Marino Abreu criticou a formatação da SAF do Santa Cruz onde só o Executivo toma as decisões e afirmou que soube de interesse de grupo pela imprensa
A forma como o processo de instituição da Sociedade Anônima do Futebol do Santa Cruz vem sendo alvo de constestações nos bastidores do clube. Às vésperas do lançamento de um edital para a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Marino Abreu, revelou apreensão a cerca da concentração de poderes sobre o tema na figura do presidente do Executivo, Antônio Luiz Neto.
“Eu acho temeroso uma decisão dessa importância para o Santa Cruz, algo que pode significar uma negociação na casa dos 400 ou 500 milhões, não sei qual o valor que está sendo negociado, passar apenas pelo crivo exclusivo de uma única pessoa. Não temeroso por conta da má fé, mas é uma decisão enorme e que envolve interesses de mais de 2 milhões de torcedores, que afeta a nossa cidade e nosso clube”, disse Marino.
O risco é muito grande e essa responsabilidade pode acabar levando ao erro. Seria mais cauteloso se essa decisão tivesse a participação de um órgão colegiado. Tenho a esperança de que o presidente possa tomar a melhor decisão. Espero que se realmente tudo isso estiver acontecendo, seja tudo feito da maneira que represente o melhor para o Santa Cruz”, pontuou.
De acordo com Marino, a atual gestão e o Conselho Deliberativo vêm vivendo longe de estar em sintonia. Assim, quase sem haver trocas entre duas das instâncias mais importantes do clube, o gestor afirma que os conselheiros nunca foram procurados para conversar sobre o processo da SAF.
“Nunca fui procurado para debater nada sobre a SAF. Seja para deliberar ou dar ideias ou agir como representante de um órgão fiscalizador na negociação. Tudo o que eu soube, fiquei sabendo pela imprensa. A gente não sabe de nada (sobre a proposta da SAF). Nunca fomos procurados”, salientou.
“Desde que assumiu o clube, o presidente só me procurou para tratar de um único assunto: o aumento de mais 300 conselheiros. Essa foi a única vez, em quase dois anos de mandato, que ele tratou de algo comigo. Ele sempre que quis conversar comigo era sobre esse assunto e nenhum mais”, complementou o conselheiro.
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