

Sinal de alerta ligado e demissão concretizada. Um dia depois, em 20 de junho, o Vitória contratou o quarto técnico: João Burse.

João Burse comanda reviravolta até o acesso rubro-negro

A reviravolta do Leão na temporada começou com a chegada do técnico João Burse. O treinador assumiu a equipe no final de junho e a missão inicial era se afastar da zona de rebaixamento.

O trabalho logo encaixou e os resultados foram acontecendo. A torcida abraçou o time e ajudou na classificação para o quadrangular da Série C. Após uma sequência de oito jogos sem perder, na última rodada o Leão entrou no G-8 com uma vitória por 3×1 sobre o Brasil-RS.

No quadrangular, uma nova competição e busca do acesso. O Leão começou com triunfo sobre o Paysandu. Mas, na rodada seguinte, foi goleado pelo Figueirense por 5×1. A terceira rodada foi de empate com o ABC.

A pressão foi inevitável, mas o Rubro-negro reagiu. Ganhou do Figueirense por 1×0, no Barradão, e conquistou um acesso épico sobre o Paysandu, na Curuzu.

Assim, João Burse fechou a temporada com acesso e um grande aproveitamento. Foram 14 jogos, sete vitórias, seis empates e apenas uma derrota. Tornando-se um dos principais personagens do Vitória na temporada junto com jogadores como Rafinha e Tréllez.